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Palavras, expressões e conceitos de A a Z
ó Dif.
de oh!. Ex.: Ó Ana, vem cá; Oh! Que pena!
o outro lado Qualquer informação desfavorável
a uma pessoa ou entidade obriga a que se oiça sempre "o outro
lado" em pé de igualdade (cf. equidade). Mesmo as pessoas
sob acusação judicial, como as acusadas por outrem, devem ter a
oportunidade de responder às acusações (cf. acusados). Se
houver recusa frontal da(s) parte(s) acusada(s) em prestar declarações
ou se esgotarem todas as possibilidades de se ouvir a versão contrária,
deve constar no texto a explicação desta situação, e quanto mais
específica for a explicação, melhor, mas só em casos excepcionais,
e após autorização da Direcção, se pode contrariar o princípio da
equidade. As peças terão que ser feitas em função desse cruzamento
de informações e nunca na perspectiva ou no interesse da fonte da
origem (cf. princípio do contraditório).
O PÚBLICO Errou Com a periodicidade
adequada, O PÚBLICO Errou trará a correcção dos erros ou imprecisões
que tenha impresso nas suas páginas em anteriores edições: estatísticas
erradas, nomes mal grafados, funções incorrectamente referidas,
fotos trocadas, faltas de rigor e objectividade, informações falsas,
declarações indevidamente atribuídas são corrigidas por iniciativa
própria do jornal.
obcecar Tem o subst. "obcecação",
mas obsessão e obsessivo diferem na grafia.
objectividade A objectividade jornalística
é entendida como um valor-limite e uma meta que o PÚBLICO procura
todos os dias alcançar, desde logo com a exactidão dos factos relatados
e a fidelidade das opiniões recolhidas. Os casos que se prestem
a campanhas, manipulação e desinformação requerem maior prudência
do jornalista para garantir a objectividade, recorrendo à pluralidade
das fontes e à investigação, sem se deixar arrastar por ideias preconcebidas.
obra-prima, obras-primas
obscenidades Não são admissíveis as
obscenidades, blasfémias, insultos ou qualquer tipo de calão, excepto
quando são essenciais à fidelidade da notícia ou da reportagem
e após consulta ao editor. Por exemplo, quando foram transcritas
as gravações do caso Watergate, revelou-se a linguagem grosseira
do então Presidente dos EUA; a linguagem de Nixon era também notícia
e foi correcto violar as regras do bom gosto, deixando prevalecer
o bom senso. Se se considera devida a transcrição de tais termos,
então não se usam rodeios hipócritas e de gosto duvidoso, como "filho
da p
", escrevem-se com todas as letras.
observação O rigor da informação tem
como contraponto indispensável a arte da observação. Uma informação
tecnicamente rigorosa perde sugestão e agressividade jornalística
se não comportar a argúcia da observação sobre as pessoas e as coisas
ou sobre o clima que envolve situações e acontecimentos. Uma notícia
à primeira vista banal pode ganhar uma dimensão estimulante e, eventualmente,
rica de implicações, se o jornalista estiver disponível para captar
o imprevisto.
obsessão / obsessivo Mas o verbo é "obcecar".
obter Como suster: ele obtém, sustém;
eles obtêm, sustêm.
óbvio Para o leitor nunca nada é óbvio.
oceano Sempre em caixa baixa, mesmo
seguido de nome: oceano Pacífico.
"off the record" 1.
A fonte pode não autorizar a divulgação da informação que presta
é o chamado "off the record". Mas o anonimato e
o "off the record" só existem para proteger a integridade
e a liberdade das fontes, por isso o jornalista deve sempre confrontar
a fonte que exige um ou outro com a real necessidade desse recurso,
não aceitando com facilidade a evocação prévia de tais compromissos
sobre assuntos em que a fonte nada tem a temer. E, sempre que considerar
estar a ser objecto de algum condicionamento, deve recusar receber
informações não atribuíveis ou "off the record". As informações
fornecidas com qualquer embargo devem ser sempre reconfirmadas e
discutidas previamente com o responsável do sector (cf. anonimato).
2. Ao jornalista cabe respeitar escrupulosamente o compromisso
de "off the record", mas a sua obrigação é informar o
público. Por isso, deve procurar outras pistas e "furar"
noutras direcções, desde que nunca ponha em causa a fonte de origem.
3. Numa entrevista formal é ao entrevistado que cabe precisar
os limites do "off" e do "on the record". Tais
limites, porém, carecem de um entendimento prévio sobre o objectivo
da entrevista; se existir o risco de demasiados "off"
porem em causa tal objectivo, é legítimo manifestar ao entrevistado
a eventualidade de, após revisão do material recolhido e publicável,
se optar pela não publicação da entrevista.
"off-shore"
oficial Declarado, dito, proposto pela
autoridade competente. Que emana do Governo.
oficina
oficioso Particular, não oficial, não
dependente de ordem ou de autoridade. Diz-se da informação que,
sem carácter oficial, recebe a inspiração do Governo. Ex.: O órgão
oficioso relatou os acontecimentos a seu modo.
oh! Dif. de ó
Ex.: Oh!
Partiu-se!
