11-03-2004
Álbum de Tintim "Rumo à Lua" volta a ser distribuído com o PÚBLICO
O álbum "Rumo à Lua" estará novamente disponível com a edição de amanhã do PÚBLICO. São mais 15 mil exemplares, que permitirão aos leitores completar a sua colecção ou, se começaram mais tarde a adquirir os 24 álbuns editados, travar agora conhecimento com as peripécias da preparação da aventura lunar de Tintim e dos demais personagens criados por Hergé.

04-03-2004
"As Aventuras de Tintim no PÚBLICO",
um Guia de Leitura
A fechar com chave de ouro a edição integral das aventuras de Tintim, o PÚBLICO distribui amanhã, no mesmo formato de álbum, um guia de leitura da autoria do jornalista Carlos Pessoa, indispensável para situar cada aventura na sua época e na obra de Hergé

26-03-2004
“Tintim e os Pícaros”
No final da sua vida, Hergé já só trabalhava por prazer. Por isso, não surpreende que tenham decorrido uns intermináveis oito anos entre o final da história anterior de Tintim (“Voo 714 para Sydney”) e este “Tintim e os Pícaros”, que amanhã será distribuído com o PÚBLICO.

19-03-2004
“Tintim no País dos Sovietes”
Ao ler as primeiras tiras, Tintim aparece como um escuteiro pesadão e bastante ridículo, travestido de repórter. É uma criatura agressiva e mesmo truculenta. Ou seja, sem nenhuma das qualidades que associamos à ideia e à imagem de um grande herói. As peripécias sucedem-se, os acontecimentos enlaçam-se uns nos outros de forma quase vertiginosa e quando a aventura chega ao fim, 138 pranchas mais tarde, deparamo-nos com outro Tintim, mais humano, que é recebido apoteoticamente em Bruxelas.

12-02-2004
O Templo do Sol
É no dia 26 de Setembro de 1946 que os admiradores de Tintim podem começar a desvendar o mistério das bolas de cristal e do desaparecimento do professor Girassol. Mais de dois anos após a interrupção da história, quando Bruxelas foi libertada do jugo nazi e o jornal "Le Soir" suspendeu a publicação (era aí que Hergé trabalhava na altura), a aventura continua, mas agora nas páginas de uma nova publicação, a revista "Tintin".

05-02-2004
As 7 Bolas de Cristal
Uma terrível maldição abate-se sobre sete cientistas e ameaça também Girassol. Tintim intervém, mas conseguirá desvendar os mistérios em torno dos achados arqueológicos incas? A Segunda Guerra Mundial prossegue em todas as frentes quando começa nas páginas do diário “Le Soir” (Bruxelas) mais uma aventura de Tintim — “As 7 Bolas de Cristal”, que amanhã será distribuída com o PÚBLICO.

29-01-2004
“Tintim e o Lago dos Tubarões”
Uma das incursões do herói pelo cinema de animação deu origem a este álbum. É uma versão aos quadradinhos da longametragem em que Tintim e os seus amigos voltam a enfrentar Rastapopoulos CARLOS PESSOA Se o leitor está à espera de encontrar amanhã à venda com o PÚBLICO uma aventura “normal” de Tintim, prepare-se: “Tintim e o Lago dos Tubarões” é a versão aos quadradinhos da longa-metragem de animação feita em 1972 pela Belvision e não um álbum de banda desenhada igual a todos os outros até agora publicados.

22-01-2004
"Tintim no País do Ouro Negro"
O começo e o fim da história estão separados por mais de uma década, durante a qual o mundo viveu a Segunda Guerra Mundial. A versão definitiva é dos anos 60 Muitas são as histórias de Tintim que sofreram transformações mais ou menos significativas. Mas “Tintim no País do Ouro Negro”, o álbum que amanhã será posto à venda com o PÚBLICO, bate todos os recordes.

14-01-2004
"O Caso Girassol "
A "arma absoluta" criada pelo professor Girassol é o fio condutor da aventura de Tintim que amanhã será distribuída com o PÚBLICO. Arma tão mortífera que relegará a bomba A e a bomba H para o caixote do lixo da história, ela vai suscitar o mais vivo interesse da Bordúria, o país imaginário onde o herói de Hergé já esteve noutra ocasião ("O Ceptro de Ottokar").

