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Palavras, expressões e conceitos de A a Z
iate
Existe a palavra em português.
ibaditas Cf. Dic.
islâmico, Religiões.
"ibidem" No mesmo lugar
quando se faz uma citação de um livro, jornal, revista, rádio, já
citado.
icebergue
idade 1. Um dos dados relevantes
de uma identificação completa, excepto a de pessoas com notoriedade
pública (cf. identificação). A idade da personagem da notícia
deve vir entre vírgulas, logo após o seu nome. 2. É uma imprecisão
referir, por exemplo, "um jovem de 35 anos".
Convencionalmente, considera-se: bebé, com menos de um ano; criança,
até aos 12 anos; adolescente ou jovem, dos 13 aos 18, podendo jovem
ser extensivo até aos 25 anos; homem ou mulher, com mais de 18 anos
e definitivamente depois dos 25; idoso, para cima dos 65 anos, mas
de preferência deve referir-se igualmente "homem/mulher de
anos", sem outro qualificativo, a não ser que seja relevante
o estado da pessoa devido à idade avançada.
ideia Palavra não acentuada.
"idem" O mesmo.
identificação 1. A identificação
e a individualização da fonte favorece a autoridade
e a credibilidade da informação. A fonte deve ser identificada com
a maior precisão possível nome, idade e profissão, cargo
ou função e, se forem relevantes para o que se está a tratar, o
local de residência, estado civil, eventuais dados familiares, etc.
(cf. protagonização, idade). Ex.: Carlos Augusto Alves Vieira,
funcionário público de Aveiro, 50 anos, casado e pai de três filhos,
foi o único totalista do último fim-de-semana. A indicação dos cargos
segue regras específicas (cf. cargos, aposto). Uma fonte
documental deve ser também devidamente descodificada. 2.
O PÚBLICO só deve trazer para as suas páginas, com nomes e fotografias,
os casos que tenham sido investigados concludentemente (cf. difamação).
Mesmo após detenção de suspeitos, a sua identidade nunca deve ser
revelada ou minimamente insinuada (por exemplo, com a divulgação
do apelido ou de outros dados aproximativos) enquanto a investigação
do PÚBLICO não tiver recolhido dados concludentes ou as averiguações
da polícia não tiverem conduzido a uma acusação formal e indiscutível
(cf. suspeitos). Erros ou confusões de nomes e moradas de
pessoas detidas podem resultar em pura injúria. A identificação
pessoal deve ser completa e respeitadora da dignidade individual
(cf. dignidade). Para a "identificação" de delinquentes
menores (cf. menores) e vítimas de crimes sexuais, no PÚBLICO,
utilizam-se nomes fictícios facto devidamente assinalado
no texto para garantir o anonimato. 3. A fonte pode
autorizar a sua identificação ou impedi-la (cf. anonimato).
A recusa de identificação de uma fonte sem justificação plausível
deverá ser sempre referida. Uma declaração ou um comentário nunca
devem ser atribuídos a fontes anónimas. Opiniões, o PÚBLICO só reproduz
as que forem atribuíveis a fontes claramente identificadas. Em circunstâncias
especiais, que envolvam a segurança e bem-estar da fonte, justifica-se
a sua não identificação, mas o despiste ou protecção do informador
deve ser feito de forma cuidada, não enganosa, com rigor e seriedade
(cf. segurança, sigilo).
idoneidade Um dos factores que pesa
na avaliação de uma fonte é a idoneidade da mesma, em conjunto com
o valor intrínseco da informação e a possibilidade de ela ser comprovada
(cf. fonte, informação).
idoso Cf. idade.
iene Moeda do Japão.
igreja 1. Só se fala de "Igreja"
relativamente a cristãos, os outros casos referem-se como "religiões":
religião muçulmana, budista, etc. Os nomes como Igreja Católica
Romana, Igreja Anglicana, etc., têm maiúscula inicial nas várias
palavras que constituem o nome. 2. Cf. clero, hierarquias,
no final do Alfabeto.
igualdade Cf. equidade.
ilação Como inflação.
ilha Como acidente geográfico que é,
escreve-se com inicial minúscula: ilha da Madeira; ilha da Páscoa
(cf. Maiúsculas e Topónimos).
ilustração Deve recorrer-se, sempre
que possível, à visualização da mensagem informativa: uma foto,
gráficos, quadros ou mesmo desenhos facilitam a leitura e a compreensão.