Ó Manel, chega aqui, por favor.
"ombudsman" 1. Nome
dado em vários órgãos de comunicação social ao provedor do leitor.
"Ombudsman" é uma palavra escandinava que designava a
pessoa escolhida pela comunidade local para desobstruir ruas e chaminés
durante o Inverno. 2. O provedor do leitor do PÚBLICO é um
"varredor de barreiras que se erguem entre os leitores e o
jornal". Avalia a pertinência das queixas, sugestões e críticas
dos leitores; esclarece-os sobre os métodos e factos envolvendo
a edição de notícias; investiga as condições que levaram à publicação
de notícias ofensivas dos direitos dos leitores; transmite aos leitores,
à Redacção ou à Direcção a sua reflexão sobre eventuais desrespeitos
pela deontologia; mantém uma coluna semanal sobre matérias da sua
competência. Cf. Estatuto do Provedor
do Leitor.
onde Pron. relativo; serve para ligar
frases, mas não deve ser utilizado para iniciar um período, por
ser deselegante e se correr o risco de introduzir ambiguidade. Ex.:
Onde há grande divergência de posições no partido é no que toca
à regionalização. Será mais simples e claro: No partido há grande
divergência de posições no que toca à regionalização. Ou: Já no
que toca à regionalização, há grande divergência de posições no
partido. Não é lugar: o documento onde / em que.
on-line Cf. PÚBLICO On-Line.
onomásticos É preferível manter os apelidos
no singular quando se designa toda a família: os Sousa; os Castro
Silva. Mas para falar de todas as pessoas que tenham o mesmo nome,
usa-se o plural: Há muitos Silvas em Portugal.
oó Da linguagem infantil, "fazer
oó" (só tem um acento).
opinião 1. O PÚBLICO só reproduz
opiniões que forem atribuíveis a fontes claramente identificadas.
2. Não existem, nos textos jornalísticos, fronteiras absolutas
entre informação, interpretação e opinião. Em termos gerais, a apresentação
dos factos, em que se incluem as opiniões de terceiros, é informação;
o relacionamento de factos entre si é interpretação; e o juízo de
valor sobre os factos é opinião. 3. A opinião têm espaços
claramente demarcados no PÚBLICO. São de opinião por excelência
o editorial, assinado por um elemento da Direcção, o comentário,
assinado por um jornalista da Redacção ambos em sintonia
com a actualidade diária e as colunas do Espaço Público,
assinadas por colaboradores regulares e/ou ocasionais estas
de tema livre e mais intemporal. Os textos de opinião estão também
sujeitos ao respeito pela linguagem não insultuosa e não panfletária
a que se obriga o PÚBLICO e não devem conter "private jokes",
gíria ou preciosismos académicos. Nas colunas personalizadas dos
colaboradores permanentes poderá ser utilizada a primeira pessoa
do singular. 4. Os jornalistas, colunistas e colaboradores
permanentes do PÚBLICO não poderão manter polémica entre si, salvo
nos casos antecipadamente acordados com a Direcção.
opinião pública O PÚBLICO considera
que a existência de uma opinião pública informada, activa e interveniente
é condição fundamental da democracia e da dinâmica de uma sociedade
aberta, que não fixa fronteiras regionais, nacionais e culturais
aos movimentos de comunicação e opinião. Quanto melhor se respeitarem
as regras da técnica e da deontologia, com a criatividade e o estilo
próprio de cada jornalista, maior será a credibilidade e a influência
do jornal na opinião pública.
oportunidade A oportunidade da informação
é um factor a considerar na avaliação da importância de uma notícia
(cf. notícia).
opróbrio
ordinais Cf. números.
organizações Cf. Maiúsculas
e Minúsculas.
organograma
órgão
originalidade Originalidade, variedade
e naturalidade são atributos da escrita que se pretende ver nas
páginas do PÚBLICO, enriquecendo e diversificando a concretização
do seu estilo. A originalidade é um dos factores que confere interesse
a uma notícia, que mais cativa o leitor.
oto- Sem hífen: otorrinolarinlogia.
outrem Não tem acento.
outros órgãos 1. Uma relação
transparente com os demais órgãos de comunicação social é norma
de um jornal sério e credível. Todas as informações recolhidas noutros
órgãos de comunicação ou fornecidas por agências de notícias, no
caso de relevância manifesta, devem ser-lhes devidamente atribuídas
o plágio é terminantemente proibido no PÚBLICO e com
precisão: por exemplo, "a polémica foi levantada por um texto
do semanário Expresso...", em vez de "um semanário
da capital...". Qualquer notícia de outro órgão divulgada neste
jornal deve ser tratada de acordo com o estilo do PÚBLICO e incluir
sempre novos elementos informativos. 2. O PÚBLICO reserva-se
sempre o direito de tomar posição sobre o comportamento de outros
órgãos de informação em matéria de opinião, ética e deontologia.
3. As participações noutros órgãos de informação, nomeadamente
de rádio e TV, devem, em princípio, ficar sujeitas à identificação
genérica de "jornalista do PÚBLICO". 4. O PÚBLICO
não aceita, sob forma de publicidade, desmentidos a outros órgãos
de comunicação social.
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