Palavras, expressões e conceitos de A a Z
saca-rolhas
Sing. e plural.
saem Como caem.
sai / saí O acento desfaz o ditongo
como em ai/aí, atrai/atraí. Ele sai de casa todos os dias às 8h.
Saí ontem daqui à uma da manhã.
saído Como atraído.
"saison" (= "season")
saiu Sem acento, como caiu.
saloiice Leva dois ii, como feiíssimo.
sanduíche Aportugues. da palavra inglesa
"sandwich"; admitem-se também as palavras sande e sandes.
sarjeta como "gorjeta".
"savoir-faire"
"savoir-vivre"
secretário-geral
século Para os séculos, usa-se números
romanos e admite-se a abreviatura "séc." em textos com
várias referências a datas: no século XX; séc. XVI. Cf. números.
segredo Cf. Segredo
de justiça e Segredo
profissional, Fichas da Lei.
segundo-secretário
segundo-violino
segurança 1. Condicionalismo
ético ao dever de informar. A única limitação ao dever de informar,
para além dos casos de ordem privada dos cidadãos, é a segurança
e bem-estar de alguém: perigo de vida ou de represálias, casos de
sequestro, chantagem ou qualquer prejuízo importante do ponto de
vista pessoal, profissional ou qualquer outro considerado relevante.
Cabe ao jornalista e à Direcção a avaliação destes casos: embargarem,
pura e simplesmente, a informação; ou providenciarem a não identificação/localização
das pessoas em causa. 2. A segurança dos jornalistas também
não é questão menor e foi mesmo motivo para levar a um "blackout"
informativo por parte do jornal "A Bola", que se recusou,
a certa altura, a ouvir os futebolistas e dirigentes do FC Porto.
"self-made man"
"self-service"
sem- Com hífen: sem-cerimónia; sem-número;
sem-vergonha.
sem-abrigo Substantivo, sing. e plural.
sem-vergonha Substantivo, sing. e plural.
semear Como "atear".
semi- Com hífen antes de h, i,
r ou s: semi-inconsciente, semi-histórico, semi-renovado,
semi-sedentário; mas semifinalista, semiapurado.
seminário
sempre-em-pé Substantivo, sing. e plural.
senão / se não Ex.: Apressa-te,
senão perdes o comboio. Deve-me dar para chegar antes do jantar;
se não, telefono.
sendo que É provavelmente uma redução
da expressão "sendo certo que" com o sentido de uma conj.
adversativa; vulgarizou-se para ligar frases, às vezes com repetição
do verbo "ser" ou outro, o que é desnecessário e deselegante.
1. O simples "e" pode ser usado. Ex.: "A assembleia
geral elegeu a América Latina e Portugal como mercados preferenciais,
sendo que futuros negócios (...) serão conduzidos a partir do nosso
país." "... mercados preferenciais e futuros negócios
(...) serão conduzidos a partir do nosso país." "A Alemanha
começara a guerra com os cofres quase vazios (...), sendo que as
barras de que dispunha a partir de meados de 1941 eram obviamente
de origem suspeita." "... quase vazios (...), e por isso
as barras de que dispunha a partir de meados de 1941 eram obviamente
de origem suspeita." 2. Há casos em que se pode usar
o gerúndio do verbo. Ex.: "A diminuição do número de deputados
da Assembleia da República (...) para vigorar necessita agora de
consenso legislativo entre os dois maiores partidos, sendo que o
PS já disse que se oporia a essa redução imediata." "...
maiores partidos, tendo o PS já dito que se oporia a essa redução
imediata." "Esta é a quarta mudança de camisola verificada
entre autarcas do distrito de Coimbra, sendo que as restantes (em
Tábua, Soure e Pampilhosa) resultaram a favor do Partido Socialista."
"... distrito de Coimbra, tendo as restantes (em Tábua, Soure
e Pampilhosa) resultado a favor do Partido Socialista." 3.
Opte-se por frases mais curtas e correctamente pontuadas. Ex.:
"Os entrevistados eram convidados a colocar essa disciplina
numa escala de 1 a 5, sendo que 1 representava uma disciplina
nada científica e 5 uma disciplina muito
científica." "... escala de 1 a 5: 1
representava uma disciplina nada científica e 5
uma disciplina muito científica."
sénior - Com acento;
pl.: "seniores", sem acento
sensacionalismo 1. O PÚBLICO
inscreve-se numa tradição europeia de jornalismo exigente e de qualidade,
recusando o sensacionalismo e a exploração mercantil da matéria
informativa. Incorrer no sensacionalismo desacredita um jornal e
desqualifica quem o pratica. 2. Em todas as circunstâncias
deverão ser observados os princípios de rigor e ausência de sensacionalismo,
em especial no tratamento de matérias do foro judicial. 3. A exploração
sensacionalista de circunstâncias e factos relacionados com dramas
de natureza pessoal ou familiar é violação da vida privada. A referência
a infortúnios, tragédias, doenças, acidentes, violência, etc. não
deve ser despudorada nem alimentar curiosidades mórbidas.