08-01-2004
"O Caranguejo das Tenazes de Ouro"
Em 1940, a Bélgica fica virada do avesso com a invasão das tropas hitlerianas. Como milhões de europeus, Hergé vê a sua vida quotidiana sofrer alterações radicais. O jornal "XX.ème Siècle", onde as aventuras de Tintim eram publicadas (suplemento juvenil "Le Petit Vingtième") é encerrado.

26-12-2003
Curare Um veneno com aplicação médica
No álbum “A Orelha Quebrada”, distribuído com o PÚBLICO a história é contada assim: a estatueta de uma tribo da América do Sul é roubada de um museu etnográfico e Tintim, mais detective que repórter, fica logo à coca.

26-12-2003
Uma Agitada Aventura Colonial
Depois da viagem de Tintim ao país dos sovietes, o sonho de Hergé é levar o seu herói até à América. Profundamente apaixonado pela cultura índia, seus costumes e mitos, começa de imediato a trabalhar nesse projecto.

26-12-2003
O que disse Hergé sobre "Tintim no Congo"
Foi dito e redito que era racista. Este é um bom momento para pôr as coisas a claro: que tem a dizer em sua defesa? Que responde quando o acusam de ser "racista"?

18-12-2003
Tchang o amigo chinês de Hergé e Tintim
Inspirou uma personagem que fez chorar Tintim e esteve no centro de uma aventura que levou o herói de Hergé até ao Tibete. O seu nome era Tchang Tchong-Jen, foi um grande amigo do artista belga e morreu a 8 de Outubro de 1998, como o PÚBLICO registou na altura.

18-12-2003
Os sonhos brancos de Hergé
“Naquela época, eu atravessava uma séria crise e os meus sonhos eram quase todos em tons de branco. E eram muito angustiantes. Tomava nota deles e recordo-me de um em que me encontrava numa espécie de torre constituída por rampas sucessivas.

18-12-2003
O Yéti, uma lenda conhecida no Ocidente há mais de um século
Tintim, o capitão Haddock e vários “sherpas” conseguiram a proeza de dar de caras com o Yéti, o Abominável Homem das Neves, depois de andarem a ouvir os gritos da criatura. Já muita gente disse que viu o Yéti, e até apresenta fotografias como provas, mas nenhuma era irrefutável.

11-12-2003
“Carvão no Porão”
Tudo começou com uma notícia na imprensa em que se denunciavam situações extremas de exploração humana. Hergé ficou em estado de choque e daí a construir uma história sobre o tema foi um passo que o autor não hesitou em dar.

05-12-2003
O Triunfo Americano de um Herói Europeu
Hergé tem 24 anos quando começa a cheirar o doce perfume do êxito. Tintim já foi ao País dos Sovietes e acaba de regressar do Congo. A seguir, tal como era seu desejo inicial, o jovem repórter faz as malas para atravessar o Atlântico e triunfar na América.

05-12-2003
O que disse Hergé sobre "Tintim na América"
Há muito tempo que trazia a América no coração. O que eu queria era fazer uma história com índios; era o meu ponto de partida, o meu verdadeiro objectivo. Mas as coisas foram evoluindo durante a realização da história e não falei dos índios tanto quanto desejava.

04-12-2003
"Tintim na América", décimo segundo álbum das aventuras de Tintim
Tintim chega a Chicago no dia 3 de Setembro de 1931. A primeira ideia de Hergé era construir esta banda desenhada – a terceira da série, depois de o herói ir à União Soviética e ao Congo – em torno dos povos índios, habitantes origina do continente, que sempre fascinaram o criador belga.

28-11-2003
Tintim perdido nos mares do Sul
A “rentrée” de 1966 é agitada pelo aparecimento nas livrarias de “Astérix chez les Bretons”, editado pela Dargaud. É o oitavo álbum da série, com uma tiragem inicial de 600 mil exemplares. A criação de Uderzo e Goscinny faz capa nas grandes publicações francesas e o “New York Times” consagra um longo artigo a “este herói da BD que arrebata o coração dos franceses”.