A inforgrafia é especialmente aconselhável para os casos de especificação
mais clara de distâncias, percursos e localizações em geral: um
mapa ou um "croquis" permitem uma "leitura"
mais rápida e mais apetecível.
imã Cf. Dic.
islâmico, Religiões.
imagem Cf. Direito
à imagem, Fichas da Lei.
imagens Bem empregues, podem dar cor
e sonoridade à narrativa; mal utilizadas, criam uma penosa sensação
de pedantismo e mau gosto.
imaginação As novas possibilidades técnicas
da informação implicam um jornalismo eficaz, atractivo e imaginativo
na sua permanente comunicação com os leitores.
íman Magnético; dif. imã, dignitário
religioso muçulmano.
imérito Imerecido, injusto; dif. de
emérito.
imersão Submersão; dif. de emersão
(sair de um líquido).
imigrante Aplica-se àqueles que vieram
de outro(s) país(es). N.B. Em geral, é de imigrantes
que se trata quando há problemas de xenofobia. Cf. emigrante.
iminente Dif. de eminente. Ex.:
um perigo iminente (prestes a acontecer); um cientista eminente
(de renome).
impacte 1. Uma notícia é tanto
mais importante quanto mais pessoas forem afectadas, de uma forma
ou de outra. 2. A adjectivação excessiva ou inadequada enfraquece
a qualidade e o impacte informativo do texto jornalístico. 3.
Acto de bater ou tocar no alvo. Dif. de "impacto", impelido,
metido à força.
imparcialidade A imparcialidade da atitude
jornalística é uma das regras essenciais que definem a conduta profissional
dos jornalistas do PÚBLICO. A imparcialidade e o distanciamento
notam-se no vocabulário e na abordagem de assuntos com carga ideológica,
mas imparcialidade não é sinónimo de neutralidade quando estão em
causa valores fundamentais da vida em sociedade.
implementar Trata-se de um aportuguesamento
do "implement" inglês (por sinal, de origem latina), mas
é de evitar o seu uso pela falta de sentido específico em português.
É substituível, com vantagem, por: adoptar, aplicar, concretizar,
desenvolver, executar, entre outros.
imprecisões O PÚBLICO toma a iniciativa
de corrigir erros e imprecisões que tenha impresso nas suas páginas
(cf. erros).
imprensa Designa apenas jornais
por isso "imprensa escrita" é um pleonasmo; rádio e a
televisão são audiovisuais. A palavra "imprensa" escreve-se
com inicial minúscula, a não ser que faça parte de um nome próprio:
Associação da Imprensa Diária.
"in illo tempore" Naquele
tempo.
"in loco"
"In Shaa Allah" Cf.
Dic. islâmico,
Religiões.
"in vino veritas"
inaugurar Uma exposição é inaugurada.
inclusive Palavra não acentuada.
incompatibilidades São incompatíveis
com o estatuto do jornalista cargos e funções com ligações governativas
ou ao poder autárquico, às forças armadas, polícias e similares;
à publicidade, relações públicas, assessorias e gabinetes de imprensa
e/ou de imagem (incluindo-se neste âmbito a chamada "imprensa
partidária", "empresarial", "de clubes",
etc.), enfim, quaisquer vínculos aos poderes estabelecidos, privados
e oficiais ouu qualquer género de actividade empresarial, liberal
ou assalariada que (caso da advocacia), pela sua natureza ou conflitualidade
de interesses, condicione o trabalho jornalístico específico.
