Palavras, expressões e conceitos de A a Z
"ecce homo"
eco Evite-se a repetição desagradável
de fonemas no fim das palavras: "Neste momento tive um aumento
de vencimento." O cuidado deve ser redobrado em títulos e antetítulos.
eco- Sem hífen: ecoproduto, ecossistema
economês Mesmo num texto de economia,
a linguagem muito técnica ou o abuso de estrangeirismos podem torná-lo
pouco claro para o leitor comum, e por isso são de evitar. Não se
deve recorrer a palavras estrangeiras quando existe uma tradução
exacta em português: "sponsorizar" (patrocinar), "standardização"
(normalização ou padronização). São de evitar o exagero de tecnicismos
como "budget" (orçamento), "management" (gestão),
"outplacement" (deslocalização), "partnership"
(parceria), ou frases como: "A economia nacional vai sofrer
um processo de desinflacionamento parcial, devido ao efeito boomerang
da refrigeração escalonada e atempada das tranches decididas
pelos executive search das cities council
europeias, através do recurso ao outsourcing..."
ecrã
ecu ("European currency unit")
Usa-se como nome comum, fazendo o plural com s : ecu/ecus.
edifícios Os nomes dos edifícios não
levam aspas e são escritos com maiúscula inicial.
editorial Texto breve de opinião, claro
e incisivo, assinado por um elemento da Direcção editorial e que
exprime as posições do jornal perante os factos da actualidade.
efeito de estufa Sem hífen e sempre
sem aspas.
egoísmo e heroísmo, mas maoismo, tauismo.
electro- Com hífen, quando tem o mesmo
"peso" que o segundo elemento: processos electro-químicos
(processos eléctricos e químicos); sem hífen no caso contrário:
electrotécnico (um técnico de electricidade).
elenco Não se invente o verbo elencar;
use-se enumerar.
elite Em português não é acentuada.
-ê-lo-emos Terminação acentuada nas
formas pronominais. Ex.: Vê-lo-emos depois.
(e)lucubração
eludir Evitar com destreza, dif.
de iludir, criar ilusões. Ex.: os políticos são hábeis a
eludir as questões incómodas.
em Vê-se com frequência verbos mal regidos
pela preposição em, pelo que se aconselha a consulta de um dicionário
de verbos, ou deste Alfabeto, onde foram incluídos os casos em que
se verificam mais enganos (cf. regências).
em curso Um processo em curso, mas preferível
"o ano corrente".
em termos de
embargo 1. O PÚBLICO não publica
informações, dados ou apelos contrários ao bem-estar dos cidadãos,
à segurança e saúde públicas; mandados policiais ou similares; manifestos
partidários ou propostas conducentes à violência política, criminal,
etc. Fora isso, a única limitação ao dever de informar, para além
dos casos de ordem privada dos cidadãos, é a segurança de alguém:
perigo de vida ou de represálias, casos de sequestro, chantagem
ou prejuízo importante, pessoal ou profissional. Cabe ao jornalista
e à Direcção avaliar se há que embargar, pura e simplesmente, a
informação, se providenciar a não identificação/localização da(s)
pessoa(s) em causa. 2. Em casos de exigência de anonimato
ou de "off the record", se o jornalista considerar estar
a ser objecto de algum condicionamento, deve recusar receber as
informações. De qualquer modo, as informações fornecidas com qualquer
embargo deverão ser sempre reconfirmadas e discutidas previamente
com o responsável do sector. E, quando se trate de opiniões, o PÚBLICO
só reproduz as que forem atribuíveis a fontes claramente identificadas.
Se subsistirem dúvidas quanto à veracidade de uma informação, é
preferível adiar a sua publicação, sacrificando, inclusive, a actualidade.
3. Em situações de "blackout" à imprensa, deve-se
ponderar em que condições se faz o reatamento noticioso: por exemplo,
se é quando e porque mais convém a quem o impôs, não esquecendo,
em todo o caso, que o dever primeiro do jornalista continua a ser
informar. As situações de "blackout" terão de ser constantemente
recordadas, mesmo quando a imprensa for protagonista.
embriaguez Tal como nudez e xadrez.
emersão
emigrante Não confundir com imigrante.
Ex.: Muitos emigrantes portugueses vivem há décadas em França e
na Alemanha. Em Portugal, trabalham milhares de imigrantes cabo-verdianos.