28-11-2003
O soro da verdade existe mesmo?
O bandido Rastapopoulus rapta o multimilionário Laszlo Carreidas e, como não podia deixar de ser, Tintim e os amigos são apanhados no meio da aventura “Voo 714 para Sydney”. O fito é obrigar o multimilionário a revelar o número da sua conta bancária na Suíça, com mais de dois milhões de dólares, porque cópias da assinatura e o nome do banco já Rastapopoulus tem. Nada melhor do que pôr o doutor Krollspell a aplicar a Carreidas uma injecção do soro da verdade. Mas os efeitos não são os pretendidos.

27-11-2003
" Voo 714 para Sydney " décimo primeiro álbum de Tintim
Algures no trajecto entre Macassar e Darwin, o jacto particular do milionário Laszlo Carreidas desaparece sem deixar rasto. Além do proprietário, seguem a bordo Tintim e os seus companheiros Haddock e Girassol. Começa assim mais uma movimentada aventura do herói de Hergé, “Voo 714 para Sydney”, que será distribuída amanhã com o PÚBLICO.

21-11-2003
Tintim Salva Tchang e Ganha um amigo
Na tarde de 1 de Maio de 1934, um jovem chinês de baixa estatura e boné de estudante na cabeça calcorreia as ruas de Etterbeek, nos arredores de Bruxelas. Depois de interrogar um polícia e abordar um carteiro, chega finalmente à rua Knapen. É ali que reside o casal Remi, Georges (Hergé é o seu nome artístico) e Germaine. Pouco depois, Tchang Tchong Jen e o criador de Tintim encontram- se pela primeira vez para falar sobre a China, da qual o desenhador nada sabia.

21-11-2003
Ópio, uma droga que esteve na origem de uma guerra
Tintim é apanhado no meio de uma guerra entre os Filhos do Dragão, uma sociedade secreta chinesa que luta contra o ópio, e traficantes desta droga. Visita mesmo o Lótus Azul, uma casa onde se fuma ópio em Xangai e que dá o nome a este álbum, e lá encontra consumidores espalhados pelo chão a inalar o fumo. Mas, tal como Tintim é apanhado nesta guerra, a China e a Grã-Bretanha guerrearam-se, entre 1839 e 1842, por causa do ópio. A China perdeu e teve de ceder Hong Kong, que ficou sob administração britânica até Julho de 1997.

20-11-2003
"O Lótus Azul" décimo álbum de Tintim
No final de “Os Charutos do Faraó”, Hergé anunciou que Tintim continuaria a sua viagem em direcção ao Extremo Oriente. Semanas depois recebeu uma carta do padre Gosset, capelão dos estudantes chineses da Universidade de Lovaina. Recomendava cuidado na abordagem do tema, sugerindolhe que se documentasse bem antes de avançar. Curiosamente, esta sugestão ia ao encontro de uma necessidade que o próprio autor já tinha identificado antes.

14-11-2003
Tintim a caminho do Oriente
Port-Said, Suez, Bombaim, Colombo, Singapura, Hong Kong, Xangai. O programa da viagem de Tintim em direcção ao Oriente fica traçado desde as primeiras imagens. A partir daqui, o leitor só tem de se deixar levar pelos caminhos da aventura traçados por Hergé.

14-11-2003
Dupond e Dupont, Dois Gémeos Famosos
De repente, duas figuras iguaizinhas espreitam por uma porta e entram em cena. Estão vestidas a rigor, fato preto completo, bengala e chapéu de coco. São os famosos gémeos Dupond e Dupont. A primeira aparição nas aventuras de Tintim destes gémeos, que também copiaram entre si a profissão de detective, é precisamente no álbum "Os Charutos do Faraó", que começou a ser publicado em 1932.

14-11-2003
O que disse Hergé sobre "Os Charutors do Faraó"
Eu queria envolver-me no mistério, no romance policial, no "suspense" e tanto me enredei nos meus enigmas que quase não consegui sair deles! Foi nesta altura que o "Le Petit Vingtième" começou a publicar um jogo-inquérito paralelamente às minhas histórias: os leitores deviam descobrir os enigmas colocados por Tintim. E se isso me dava ideias, permitia-me igualmente desconcertar o leitor.

13-11-2003
"Os Charutos do Faraó" nono álbum de Tintim
Em Novembro de 1922, a equipa de Howard Carter encontra o túmulo do jovem faraó Tutankhamon. É uma das mais fantásticas descobertas arqueológicas de todos os tempos, mas os seus autores nada beneficiarão disso, pois morrem nos meses seguintes, uns após outros, com uma misteriosa doença que nunca foi possível identificar.