independência 1. Independência
em relação aos vários poderes e às fontes de informação definem
a conduta profissional dos jornalistas do PÚBLICO. Por isso são
normas o não envolvimento público em tomadas de posição de carácter
político, comercial, religioso, militar, clubístico ou outras que,
de algum modo, comprometam a imagem de independência do PÚBLICO
e dos seus jornalistas, e a salvaguarda de quaisquer pressões ou
directivas de ordem institucional. 2. Informações com características
publicitárias ou de relações públicas "press-releases",
"briefings" devem constituir apenas uma pista para
um trabalho jornalístico independente. Pela mesma razão, não se
aceitam presentes, viagens, convites ou benesses de outro género,
sempre que possam condicionar, de algum modo, a independência e
visão crítica de quem escreve. 3. As situações que possam
suscitar dúvidas ou ambiguidade deverão ser aclaradas previamente
com a Direcção, ouvido o Conselho de Redacção. Todo o incidente
com fontes de informação, oficiais ou particulares, deverá ser imediatamente
comunicado à Direcção do jornal.
indispensável
indo-europeu
infecto-contagioso
inflação e inflacionar
informação 1. Para o PÚBLICO,
é essencial que a informação seja rigorosa, completa e fundamentada
sobre factos e não sobre rumores , o que não é incompatível
com a procura de formas inovadoras de noticiar, interpretar e editar
a actualidade, segundo códigos de comunicação adequados a novos
hábitos e tempos de leitura que fazem já parte do quotidiano português.
Escrita para informar, a notícia deve sempre começar com mais informação
do que aquela de que o leitor dispõe no dia em que compra o jornal.
A informação complementar e diferente, o "background"
e protagonização da notícia, a análise e a interpretação indispensáveis
à sua compreensão integram e distinguem o estilo do PÚBLICO. 2.
Na avaliação de uma informação influem três factores: o valor intrínseco
da informação, a possibilidade de ela ser comprovada e a idoneidade
da fonte. O princípio do contraditório prevalecerá sempre que houver
mais de uma pessoa ou entidade envolvidas. O PÚBLICO não sonega
nenhuma informação e publica tudo o que revestir interesse jornalístico
isto é, for baseado num facto verdadeiro, inédito, surpreendente
ou actual que seja de interesse para muitos leitores e não colida
com preceitos éticos e deontológicos atrás descritos. 3. Regra
geral, uma informação deve ser sempre atribuída à fonte de origem,
identificada com a maior precisão possível nome, idade e
profissão, cargo ou função. 4. Toda a informação, "on"
ou "off", deve ser sempre avaliada, confirmada e, se possível,
contraditada antes da publicação. Se subsistirem dúvidas quanto
à veracidade de uma informação, é preferível adiar a sua publicação,
sacrificando, inclusive, a actualidade. As informações fornecidas
com qualquer embargo deverão ser sempre reconfirmadas e discutidas
previamente com o responsável do sector. Na recolha de informações
testemunhos, opiniões ou imagem fotográfica deve ter-se
sempre a garantia de que não existe qualquer constrangimento ou
limitação artificial, de ordem emocional, psicológica ou até física,
das pessoas envolvidas. 5. Não existem fronteiras absolutas
entre os três níveis distintos na elaboração do texto: informação
(os factos), interpretação (relacionamento dos factos entre si)
e opinião (juízo de valor sobre os factos). Mas uma relação séria
e leal com o leitor pressupõe o respeito pela diferença de códigos
entre informação e opinião. O equilíbrio e a complementaridade entre
informação e opinião são uma preocupação permanente do PÚBLICO em
todas as suas áreas editoriais.
informação útil 1. O leitor quer
e agradece que se lhe dê toda a informação útil sobre qualquer acontecimento.
Sempre que se façam referências a acontecimentos ainda a decorrer
e em que os leitores possam vir a participar é obrigatório referir
com precisão toda a informação útil local, hora, preço, etc...