N.B. Em princípio, é de imigrantes que se trata quando
há problemas de xenofobia.
eminente Dif. de iminente. Ex.:
um professor eminente; um perigo iminente.
emirado Como reinado.
emoção Interesse, emoção e vivacidade
transmitem-se registando o clima, a cor e a acção das situações,
captando pormenores e cambiantes das declarações pessoais. O distanciamento
indispensável do jornalista perante os factos e as histórias não
significa desinteresse ou insensibilidade, mas também não lhe permite
que caia na emotividade.
empresas Os nomes de empresas não levam
aspas e são escritos com maiúscula inicial. Os respectivos órgãos
sociais são escritos em caixa baixa: o conselho de administração
da RTP.
encontro A expressão ao encontro
de é bem diferente da de encontro a. Ex.: A tua proposta
vem ao encontro da minha ideia (aproximação). Distraiu-se e foi
de encontro à parede (colisão).
enraizar O verbo enraizar tens algumas
formas que são acentuadas no i: enraízo, enraízas, enraíza, enraízaram
(pres. ind.); enraíze, enraízes, enraíze, enraízem (pres. conj.);
e enraíza (imper.).
ensimesmar-se Este verbo tem a particularidade
de uma dupla flexão pronominal reflexa (cf. Verbos).
"entertainment"
"entourage"
entrada 1. As peças jornalísticas
de maior importância deverão ser precedidas de um curto texto (200
a 300 caracteres) que desperte a atenção e o interesse do leitor,
deixando antever o clima e a tónica de abordagem do tema. 2.
Não confundir com o "lead": a entrada seduz o leitor e
incita-o a ler a peça; ao "lead" cabe destacar o essencial
e a novidade; "lead" e entrada não devem ser repetitivos.
Entrada, mais fotografia(s) e legenda(s), em conjunto com o bloco
do título, devem ser complementares, dando logo uma informação mínima.
3. As entradas não deverão exceder os 300 caracteres, salvo
no caso dos destaques e em circunstâncias em que o arranjo gráfico
da página (conjugação com fotografia(s), etc.) o justifiquem
é o caso das superentradas. N.B. A entrada é a síntese
da peça bem distinta do "lead" e deve ser
feita no fim do trabalho.
entre- Com hífen antes de h:
entre-hostil.
entreter-se Como deter, obter, suster:
ele entretém-se, detém, obtém, sustém; eles entretêm-se, detêm,
obtêm, sustêm.
entrevista 1. Pode ser apresentada
no discurso directo, segundo o modelo pergunta-resposta, ou no discurso
indirecto, tendo as perguntas implícitas nas respostas ou explícitas
no texto do redactor e admitindo-se, em circunstâncias especiais,
diálogos curtos e rápidos. Em ambos os casos, convém indicar as
circunstâncias e o local em que decorreu. Sobre a entrevista de
pesquisa noticiosa (cf. citações). Um caso particular: as
entrevistas a menores exigem cuidado especial, para prevenir hipotéticas
represálias (situações familiares, testemunhos de crimes, etc.)
e porque a imaturidade dos seus juízos pode prejudicar terceiros.
2. A entrevista como género autónomo pressupõe que o entrevistado
aceita todas as questões que o jornalista entenda indispensáveis
sobre o assunto, definido de comum acordo, assim como a publicação
das suas respostas. Numa entrevista formal, cabe ao entrevistado
precisar os limites do "off" e do "on the record".
Do entrevistador requer uma intervenção activa na condução do diálogo,
com perguntas ou interrupções, feitas a propósito e de forma concisa,
para clarificar uma resposta ou uma ideia ou introduzir um novo
tema, procurando sempre recolher declarações, informações ou opiniões
originais do entrevistado. Evitem-se perguntas extensas. O objectivo
da entrevista é pôr o entrevistado a falar. 3. Modelo editorial:
a entrevista abrirá com um pequeno texto introdutório (até 400 caracteres)
dando pormenores de reportagem (perfil do entrevistado, condições
e local da entrevista). As perguntas são a negro e as respostas
a fino. A primeira pergunta é antecedida de "PÚBLICO
", a primeira resposta do nome por extenso do entrevistado,
todo em caixa alta, seguido de travessão; as restantes perguntas
e respostas são simplesmente introduzidas com "P. "
e "R. ". Os subtítulos nunca devem ser inseridos
entre uma pergunta e uma resposta:
PÚBLICO Os seus livros são melancólicos.
Em Barcelona, está quase sempre a chover...
MONTSERRAT ROIG Ah, sim?