sentido "No sentido de" pode
em geral ser substituído pelo simples "para".
seriedade Por seriedade, o jornalista
deve preocupar-se com a interpretação dos factos, de modo a não
cair no logro de se transformar num mensageiro, nem o jornal fazer
de caixa de ressonância de campanhas. Para se tomar alguém como
fonte, é necessário rconhecer-lhe seriedade, além da competência
para dar a informação.
"sharia" (a lei islâmica)
"shopping center" Inglês americano,
muito divulgado. Preferível o termo português "centro comercial".
Usa-se quando faz parte do nome próprio, mas na prosa do jornalista
é de evitar.
"shura" Cf. Dic.
islâmico, Religiões.
"sic" Expressão latina (entre
aspas) que se admite muito excepcionalmente para chamar a atenção
do leitor para algo de errado ou estranho no texto original.
sida (a) Subst. comum feminino, já integrado
na língua portuguesa.
sigilo O sigilo será sempre um último
recurso, quando não há outra forma de obter a informação ou a sua
confirmação. 1. As fontes e o sigilo profissional, a responsabilização
do jornal e do jornalista prendem-se com critérios e técnicas específicas
adoptadas no PÚBLICO. Mas são fundamentalmente questões de princípio,
ética e deontologia profissional. Em nenhumas circunstâncias o PÚBLICO
e os seus jornalistas se desobrigam do respeito pelo sigilo profissional
e pela protecção das fontes, quaisquer que sejam as consequências
legais daí resultantes (cf. Segredo Profissional, Fichas da Lei,
em Anexos). 2. Se está em jogo a segurança e bem-estar de
alguém, jornalista e Direcção podem decidir embargar a informação
ou a não identificação/localização das pessoas em causa. Cf.
segurança. 3. Nos casos excepcionais em que o PÚBLICO
aceita atribuir uma informação a fonte não identificada (cf.
anonimato), o despiste ou protecção do informador deve ser feito
de forma cuidada, mas não enganosa, e implica rigor e seriedade:
uma fonte não são "fontes", uma informação prestada pelo
dirigente X, pela tendência Y ou pelo MNE não pode ser atribuída
indistintamente a "meios clubísticos", "partidários"
ou "diplomáticos"; por outro lado, o leitor tem o direito
de saber, por exemplo, que a informação X envolve especificamente
a corrente (ou os interesses) Y, ou se se trata de um especialista
no assunto ou de uma fonte oficial ou oficiosa. 4. O sigilo
deve ser sempre justificado, de modo a não ser pretexto fácil de
desresponsabilização do autor ou da fonte da informação.
siglas Convém usar as siglas, abreviaturas
ou outros sinais convencionais com parcimónia e bom senso, de modo
a que a peça jornalística não pareça uma mensagem cifrada. As siglas
que não se escrevem com pontos devem ser explicadas
na primeira vez que aparecem no texto, excepto as que são indiscutivelmente
do conhecimento geral, como ONU ou UE. Não se usa siglas para abreviar
cargos; assim, por exemplo, escreve-se "chefe do EMGFA (Estado-Maior
General das Forças Armadas)". Cf. Siglas.
"sikhs" Minoria da Índia que
habita sobretudo no Punjab.
simplicidade Simplicidade, clareza,
exactidão e variedade caracterizam o estilo jornalístico de qualidade.
Se informar é comunicar e fazer compreender, é indispensável que
se redija de forma simples e precisa, quaisquer que sejam a complexidade
do assunto ou o género da mensagem jornalística. Eis o que não se
deve fazer: "Tal como o azeite que com a água se mistura, também
as confirmações de uns não se compadecem com as hesitações de outros.
Um risco assumido, mas que merecia ser minimizado, especialmente
à vista de um auditório por de mais exigente, imediatista e cuja
filosofia de constatação visual supera a concepção escrita, mesmo
que esta se cinja aos factos, uma ou outra vez intercalados com
comentários opinativos e como tal subjectivos ou de dupla leitura."
síndroma / síndrome (o ou a)
Sempre acentuado.
"sine die" (sem dia, sem data fixa)
"sine qua non" (condição indispensável)
skate
"snack-bar"
"Sniper"
Atirador furtivo. Deve preferir-se a expressão
portuguesa. Na sua acepção militar, a expressão
inglesa "sniper" designa um atirador de elite, equipado
com uma arma de precisão, que age emboscado e em acções
individuais, em geral postado a grande distância dos alvos
e internado em território controlado pelo inimigo, cujo objectivo
é atingir alvos individuais de grande interesse militar.