É informação útil por excelência a meteorologia; cinemas, teatros,
exposições; farmácias de serviço; telefones úteis. 2. A exclusão
de todo o tipo de publicidade nas colunas informativas do PÚBLICO
não significa que o jornal deixe de informar. Nomes de empresas
ou instituições, marcas comerciais e outros dados do mesmo tipo
devem ser incluídos na notícia ou na reportagem, se são elementos
úteis de identificação ou localização ou se constituem informação
útil indiscutível. Assuntos relacionados com automóveis e patentes
desportivas, gastronomia e bebidas obedecem ao mesmo critério jornalístico.
informar Quem escreve para informar
deve sempre começar uma notícia com mais informação do que aquela
de que o leitor dispõe no dia em que compra o jornal. Informar é
comunicar e fazer compreender isto é, redigir de forma simples,
concisa, clara e precisa, quaisquer que sejam a complexidade do
assunto ou o género da mensagem jornalística.
infra- Com hífen antes de vogal, h,
r ou s: infra-oitava, infra-hepático, infra-renal,
infra-som.
infra-estrutura
iniciais Nas assinaturas escrevem-se
com ponto sem espaço; nas siglas não levam pontos: AR, CGTP.
iniciativa Obter e noticiar em primeira
mão tudo o que for notícia é a primeira obrigação profissional do
jornalista. Mas para ter notícias é preciso estar bem informado,
o que pressupõe, entre outras características, iniciativa e curiosidade
profissional.
injúria Cf. difamação.
inocência O direito ao bom nome e a
presunção da inocência até condenação em tribunal ou, no
caso de uma investigação própria do jornal, até prova absolutamente
indiscutível são escrupulosamente garantidos nas páginas
do PÚBLICO. Cf. difamação, direito à imagem, identificação, justiça.
inovação Rigor de informação não significa
informação cinzenta, baça, meramente narrativa. Entre a informação-relatório
e o novo-riquismo sensacionalista, o PÚBLICO escolhe associar criativamente
padrões clássicos de profissionalismo com uma disponibilidade permanente
para a inovação. Inovação também da escrita jornalística: linguagem
fácil, mas moderna, viva e coloquial, em que a inventiva e a criatividade
dos redactores assumem papel decisivo. Pode-se e deve-se inovar,
criar novas palavras e novas expressões, em sintonia com a linguagem
comum e o pulsar da língua na sua constante renovação.
"input" Quantidade/força que
entra ou é consumida.
inquérito 1. É na reportagem
e no inquérito que a interpretação dos factos encontra a sua expressão
mais desenvolvida. Mas essa interpretação tem, frequentemente, uma
fronteira difusa com a opinião, na medida em que a subjectividade
do olhar do jornalista o leva a escolher um ângulo de abordagem
dos acontecimentos e situações que observa e descreve. Aí intervém
a necessidade da distanciação e a preocupação da imparcialidade.
Interpretar não é julgar, mas explicar o porquê e o como das situações.
Enquanto na notícia predominam o quem e o quê, a reportagem e o
inquérito procuram saber mais sobre o como e o porquê. 2. Sobre
inquérito judicial, cf. Processo
penal, Fichas da Lei.
insosso O mesmo que insonso ou insulso.
instrumentalização Cf. manipulação.
insultos Não são admissíveis as obscenidades,
blasfémias, insultos ou qualquer tipo de calão, excepto quando são
essenciais à fidelidade da notícia ou da reportagem e após
consulta ao editor.
integridade Imparcialidade, integridade
e independência em relação aos vários poderes e às fontes de informação
definem a conduta profissional dos jornalistas do PÚBLICO (cf.
imparcialidade, independência).
inter- Com hífen antes de h ou
r: inter-helénico, inter-resistente.
intercalar 1. As frases intercaladas,
sobretudo se alongam o período a perder de vista, reduzem a clareza
da mensagem jornalística e tendem a baralhar o leitor. 2. Nas
citações, é preferível empregar uma intercalar entre travessões,
ou entre vírgulas, fechando as aspas antes e abrindo-as de novo
depois para a referência ao entrevistado, de modo a evitar
a sistemática atribuição do discurso directo no fim da citação.
