ÍNDICE
  Prefácio
  Apresentação
  Guia de leitura
 
  PARTE I
  Introdução
 
  Ética e deontologia
  Estatuto editorial
  Princípios e normas de   conduta profissional
  Informar sem manipular,
  difamar ou intoxicar
  Privacidade
  e responsabilidade
  Seriedade e credibilidade
  O jornalista não é
  um mensageiro
 
  Critérios, géneros
  e técnicas
  Os factos e a opinião
  Regras de construção
  O rigor da escrita
  A fotografia
  A publicidade
 
  PARTE II
  Alfabeto do PÚBLICO
  Palavras, expressões e   conceitos
  A B C D E F G H I J K L M N
  O P Q R S T U V W X Y Z
 
  Normas e nomenclaturas
  Acentuação
  Verbos
  Maiúsculas & minúsculas
  Topónimos estrangeiros
  Siglas
  Factores de conversão
  Hierarquias (militares e   policiais)
  Religiões
 
  ANEXOS
  Fichas da lei
  Projecto PÚBLICO
  na Escola
  Regulamento do Conselho de
  Redacção do PÚBLICO
  Estatuto do Provedor
  do Leitor do PÚBLICO
  Código Deontológico
  do Jornalista
 
  


Palavras, expressões e conceitos de A a Z

 

   

macartismo — Aportug. de "mccarthyism", não leva aspas.

maciço — É errado usar "massivo", que é uma tradução incorrecta.

macro- — Com ou sem hífen antes de e: macro-económico ou macroeconómico; macrorrino.

"madrasa"Cf. Dic. islâmico, Religiões.

má-fé

magnata — O m.q. magnate.

"magister dixit" (falou o mestre)

"mahatma" (Gandhi)

Mahdi (al-) Cf. Dic. islâmico, Religiões.

maionese

mais bem / mais mal — Utilizam-se de preferência estas formas comparativas (de bem e mal) a anteceder adjectivos-particípios passados, mas se forem colocadas depois, usa-se "melhor" e "pior". Ex.: crianças mais bem comportadas; pessoas mais mal vestidas, mas vestidas melhor do que o costume.

mais-valia

maiúsculas/minúsculas Cf. Maiúsculas e Minúsculas.

majestade

"majlis" Cf. Dic. islâmico, Religiões.

mal- — Com hífen antes de vogal ou h: mal-entendido, mal-humorado.

mal-estar

malformação

malnutrição

manchete — A notícia ou tema do dia escolhido para receber maior destaque, com fotografia de grande formato, na primeira página tanto do 1º como do 2º caderno.

mandado / mandato — Não os confundir. Ex.: um mandado de captura/de busca; um mandato eleitoral.

manipulação — Uma fonte é quase sempre parte interessada e o jornalista tem de ter o cuidado de não se deixar instrumentalizar. Os casos de natureza militar, política, ideológica ou partidária e de ordem económico-financeira prestam-se a frequentes campanhas de manipulação e desinformação pura. Os jornalistas do PÚBLICO garantirão sempre o recurso aos indispensáveis mecanismos da objectividade: pluralidade das fontes, investigação, ausência de ideias preconcebidas. Em casos que envolvam acusações, não basta a identificação da fonte de informação nem o simples registo da resposta da parte acusada para se evitar cair na calúnia ou difamação ou na instrumentalização do jornal por esta ou aquela campanha. E é preciso que o assunto e/ou as pessoas nele envolvidas tenham relevância noticiosa. Antes do reatamento noticioso quando de um "blackout" à imprensa, é aconselhável alguma ponderação — o reatamento foi decidido unilateralmente, quando e porque mais convinha a quem o impusera? Trata-se de informações "oferecidas" por serem favoráveis à imagem da dita entidade? —, sem esquecer, no entanto, que o dever primeiro do jornalista continua a ser informar.

manjerico

manjerona

mantém / mantêm — Ex.: Ele mantém que não insultou o colega. Eles mantêm o luxo de antigamente.

Mao Zedong — E não Mao Tsetung. Cf. chinês e "pinyin".

mão-cheia

maoismo

mapa — É aconselhável apresentar um mapa ou "croquis" para tornar mais claros percursos, distâncias ou localizações: permitem uma "leitura" mais rápida e mais apetecível.

mapa-múndi, mapas-múndi (pl.)

mapa-mundo, mapas-mundo (pl.)

Maraji al-Taqlid Cf. Dic. islâmico, Religiões.

"marketing"

"matinée"

mau grado — De mau (ou bom) grado, contra vontade; é errado o uso com o sentido de "não obstante".

maxi- — Sem hífen: maxidesvalorização, maxissaia, mas também maxi-saia.

"mea culpa"

MecaCf. Dic. islâmico, Religiões.

"media" — Termo latino (pl. de "medium", meio) que os anglo-saxónicos adoptaram, na expressão "mass media", para os meios de comunicação social e que se divulgou. É sempre plural; no singular, usa-se um órgão de comunicação (social).