07-11-2003
A volta ao mundo pelo tesouro de Rackham
Em Fevereiro de 1943, os alemães perdem a batalha de Estalinegrado. A rendição do general von Paulus soa como um toque de finados antecipado pela aventura totalitária de Hitler e seus seguidores. Nesse mesmo mês, o jornal belga “Le Soir” dá início a uma nova aventura de Tintim — ficará depois conhecida como “O Tesouro de Rackham, o Terrível” — que dura sete meses.

07-11-2003
O batíscafo, Girassol e Piccard
Engenhocas diversas, de aspecto barulhento, espalham-se pelo laboratório do professor Girassol. Mas Girassol leva ao laboratório ilustres aventureiros, como o capitão Haddock e Tintim, para lhes mostrar uma das suas últimas invenções — o batíscafo, em forma de tubarão, que se destina a explorar os fundos submarinos. Há aqui uma curiosa semelhança entre ficção e realidade.

07-11-2003
O que disse Hergé sobre "O Tesouro de Rackham, o Terrível "
Desta vez, a maqueta do “Sirius” foi executada a partir dos planos de um excelente arrastão de Ostende, baptizado com o nome de “John”, uma maravilhosa embarcação de pequeno calado que talvez ainda navegue hoje.

06-11-2003
"O Tesouro de Rackham, o Terrível" oitavo álbum de Tintim
Nem todos os enigmas têm solução. E não é pelo facto de ser ficção em forma de banda desenhada que “O Tesouro de Rackham, o Terrível”, oitavo título das aventuras de Tintim, desvenda todos os seus segredos. Um deles continua a alimentar especulações em vários quadrantes: por que razão continua esta história a ser o “best-seller” de Hergé?

31-10-2003
Tintim e Haddock procuram um tesouro
Um quadradinho solitário publicado no “Le Soir” anuncia a boa nova aos leitores: Tintim pede um mês de licença sem vencimento para preparar a caça ao tesouro de Rackham, o Terrível.
E assim acontece nesse princípio de Junho de 1942. Hergé parece possuído por uma fúria criadora, encadeando as histórias umas atrás das outras e, simultaneamente, ocupando-se das reimpressões de aventuras antigas que o obrigam a regressar a personagens e situações há muito afastadas do seu espírito.

31-10-2003
Jacques Martin 18 anos com Hergé
O criador de Alix foi um dos grandes nomes da BD europeia que colaboraram com Hergé antes de empreender o seu próprio percurso. Seguem-se excertos do testemunho de Jacques Martin, reproduzido em “Entretiens avec Hergé”.

31-10-2003
O que disse Hergé sobre "O Segredo do Licorne"
A partir de “O Segredo do Licorne” (…) Para dizer a verdade, a maqueta do navio só foi feita mais tarde. Mas eu já tinha tudo o que precisava para construir — se assim me posso exprimir — um navio dessa época. Há alguns meses, em Copenhaga, durante uma conferência de imprensa, o meu editor dinamarquês fez-me entrar numa sala onde estava instalado uma espécie de catafalco rectangular coberto com a bandeira belga.

30-10-2003
"O Segredo do Licorne" setimo álbum de Tintim
Em 11 de Junho de 1942 começa uma nova aventura de Tintim no jornal “Le Soir”. À razão de uma tira por dia, Hergé leva ainda mais longe o propósito, já expresso na história precedente (“A Estrela Misteriosa”, distribuída na semana passada), de tratar temas sem qualquer ligação com a actualidade. Com a Bélgica ocupada pelos exércitos alemães, uma simples deslocação para fora do local de residência é praticamente impossível.

24-10-2003
Tintim corre contra os americanos e ganha
No Outono de 1941, os judeus residentes na Bélgica já são cidadãos de segunda. Estão proibidos de exercerem a advocacia, de serem funcionários públicos, professores ou jornalistas. Confinados a quatro cidades (Anvers, Bruxelas, Liège e Charleroi), não estão autorizados a sair de casa entre as 8 da noite e as 7 horas da manhã.