Ex.: "Não sei o que é que lhe deu observou Jacinta Tomás,
54 anos, moradora no Bairro de Santo António , quando deitou
a correr em direcção ao homem." "Não sei o que é que lhe
deu", observou Jacinta Tomás, 54 anos, moradora no Bairro de
Santo António, "quando deitou a correr em direcção ao homem."
intercepção De interceptar. Dif. de
intercessão (de interceder).
interdito São "pecados capitais":
1. Atentar contra o Estatuto Editorial do jornal cf.
Estatuto Editorial. 2. Contrariar
os princípios e normas da conduta profissional. 3. Desrespeitar
o direito ao bom nome e o princípio da inocência até prova em contrário;
"não ouvir o outro lado" cf. Informar
sem Manipular...; bom nome, difamação, equidade, inocência.
4. Instrumentalizar o jornal por qualquer género de campanha
cf. Informar sem Manipular...;
manipulação. 5. Violar o espaço privado dos cidadãos
cf. privacidade e seriedade, p. 52 e 59; privacidade.
6. Errar e não corrigir; plagiar cf. erro, plágio.
7. Escrever e informar mal cf. informação, linguagem.
interesse jornalístico 1. O PÚBLICO
não sonega nenhuma informação e publica tudo o que revestir interesse
jornalístico isto é, for baseado num facto verdadeiro, inédito,
surpreendente ou actual, que seja de interesse para muitos leitores
e não colida com preceitos éticos e deontológicos. O interesse jornalístico
de uma notícia é definido por factores como o seu impacte (muitas
pessoas são afectadas), proximidade, relevância (pessoal, social,
política, artística, cultural, económica, científica, técnica, profissional,
desportiva, etc.) e também a sua raridade, oportunidade da informação,
utilidade para os leitores, interesse pessoal, ou até mesmo a expectativa
e o "suspense" inerentes (normalmente matérias de "faits-divers").
2. O PÚBLICO considera os seus anúncios parte do conjunto
de informações que os leitores procuram todos os dias na suas páginas,
mas não subordina o interesse jornalístico ao interesse publicitário
de anunciantes ou afins.
interferências De línguas estrangeiras:
desde Londres/Paris (correcto: de Londres/Paris); debutar (estrear-se);
detalhe (pormenor); implementar (aplicar, concretizar, adoptar,
executar); ter lugar (realizar-se); deixar cair (abandonar, desistir
de); vir de (acabar de); sponzorização (patrocínio).
interjeições Eis algumas que nem sempre
se sabe como escrever: aaa
, intercala-se no discurso
directo para reproduzir certas hesitações do falante; ãh?
é aquele som que não se deve fazer em vez de "o quê?";
chiu! e chhh..., a exigir silêncio; hem?, interjeição
semifechada de interrogação; hmm, murmúrio de assentimento;
hui!, expressão de repugnância; pst!, de chamamento.
Internet 1. A Internet é uma
grande rede mundial de computadores que comunicam entre si recorrendo
a uma linguagem comum. Apesar de se tratar de uma rede mundial,
com um alto nível de coordenação entre todos os participantes (empresas,
países), ela não é dirigida por nenhum organismo central. Através
da Internet, qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, pode ter
um acesso rápido à informação armazenada nos computadores que estão
ligados à rede e que se constituem como "servidores" de
informação. O que é necessário para aceder a esta rede é um computador
com alguns requisitos mínimos e um contrato com uma organização
local que forneça o serviço de acesso. São diversos os tipos de
comunicação que a Internet proporciona (transferência de ficheiros,
manipulação de um computador à distância, correio electrónico),
mas o mais espectacular é o que é feito na chamada World Wide Web
(WWW ou apenas Web) o sector multimédia da Internet. A informação
disponibilizada nos servidores WWW da Internet, que vai desde os
vulgares textos e imagens a vídeos e sons, pode ter a complexidade
(de apresentação, estrutural) e a extensão que o seu disponibilizador/proprietário
quiser. Essa informação está sempre organizada em hipertexto, o
que permite saltar de um documento para outro apenas com um clique
do rato, desde que o primeiro documento inclua uma "ligação
activa" para o segundo que tanto pode estar no mesmo computador
como num computador do outro lado do mundo. 2. A esmagadora
maioria da informação na Internet é de consulta gratuita, mas há
um número crescente de serviços cobrados por cada utilização ou
através de assinatura nomeadamente no âmbito dos órgãos de
comunicação. Está igualmente em expansão a prestação dos mais variados
serviços através deste meio (serviços bancários, por exemplo), assim
como o comércio electrónico. Esta tecnologia da Internet está também
a ser usada em âmbitos mais restritos no interior das empresas,
por exemplo. Mesmo que uma empresa esteja dividida por vários locais
e países, pode possuir uma rede informática interna onde seja possível
"navegar" como na Internet, mas que esteja fechada para
as pessoas do exterior são as "intranets".