Medina Cf. Dic. islâmico, Religiões.

médio-centro

médio-esquerdo

"meeting"

mega- — Sem hífen: megalomania, megassísmico.

meia-idade, meias-idades

meia-irmã

meia-lua

meia-noite — 24 horas.

meias-tintas

meio-dia — 12 horas. Dif. de meio dia (de trabalho).

meio-irmão

meio-soprano

membro — Nem sempre este termo vago se justifica, se se puder usar uma designação mais precisa, como: associado, conselheiro, dirigente, governante, militante, etc., consoante o caso.

memorização — Leitura fácil e compreensão rápida é o binómio em que assenta a escrita jornalística, independentemente do nível cultural do leitor ou do seu grau de conhecimentos. Estudos adaptados à estrutura da língua portuguesa demonstram que a capacidade de memorização imediata de uma pessoa média é limitada a um máximo de 40 palavras por frase, cerca de 220-230 caracteres. Por outro lado, temas abstractos ou com vocabulário rebuscado dificultam a leitura e a compreensão.

menino-bonito, meninos-bonitos

menino-prodígio, meninos-prodígios

menores 1. Não se identificam menores (até 18 anos) envolvidos em crimes ou em quaisquer actos de que lhes possam advir problemas de carácter pessoal, social ou outro. Para identificação de delinquentes menores (assim como de vítimas de crimes sexuais), no PÚBLICO utilizam-se nomes fictícios — facto devidamente assinalado no texto — para garantir o anonimato. Uma reportagem com jovens marginais, sem os devidos cuidados, subverteria os objectivos jornalísticos da peça, substituídos pelos interesses da polícia, dos tribunais e das instituições com responsabilidade na matéria. A própria (re)inserção social dos jovens ficava comprometida. 2. As entrevistas a menores exigem um cuidado particular: ou para salvaguarda de hipotéticas represálias (situações familiares, testemunhos de crimes, etc.), ou por a imaturidade dos seus juízos poder prejudicar terceiros.

mensageiro — O jornalista deve recusar o papel de mensageiro de notícias não confirmadas, boatos, "encomendas" ou campanhas de intoxicação pública. Por isso não pode esquecer que uma fonte é quase sempre parte interessada (logo, parcial e incompleta) e que tem de usar os mecanismos de distancição e imparcialidade para confirmar as informações (cf. distanciamento). Também a interpretação, utilizada com rigor e seriedade, é um instrumento para que o jornalista não se resuma ao papel de mensageiro e a notícia que leva ao leitor não se torne num logro. Por exemplo, em plena campanha eleitoral de um clube desportivo, não basta noticiar os reforços em novos jogadores, prometidos por um presidente em busca de reeleição. Para um trabalho jornalístico completo, há que confrontar essas promessas com outras anteriores e eventualmente nunca cumpridas (cf. interpretação).

mesa-redonda

meses — Sempre por extenso, com inicial em caixa alta.

meta- — Sem hífen: metafísico, metassomático.

meteorologia — Derivada de meteoro.

micro- — Com hífen antes de h: micro-himenópteros; microondas, mas também microndas; microorganismo, microrganismo, microbjectiva; microrradiografia, microssismo.

milhares — Se forem dezenas ou centenas, são dezenas de milhares ou centenas de milhares.

militares 1. Cf. Hierarquias. 2. Armas não é sinónimo de ramos das Forças Armadas. Arma significa especialidade de Artilharia, Cavalaria, Engenharia, Infantaria, Intendência.

mini- — Sem hífen: minissaia, mas também mini-saia; minióptero.

miscigenação

"mise-en-scène"

misoginia / misógino

miúdo

"modus vivendi"

moedas 1. As unidades monetárias — escudo, peseta, marco, euro — escrevem-se em caixa baixa e mesmo com ortografia não portuguesa não vão entre aspas. Ex.: o kwanza, de Angola; o yuan, da China; mas o iene, do Japão, já foi aportuguesado. 2. Sempre que é referida uma quantia em moeda estrangeira, deve proceder-se à sua conversão para escudos, à taxa de câmbio em vigor. Ex.: Recebeu 50 mil dólares (cerca de nove mil contos).

moinho

mono- — Sem hífen: monocromático, monorregional, monossílabo.

morfo- — Com hífen antes de o: morfo-orgânico; morfogeologia, morfotropia.

moto- — Sem hífen: motociclista, motocultura.

"motu proprio" (espontaneamente)

muezim Cf. Dic. islâmico, Religiões.

mufti Cf. Dic. islâmico, Religiões.

mui — Em desuso.

"music-hall", "music-halls"

mujahidin, mujahidines (pl.)

muletas — Evitem-se as expressões-muleta ("como se sabe", "de registar que", "recorde-se", "registe-se", "saliente-se", "em última análise") e as palavras substitutas ("tal", "coisa", "isso", "este", "aquele"), sobretudo na abertura de um período. Também não se deve iniciar um período com uma conjunção adversativa ("porém", "contudo", "entretanto", "não obstante"), exceptuando-se o "mas", ou conclusivas ("portanto", "pois").

"mullah" Cf. Dic. islâmico, Religiões.

multi- — Com hífen antes de h e i: multi-instrumentista; multiestriado, mulifacetado, multirracial.

multidão — Pequena multidão: se é pequena não é multidão; já grande multidão é redundante.

multimédia — Sistema de dados informáticos do som e da imagem.

"mutatis mutandis" (mudando-se o que se deve mudar).

   
   
 
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