ÍNDICE
  Guia de leitura
 
  PARTE I
 
  Ética e deontologia
  Estatuto editorial
  Princípios e normas de
  conduta profissional
  Informar sem manipular,
  difamar ou intoxicar
  Privacidade
  e responsabilidade
  Seriedade e credibilidade
  O jornalista não é
  um mensageiro
 
  Critérios, géneros
  e técnicas
  Os factos e a opinião
  Regras de construção
  O rigor da escrita
  A fotografia
  A publicidade
 
  PARTE II
  Alfabeto do PÚBLICO
  Palavras, expressões e   conceitos
  A B C D E F G H I J K L M N
  O P Q R S T U V W X Y Z
 
  Normas e nomenclaturas
  Acentuação
  Verbos
  Maiúsculas & minúsculas
  Topónimos estrangeiros
  Siglas
  Factores de conversão
  Hierarquias (militares e   policiais)
  Religiões
 
  ANEXOS
  Fichas da lei
  Projecto PÚBLICO
  na Escola
  Regulamento do Conselho de
  Redacção do PÚBLICO
  Estatuto do Provedor
  do Leitor do PÚBLICO
  Código Deontológico
  do Jornalista
 
  


Palavras, expressões e conceitos de A a Z

 

   

babismo Cf. Dic. islâmico, Religiões.

"background" — O enquadramento noticioso, com os antecedentes indispensáveis para que o leitor de hoje compreenda a notícia que já vem de ontem. Pode ser uma síntese do "lead" da notícia do dia anterior, com a identificação dos intervenientes e explicando outros factos que condicionam os actuais. Mesmo uma crítica ou comentário mais especializado deve incluir os elementos indispensáveis à sua legibilidade e clareza para o leitor comum. O "background" deve ser introduzido de forma elegante, sem prejuízo da actualidade e da novidade da informação. É uma característica do estilo do PÚBLICO.

"baha’is"Cf. Dic. islâmico, Religiões.

baixa-mar

baixo-alentejano

bancarrota — Uma palavra só.

banco central — Sempre em caixa baixa.

bandeira — Em bandeira: composição (de títulos, entradas ou legendas) em linhas de comprimento irregular, alinhadas apenas à direita ou apenas à esquerda.

banho-maria

barcos — Os nomes com que foram baptizados os barcos vão entre aspas: a nau "Sagres".

bastidores — Por detrás de um acontecimento ou situação a noticiar existe muitas vezes uma história menos visível, que encerra afinal a novidade, o mais importante, característico ou original — e susceptível de captar mais o interesse do leitor. A crónica sugestiva do ambiente de uma cerimónia pode ser jornalisticamente muito mais interessante do que o pretexto oficial da cerimónia.

bátega — Aguaceiro, chuvada. "Bátega de água" é um pleonasmo.

bate-papo

baú(s) — Palavra acentuada, para desfazer o ditongo.

bê-á-bá

bebé — Só pode levar um acento. Cf. Acentuação.

bege — Aportuguesamento de "beige" (fr.).

Beijing — Em vez de Pequim (cf. chinês).

belas-artes — Só se utiliza no plural.

bem-comportado

bem-disposto

bem-estar

bem-falante

bem-humorado

bem-intencionado

bem-pensante

bem-vindo — E boas-vindas. Benvindo é nome próprio.

bênção — Como zângão.

benesses — Os jornalistas do PÚBLICO devem manter uma atitude independente e crítica perante todos os poderes e interesses estabelecidos e não aceitam presentes, viagens, convites ou benesses de qualquer género, que possam condicionar a sua independência.

bi- — Sem hífen: bilateral, birrefracção.

bíceps — Palavra acentuada, como tórax, abdómen, etc.

bico-de-obra

bilião — Um milhão de milhões, em português. N.B. — Atenção que nos EUA, Brasil e outros países americanos um bilião são mil milhões e ao que na Europa ocidental é bilião chamam eles "trilião". Na Europa, pôs-se fim à anarquia que reinou durante décadas, com "bilião" a significar indistintamente mil milhões ou um milhão de milhões, na 9ª Conferência Internacional de Pesos e Medidas, em 1948. Nas línguas francesa, inglesa, italiana, alemã e neerlandesa, pelo menos, existe mesmo um vocábulo que designa os milhares de milhões ("milliard", fr. e ing.; "miliardo", it.; "Milliarde", al.; "miljard", neerl.). Cf. números.

bio- — Sem hífen: biofísico, biomecânica.