24-10-2003
O congumelo que nasceu num meteorito
Tintim e o inseparável Milu estão a pernoitar no meteorito que caiu nas águas do Árctico, como se fosse uma ilha, e como se tal fosse possível, quando são surpreendidos com uma explosão. Uma detonação? Uma espécie de pequeno vulcão?, interrogam-se. Um ovo?, questiona um sempre esfomeado Milu, que propõe de imediato fazer uma omelete.

24-10-2003
O que disse Hergé sobre "A Estrela Misteriosa"
… Onde se fala, entre outras coisas, da rivalidade no sentido do progresso entre a Europa e os Estados Unidos. Descrevi essa luta através da corrida entre dois navios em direcção ao mesmo objectivo. Na primeira versão [da aventura] o “Peary” hasteava o pavilhão americano, enquanto o outro navio, o “Aurora”, se deslocava sob a bandeira do “Fundo Europeu de Pesquisas Científicas”.

23-10-2003
"A Estrela Misteriosa" sexto álbum de Tintim
A cores, com menos páginas e tema sem ligação directa com a actualidade. São estas as características mais marcantes de “A Estrela Misteriosa”, a sexta aventura de Tintim que amanhã é distribuída com o PÚBLICO.
Corre o ano de 1941 e a Europa, palco da Segunda Guerra Mundial, está a ferro e fogo. Até então, Hergé tinha desenvolvido as aventuras do seu herói sem constrangimentos de espaço.

17-10-2003
Quem roubou as jóias da Diva?
Aos 54 anos, Hergé acaba de fazer a melhor história da sua vida ("Tintim no Tibete") e superar uma grave crise pessoal. O que mais pode desejar um homem que está no apogeu da sua carreira?
A resposta do criador de Tintim está à medida do seu espírito empreendedor. Como gosta de correr riscos, Hergé avança para uma nova história sem bons ou maus, sem violência ou conflito reais, sem mistérios a decifrar ou perigos a correr.

17-10-2003
O Efeito Fotoeléctrico na Castafiore
Se a Castafiore fica bem na televisão, pode agradecê-lo a Hertz e a Einstein. A diva não entra em directo na televisão sem que alguém meça, com um fotómetro, a intensidade da luz perto dela. "Não tenha receio, minha senhora. Isto é simplesmente uma célula fotoeléctrica", sossegam-na.
Foi Einstein quem explicou, em 1905, o efeito fotoeléctrico que está hoje na base de muitas aplicações do dia-a-dia. O fotómetro, que mede a intensidade da luz num dado local, é uma delas. E Hergé sabe-o.

17-10-2003
O que disse Hergé sobre "As Jóias de Castafiore"
Não creio. Julgo mesmo que se riram muito com a situação. Têm sentido de humor no “Paris... euh, Flash”!... É evidente que aludia a um célebre semanário onde são muito frequentes os erros, ao ponto de eu acreditar que havia na redacção alguém pago expressamente para introduzir essas falhas! Um dia vieram fazer uma reportagem sobre o “Tintin” e tomaram notas, nomeadamente sobre o grande painel com a efígie de Tintim e Milu que encabeça a fachada do edifício onde estão sediadas as Éditions du Lombard, em Bruxelas.

16-10-2003
"As Jóias de Castafiore" quinto álbum da aventuras Tintim, com o Público
Quantas vezes a Castafiore chama o capitão Haddock por um nome errado? Ao todo são 29, mas só em “As Jóias de Castafiore”, o álbum que amanhã será posto à venda com o PÚBLICO, o velho marinheiro conhece 16 nomes diferentes. Entre outros, Bartock, Kapock, Mastock, Hammock, Karbock, Hoclock, Hablock, Maggock, Medock, Kapstock… É obra!

10-10-2003
Como Tintim salva o reino da Sildávia
Depois da Escócia, Tintim está nos Balcãs. É nesta zona da velha Europa que se situa a acção da aventura desta semana, “O Ceptro de Ottokar”.
Hergé opta por situar a acção num contexto histórico imediato. Existem dois países de fronteira comum com regimes políticos diferentes — a Bordúria é uma ditadura e a Sildávia uma monarquia moderna — e o papel do herói é fazer abortar uma tentativa de anexação do segundo país pelo primeiro. A pedra-de-toque é o famoso ceptro de Ottokar IV, símbolo do poder real, que os sucessores do monarca têm de exibir no desfile do dia de S. Vladimiro, patrono da Sildávia.