interpretação 1. A análise e
a interpretação da notícia, indispensáveis à sua compreensão, integram
e distinguem o estilo do PÚBLICO. É interpretação o relacionamento
dos factos entre si e com outros que os condicionam, mas ela começa
logo pela escolha daquilo que é mais relevante e significativo.
2. É na reportagem e no inquérito que a interpretação tem
maior expressão e por vezes é difusa a fronteira com a opinião (logo
na escolha do ângulo de abordagem), por isso é necessária distanciação
e preocupação de imparcialidade. Interpretar não é julgar, mas explicar
o porquê e o como das situações. 3. A interpretação, utilizada
com rigor e seriedade, é ainda um instrumento para que o jornalista
não se resuma ao papel de mensageiro e a notícia que leva ao leitor
não se torne num logro.
interveio Atenção às "ratoeiras"
de certos compostos. Intervir conjuga-se como o verbo "vir"
(e não "ver"): intervenho, intervens, intervém; intervim,
intervieste, interveio; intervindo. O mesmo é verdade para os outros
compostos: advir, convir, sobrevir, etc. (cf. Verbos).
intimidade Cf. privacidade.
intitular
intra- Com hífen antes de vogal, h,
r ou s: intra-urbano, intra-hepático, intra-raquidiano.
inverosímil, inverosímeis.
investigação 1. Ir mais longe
na informação implica pertinácia, capacidade de investigação e poder
de antecipação. A reportagem investigativa permite proporcionar
ao leitor algo mais do que as simples aparências, as meras evidências
e a interpretação imediata. Sem investigação, o jornal e o jornalista
transformam-se numa simples caixa de ressonância ou em porta-voz
de campanhas, ou deixam-se inevitavelmente ultrapassar pelos acontecimentos
e pela concorrência. 2. Todos os temas que envolvam
aspectos de honra, dignidade e reputação de pessoas individuais
e colectivas reclamam previamente uma investigação própria muito
cuidada, prudente e imparcial. Está em causa, no mínimo, o direito
à imagem. A investigação é particularmente necessária em casos de
natureza militar, política, ideológica ou partidária e de ordem
económico-financeira, que se prestam a campanhas de manipulação
e desinformação. 3. A investigação jornalística não deve
confundir-se com investigação policial. A preocupação de saber "quem-como-quando-porquê"
pode ser idêntica; os métodos e os objectivos é que não são.
invocar / evocar São quase
sinónimos. Cf. evocar.
ioga Já foi aportuguesado.
ípsilon (y), ipsílones (pl.)
"ipsis verbis" (pelas mesmas palavras)
"ipso facto" (pelo próprio facto)
íris
Irmandade Muçulmana ou Irmãos Muçulmanos
Cf. Dic. islâmico,
Religiões.
irrupção De irromper. Dif. de erupção
(de um vulcão, por exemplo).
islão Cf. Dic.
islâmico, Religiões.
ismailitas Cf. Dic.
islâmico, Religiões.
isotérico Significa "para iniciados".
Cf. esotérico.
isto / isso Palavras substitutas (vicárias)
que podem reduzir a clareza e favorecer a imprecisão.
itálico No PÚBLICO, as aspas, por razões
técnicas, substituem o itálico. Cf. aspas.
item, itens.
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