O lema destes atiradores de elite é "Uma bala, uma morte".
A expressão "sniper" pode também ser utilizada
na acepção de "franco-atirador". Um atirador
furtivo pode ser ou não um franco-atirador, conforme faça
parte ou não de uma operação militar coordenada.
sob Dif. de sobre. Ex.: Falou-se
sobre literatura. Sob a capa do sorriso, escondia uma grande amargura.
sob- Com hífen antes de b, h
ou r: sob-roda.
sobre Períodos iniciados com "sobre"
admitem-se, se se quiser chamar a atenção para a ideia contida nessa
parte da frase; nunca há, porém, vírgula a separar esse complemento
do predicado. Ex.: Sobre aquilo que lhe foi perguntado admitiu responder
mais tarde.
sobre- Com hífen antes de h:
sobre-humano; escreve-se sobreavaliado, sobreeminente, sobreestimado
(mas também sobrestimado), sobrerrealista, sobressaturação.
sobrevir Como vir. Ex.: Sobreveio
uma tempestade.
sobriedade Atitude indispensável no
tratamento de factos do foro criminal, a par com o distanciamento
e segundo critérios de inequívoco interesse jornalístico e recusando
o sensacionalismo. A sobriedade exigida nas Notas de Redacção não
invalida o estilo incisivo ou acutilante e muito menos a
polémica e o debate de ideias, desejáveis no PÚBLICO.
social-democrata Este adjectivo tem
hífen, excepto no nome do Partido Social Democrata, que assim o
registou. O pl. faz-se nos dois termos: sociais-democratas.
sócio-económico Ou socioeconómico
"soirée"
sondagens Obrigatoriamente há que referir
quem as encomenda, quem as faz e incluir a respectiva ficha técnica.
sota- Sinónimo de vice. Com hífen: sota-embaixador,
sota-patrão.
soto- Sinónimo de vice. Com hífen: soto-capitão,
soto-embaixador.
soube Mas pôde (pret. perf. do
indic. em ambos os casos).
"stand"
"standard" Prefiram-se as
palavras portuguesas "norma" ou "padrão". Em
contrapartida, estandardizado é já uma palavra fixada em português.
"statu quo" (o estado em que as coisas
estão)
"stress"
"strictu sensu" (em sentido estrito)
"stringer" Correspondente.
sub- Com hífen antes de b, h
ou r: sub-bosque, sub-hirsuto, sub-resultante; mas subaquático,
subsolo.
subestimar
subtítulos Em princípio, os subtítulos
não devem exceder as três palavras e as duas linhas a uma coluna,
intervalados entre si por dois mil a três mil caracteres. Devem
ser sugestivos, apontando para o essencial do trecho que introduzem,
sem matar a novidade. Não devem nunca repetir palavras ou ideias
sintetizadas noutros subtítulos, no título e nas legendas da peça.
Nas entrevistas, não devem ser inseridos entre uma pergunta e uma
resposta.
suficiente
"sui generis"
Suíça / suíço Palavras acentuadas.
"suite" De hotel ou musical.
"suna" Cf. Dic.
islâmico, Religiões.
sunita Cf. Dic.
islâmico, Religiões.
super- Com hífen antes de h ou
r: super-homem, super-requintado; mas superelegante, supermoderna,
supersensível.
"superavit" (saldo positivo, excesso)
superentrada As entradas não deverão
exceder os 300 caracteres, salvo em destaques, quando as circunstâncias
e o arranjo gráfico da página (conjugação com fotografia, etc.)
justificarem uma superentrada.
supor Não acentuado, tal como os outros
compostos de "pôr": repor, compor, etc.
suportar Em português não significa
dar apoio; significa carregar com o peso de, sustentar, sofrer com
paciência.
supra- Com hífen antes de vogal, h,
r ou s: supra-axilar, supra-hepático, supra-renal,
supra-sumo.
"sura" Cf. Dic.
islâmico, Religiões.
surf
surripiar
susceptível
suspeitos As pessoas sob acusação criminal
não provada são sempre tratadas como "acusadas" ou "suspeitas".
Nenhuma notícia, título ou legenda deve confundir a suspeita com
a culpa. Mesmo após detenção de suspeitos, a sua identidade não
deve ser revelada (nem tão-pouco insinuada, por exemplo, com a divulgação
do apelido ou de outros dados aproximativos), enquanto a investigação
do PÚBLICO não tiver recolhido dados concludentes ou as averiguações
da polícia não tiverem conduzido a uma acusação formal e indiscutível.
"suspense"
suster Como reter: ele sustém, retém;
eles sustêm, retêm.
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