10-10-2003
Um osso gigante para Milu
Como qualquer cão que se preze, Milu gosta de ossos. E se tiver fome, qualquer um serve, nem que sejam os das caveiras a assinalar corrente de alta tensão. Mas a sorte grande saiu-lhe quando passou em frente do Museu de História Natural da Sildávia. Aos pinotes na rua, com um osso maior que ele, pode adivinhar-se o que roubou. “Sabes, Tintim, neste país têm ossos magníficos.

10-10-2003
O que disse Hergé sobre "O Ceptro de Ottokar
Foi um amigo quem me deu a ideia desta história. Narra uma “anschluss” [anexação] abortada, para grande desgosto do malfeitor Müsstler. Encontramos também nesta história, com os gémeos Halambique, o tema dos irmãos inimigos. E assistimos ainda ao nascimento do coronel Boris Jorgen, ajudante-de-campo do rei da Sildávia.

09-10-2003
"O Ceptro de Ottokar" quarto álbum da aventuras Tintim, com o Público
Bordúria? Sildávia? Tais países não têm existência real, como toda a gente sabe. Mas o desenvolvimento da própria história permite perceber que Hergé recorreu a uma metáfora para falar, sob a forma ficcional, de eventos ocorridos alguns meses antes de a história começar a ser publicada no jornal “Le Petit Vingtième”, a 4 de Agosto de 1938.

03-10-2003
Tintim desvenda o mistério do castelo escocês
Depois de uma acidentada viagem à América do Sul (“A Orelha Quebrada”), Tintim regressa à boa e velha Europa. A Escócia é o cenário escolhido por Hergé para situar esta nova aventura do seu herói. “A Ilha Negra”, publicada pela primeira vez em 1937-38 no jornal belga “Le Petit Vingtième”, é uma banda desenhada de características puramente policiais.

03-10-2003
Dupond(t) em directo na TV
De rompante, embrenhado na perseguição de um bando de falsários, Tintim entra numa das salas do castelo de “A Ilha Negra” e depara-se-lhe um aparelho de televisão. No pequeno ecrã, transmite-se um festival aéreo em directo, até que o comentador começa a reparar nas acrobacias de um piloto. “Espectáculo alucinante o deste avião que, pilotado com mão segura, executa as acrobacias mais loucas e mais audaciosas…”

03-10-2003
O que disse Hergé sobre "A Ilha Negra"
Müller é um Rastapopoulos [outro vilão do universo de Tintim] mais empenhado. Müller é enérgico enquanto o outro é mole, adiposo. Müller é um homem vigoroso, com muita iniciativa.

02-10-2003
"A Ilha Negra", terceiro álbum da aventuras Tintim, com o Público
Em 1937, a guerra civil de Espanha arrasa o país e divide as opiniões públicas europeias. Um pouco alheio a estes dramáticos acontecimentos, Hergé está afogado em compromissos profissionais, dividindo-se entre os trabalhos publicitários e a realização das aventuras dos seus heróis — Quick e Flupke por um lado, Jo, Zette e Jocko por outro.

26-09-2003
Desolação magnífica
São famosíssimas as primeiras palavras de Neil Armstrong mal assentou os pés nas poeiras da Lua. “É um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”. As palavras de Tintim, no álbum “Explorando a Lua”, não têm a mesma grandiosidade, pode até dizer-se que são de uma banalidade óbvia.

26-09-2003
Tintim explora a Lua
Com a descoberta dos estapafúrdios Dupond(t) a bordo do foguetão que transporta Tintim e os seus companheiros para a Lua, coloca-se desde o início um problema grave: as reservas de oxigénio não foram calculadas para uma tripulação tão numerosa e o regresso à Terra sãos e salvos pode estar comprometido.

26-09-2003
O que disse Hergé sobre "Explorando a Lua"
As pegadas tornaram-se um enigma, graças a si!... Quanto ao gelo, tudo indica que é verosímil ou pelo menos plausível, A possibilidade de existência de água sob forma sólida foi-me confirmada por Bernard Heuvelmans, que me ajudou a reunir documentação sobre astronáutica, ainda antes de me ajudar com os seus conhecimentos a ter um conhecimento mais amplo do yéti quando der início a “Tintim no Tibete”.

