12-09-2003
Banda desenhada no PÚBLICO – uma presença constante
Carlos Pessoa

A publicação integral das aventuras de Tintim é o mais recente elo de uma relação estreita entre o PÚBLICO e a banda desenhada.

Tudo começou com a presença ininterrupta de Calvin & Hobbes na última página do jornal desde a sua fundação e pode dizer-se que o enorme êxito desta série norte-americana está estreitamente associado à história do próprio jornal. Também de um ponto de vista editorial, o PÚBLICO marcou a diferença ao privilegiar a informação e divulgação da banda desenhada através de uma cobertura sistemática do mundo editorial e dos principais festivais em torno dos quadradinhos, tanto à escala nacional como internacional.

Há ainda a registar a presença de desenhadores de imprensa fixos nas páginas do jornal – Vasco, Miguel, Sam e após a morte deste, Luís Afonso.

A publicação a espaços de bandas desenhadas inéditas de autores portugueses é outra vertente da atenção dada pelo jornal a este meio de expressão. Mais recentemente, o PÚBLICO tem-se associado à realização do salão Lisboa de BD e Ilustração através de edições especiais inteiramente ilustradas por “cartoonistas” e criadores de banda desenhada.

Na viragem do milénio, os heróis da BD foram uma presença semanal nas páginas da “Pública”, revista dominical do PÚBLICO, aventura depois prolongada num livro editado pelo próprio jornal. Chega agora a hora de Tintim, um dos mais populares e consagrados heróis da BD mundial, que estará com os leitores ao longo das próximas 24 semanas.

O envolvimento do jornal em projectos desta natureza ilustra bem aquilo que é uma das características diferenciadoras do projecto do PÚBLICO ao longo dos seus anos de existência – uma atenção constante e continuada à banda desenhada e ilustração, ciente de que essas formas de expressão estética e cultural estão no centro dos interesses de camadas significativas dos seus leitores.