Guia de leitura
Ao longo deste livro os leitores encontrarão
textos de valor e objectivos diversos. E este é também
um livro escrito a pensar em vários perfis de leitor diferentes
entre si, quanto mais não seja, na sua relação
com o PÚBLICO.
Procura esta breve nota orientar o leitor na busca
de resposta à questão que o move. Embora admitamos
que não existam neste Livro de Estilo respostas para todas
as questões, tratamos aqui de o ajudar a procurá-las
nos capítulos onde terá maior probabilidade de as
encontrar.
As normas éticas, deontológicas e técnicas
em vigor no PÚBLICO estão condensadas nos dois primeiros
capítulos (Ética e Deontologia e Critérios,
Géneros e Técnicas). Para jornalistas e colaboradores
do PÚBLICO estes dois primeiros capítulos são
de leitura obrigatória. Os restantes leitores nada perderão
se com eles gastarem umas horas. Uns e outros ganham em conhecer
as normas éticas, deontológicas e técnicas
em vigor no PÚBLICO. Os primeiros, para as cumprirem, enriquecendo-as
com uma prática que as problematize. Os segundos, para refrescarem
os princípios que orientam o PÚBLICO no contrato que
todos os dias pretende com eles renovar. E, assim, ganharem distância
crítica face ao jornal que compram, bem como face a outros
produtos jornalísticos a que tenham acesso.
Dúvidas sobre a grafia, o modo de formação
do plural ou do feminino/masculino ou o significado de uma palavra,
tire-as no Alfabeto do PÚBLICO. Nele encontrará as
palavras em que os jornalistas do PÚBLICO com maior frequência
"tropeçam", por razões tão inexplicáveis
como as suas. Esta primeira parte do Alfabeto do PÚBLICO
não pretende substituir um bom dicionário da Língua
Portuguesa, mas ser apenas um auxiliar
de consulta rápida. Nela encontra também um bom
léxico das palavras-chave da ética, da técnica
e da "gíria" jornalística.
Dúvidas mais genéricas quanto à
acentuação e aos
tempos verbais podem ser esclarecidas
na segunda parte do Alfabeto do PÚBLICO.
Mas um jornal não é apenas um utilizador
genérico da língua portuguesa. Acrescenta-lhe algumas
convenções. As que foram adoptadas no PÚBLICO
quanto ao uso de maiúsculas
e minúsculas, de topónimos
e de siglas encontram-se nestas páginas.
Para "traduzir" medidas estrangeiras em
unidades correntes em Portugal, facilitamos uma tabela
de conversões.
Finalmente, os menos familiarizados com a linguagem
específica das forças
armadas e policiais ou das grandes
religiões podem socorrer-se dos dicionários sintéticos
que sobre a matéria lhes oferecemos de modo a evitarem usar
linguagem menos correcta.
Dúvidas (e ignorâncias várias)
sobre aspectos legais repetidamente descritos nos "media"
ou com estes relacionados são respondidas (ou colmatadas)
no primeiro anexo deste livro, as Fichas
da Lei.
Os jornalistas atacados de amnésia súbita
ou os leitores mais curiosos encontrarão nos restantes anexos
a reprodução dos objectivos e realizações
mais recentes do projecto PÚBLICO
na Escola, o regulamento do
Conselho de Redacção do PÚBLICO e o estatuto
do seu Provedor do Leitor, bem como o Código
Deontológico do Jornalista.
Por esta via, como por qualquer outro meio, os leitores
são convidados a fazer chegar à Direcção
do PÚBLICO sugestões, críticas e comentários
à presente publicação.
Enfim, ler este livro de fio a pavio não provoca
urticária, nem qualquer outra espécie de irritação,
mas não é com esse fim que se dá à estampa.
Ele contém capítulos inteiros pensados
para funcionarem como instrumentos de consulta. Terá, por
isso, atingido a sua razão de ser se o leitor o usar frequentemente.
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