25-09-2003
"Explorando a Lua " com o Público
A partida de Tintim e dos seus companheiros de viagem para a Lua foi um sucesso. Passados os efeitos da brutal aceleração inicial, os tripulantes retomam a pouco e pouco a sua vida a bordo. Mas ainda só tinham percorrido os primeiros oito mil quilómetros e já os problemas começam a surgir — confundindo a hora da partida (1h34 e não 13h34), os irmãos Dupond(t) são viajantes involuntários e consumidores inesperados de uma quantidade de oxigénio previsto para uma tripulação mais pequena.

19-09-2003
"Rumo à Lua" inaugura as aventuras de Tintim no Público
Ele está por todo o lado e não consegue passar despercebido ao longo de uma operação que se pretende ultra-secreta. Irrita-se na fronteira da Sildávia com um guarda que lhe oferece uma garrafa de um "líquido nauseabundo" (água mineral). Desencadeia um alerta de incêndio ao fumar com a corneta acústica do professor Girassol em vez do seu cachimbo.

19-09-2003
O que disse Hergé sobre "Rumo à Lua"
"O que eu fiz foi apenas 'romancear' livros que já existiam, em particular 'A Astronáutica', de Alexandre Ananoff. Li muito antes de me lançar nesta história e ainda disponho de uma pequena biblioteca consagrada a este tema.

19-09-2003
Do "charuto" de Girassol ao Saturno V
Tintim, mais o seu cão Milu, o capitão Haddock e o professor Girassol foram à Lua muito antes de qualquer homem ir lá de facto. Em 1953, 16 anos antes de um ser humano assentar os pés em solo lunar, o professor Girassol embarcou com os amigos num foguetão muito especial, em forma de charuto — um foguetão imaginado por Girassol com todos os pormenores, como se conta no álbum “Rumo à Lua”.

18-09-2003
"Rumo à Lua" oferecido com o PÚBLICO
“Nem selenitas, nem monstros, nem fabulosas surpresas”. É com estes objectivos programáticos que Hergé ataca um dos maiores mitos dos tempos modernos – a viagem à Lua. Rejeitando liminarmente as abordagens fantasiosas e ingénuas consagradas pela literatura e pelo cinema dos primeiros tempos, o criador de Tintim aposta numa antecipação científica tão rigorosa quanto possível, apoiada em documentação que, afirma, se limitou a “romancear”.

13-09-2003
Tintim, um herói que corre mundo
Esteve em Moscovo e em Chicago, foi a África e à Lua, viajou para o Extremo-Oriente e percorreu os cumes andinos, deambulou por países imaginários com nomes estranhos. Foi imaginado como repórter que passa a vida a correr mundo e a viver aventuras que o imortalizaram.

13-09-2003
Tintim chegou a Portugal nos anos 30
A edição em língua portuguesa dos álbuns de Tintim é tardia. Mas data dos anos 30 do século passado o primeiro contacto dos leitores com o herói de Hergé: as “Aventuras de Tim-Tim na América do Norte” começaram a ser publicadas no número 45 da revista “O Papagaio”, a 16 de Abril de 1936, prosseguindo até 20 de Maio do ano seguinte.

13-09-2003
A nossa colecção
Os livros e as datas de publicação

12-09-2003
Banda desenhada no PÚBLICO – uma
presença constante

Tudo começou com a presença ininterrupta de Calvin & Hobbes na última página do jornal desde a sua fundação e pode dizer-se que o enorme êxito desta série norte-americana está estreitamente associado à história do próprio jornal. Também de um ponto de vista editorial, o PÚBLICO marcou a diferença ao privilegiar a informação e divulgação da banda desenhada através de uma cobertura sistemática do mundo editorial e dos principais festivais em torno dos quadradinhos, tanto à escala nacional como internacional.

12-09-2003
Tintim na sala de aula
Quantos antílopes são mortos involuntariamente em “Tintim no Congo”? A resposta precisa é menos importante do que saber que consequências pode ter para um dado ecossistema a eliminação maciça e descontrolada de espécies que pertençam naturalmente a esse mesmo habitat. Deve dizer-se, em abono da verdade, que o herói de Hergé das primeiras aventuras caça pelo prazer do “gag” e não por qualquer outra motivação menos nobre.

 
"Rumo à Lua ",
é o próximo livro
da colecção
Consulte a lista