Birmãnia - A mudança de nome (para Myanmar) foi "imposta" pelos militares, em 1989/90.

bis- — Sem hífen: bisavô, bissemanal.

"blackout" 1. É uma situação relativamente nova na imprensa portuguesa, quer visando os próprios "media", quer como forma de protesto dos "media" contra determinado tipo de incidentes. Neste último caso envolve questões como a liberdade de informação ou a segurança pessoal dos jornalistas — exemplo da primeira situação foi a greve informativa às notícias com origem na Assembleia da República, em 1993, e da segunda a recusa do jornal "A Bola", durante um período, de ouvir os futebolistas e dirigentes do FC Porto. As situações de "blackout" devem ser constantemente recordadas, mesmo quando a imprensa for protagonista do facto — como no boicote parlamentar de 1993. 2. Nos casos de "blackout" à imprensa, é aconselhável, antes do reatamento noticioso, ponderar se foi decidido unilateralmente e quando e porque mais convinha a quem o impusera; ou se se trata de informações "oferecidas" por favorecerem a imagem de quem as fornece.

"blague" (mentirola dita com graça)

blasfémias — Não são admissíveis as obscenidades, blasfémias, insultos ou qualquer tipo de calão, excepto se essenciais à fidelidade da notícia ou reportagem — e após consulta ao editor.

"bluff"

boa-fé — A boa-fé e a lisura e transparência dos processos utilizados pelo jornalista devem ser claros e indiscutíveis. O PÚBLICO publicará Notas de Redacção, replicando às versões ou comentários abrangidos pelo direito de resposta, só quando estiver em causa a verdade dos factos ou acusações injustas à boa-fé do jornalista. Cf. direito de resposta e Fichas da Lei.

boatos — As notícias baseiam-se em factos, boatos não se publicam. Mas a natureza ou a a persistência de certos rumores pode causar efeitos relevantes ou justificar uma investigação e daí resultar matéria publicável. Ex.: o boato da morte de Saddam Hussein fez disparar os preços do petróleo; começando por ser relacionado pela correspondente da agência alemã DPA, não se sabe como, com o caso Luiz Roldan e com o regresso, também inventado, de Vasco Gonçalves — por causa de uma entrevista na SIC, no dia seguinte —, o boato da iminência de um golpe de Estado em Portugal deu a volta ao mundo, alimentou conversas alucinantes em Lisboa durante dois dias e fez disparar o mercado bolsista — o boato, como é natural, mereceu honras de primeira página... As expressões "diz-se que", "consta que", "parece que" referem-se a boatos e não a matéria de facto.

bom nome — O direito ao bom nome e a presunção da inocência até condenação em tribunal — ou, no caso de uma investigação própria do jornal, até prova absolutamente indiscutível — são escrupulosamente garantidos nas páginas do PÚBLICO. As referências fulanizadas em textos com uma componente ficcional (crónica humorística, por exemplo) não podem envolver matéria gravosa para o bom nome e a imagem pública de pessoas ou instituições.

bom senso e bom gosto — O livro de estilo do PÚBLICO apresenta um conjunto de regras técnicas e deontológicas que se inspiram em critérios de bom senso, bom gosto e rigor profissional.

boquiaberto — Como pontiagudo.

braço-de-ferro

branco — Um voto nunca é branco, mas sim "em branco".

"brevet"

breves — Sem assinatura, não ultrapassam os 500 caracteres, num estilo rápido, quase telegráfico, tipo "flash", e têm normas específicas de paginação. Mesmo nas breves, o telex de agência deve constituir um mero ponto de partida para uma informação mais completa. Quando paginadas a duas colunas, podem incluir fotos, gráficos ou outro material documental (cf. notícias).

"bridge" — Jogo de cartas que é modalidade pré-olímpica.

"briefings" — Informação de relações públicas, os "briefings" devem constituir apenas uma pista para um trabalho jornalístico independente.

burburinho — Sussurro, murmúrio, todas com "uu".

"burqa’" Cf. Dic. islâmico, Religiões.

"burqu’" Cf. Dic. islâmico, Religiões.

   
   
 
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