P. A cidade é triste.
R. Nunca tinha pensado nisso. Os escritores
4. Recomendações: a) Uma entrevista
não é uma discussão nem um debate e o jornalista deve perguntar,
inquirir, levantar questões e procurar respostas, confrontar o entrevistado
com as suas próprias contradições ou com factos e opiniões que contradizem
o seu discurso, mas não impor a sua opinião. b) O jornalista
não deve hostilizar o entrevistado, nem comportar-se de forma passiva
ou subserviente perante contradições ou inverdades do entrevistado
e é condição que tudo o que se escreva tenha sido levantado directamente
ao interlocutor no decorrer da entrevista. c) Antes da entrevista,
é indispensável que o entrevistador a prepare: sobre quem vai entrevistar
antecedentes, obra produzida, percurso e sobre o tema
da própria entrevista. d) O uso do gravador, recurso prático
e aconselhável, indispensável nas entrevistas de maior fôlego, não
dispensa em caso algum que se faça o registo escrito das declarações
do entrevistado. e) A informalidade exclui o tratamento por
tu, assim como também não é aceitável qualquer tipo de reverência,
do género "V. Ex.ª", "Vossa Majestade" ou "Vossa
Eminência". Formas como "senhor Presidente" ou "senhor
ministro" admitem-se excepcionalmente, na primeira pergunta.
f) A versão escrita da entrevista deve ser sempre trabalhada
pelo próprio jornalista que a fez, mesmo quando a transcrição do
registo magnético for efectuada por outrem. 5. A revisão
do texto escrito das entrevistas pelos próprios entrevistados só
será aceite em condições excepcionais acordadas com o editor e/ou
a Direcção. 6. Também só em circunstâncias excepcionais o PÚBLICO
publicará entrevistas por escrito e, quando o fizer, mencionará
explicitamente esse facto.
enviado 1. As assinaturas dos
textos de co-autoria vão por ordem alfabética, mas com prioridade
dos enviados quando a origem da notícia ou o facto em causa assim
o aconselharem. 2. "Enviado especial" é uma redundância
da gíria jornalística.
envolvimento Uma das normas de conduta
dos jornalistas do PÚBLICO é o não envolvimento público em tomadas
de posição de carácter político, comercial, religioso, militar,
clubístico ou outras que, de algum modo, comprometam a imagem de
independência do jornal e dos seu jornalistas. Também por isso todas
as despesas de reportagem, contactos ou deslocações são sempre suportadas
pelo jornal. Do mesmo modo, os jornalistas do PÚBLICO não aceitam
presentes, viagens, convites ou benesses de qualquer género que
possa condicionar a sua independência.
equidade 1. Deve ser uma preocupação
em todos os casos que envolvam conflito de interesses. 2.
Pelo princípio da equidade, qualquer informação desfavorável a uma
pessoa ou entidade obriga a que se oiça sempre "o outro lado"
em pé de igualdade. Se houver recusa frontal da(s) parte(s) acusada(s)
em prestar declarações ou se tiver esgotado todas as possibilidades
de ouvir a versão contrária, deve constar no texto a explicação
desta situação, quanto mais específica, melhor. As pessoas sob acusação
criminal não provada são tratadas como "acusadas" ou "suspeitas".
Nos casos em julgamento, os depoimentos da defesa e da acusação
devem merecer igual tratamento, evitando-se influenciar negativamente
a imagem pública dos acusados, quase sempre sem hipóteses de se
defenderem. As peças relativas a acusações têm de ser feitas em
função do cruzamento de informações e nunca na perspectiva ou no
interesse da fonte da origem. 3. Também em casos que possam
envolver qualquer tipo de discriminação, deve prevalecer a equidade
de tratamento se a etnia (ou se é homossexual, ou alcoólico,
ou deficiente físico, etc.) não é relevante, não se menciona; se
se menciona, tem de se justificar. 4. Assuntos controversos,
como a afluência a manifestações e comícios políticos, por exemplo,
requerem igualmente distanciamento e equidade no tratamento.
"errare humanum est"
erros O PÚBLICO não pretende ter o dom
da infalibilidade, mas reclama dos seus jornalistas o menor número
de erros e imprecisões. Nenhuma notícia deve sair a público sem
a devida confirmação e absoluta confiança na fonte de origem. Mas,
em caso de erro, o jornal retractar-se-á imediatamente com o destaque
e a justificação proporcionais à informação original. Qualquer imprecisão
deverá ser prontamente corrigida. Com a periodicidade adequada,
O PÚBLICO Errou trará a correcção dos erros ou imprecisões que tenha
impresso nas suas páginas em anteriores edições. Estatísticas erradas,
nomes mal grafados, funções incorrectamente referidas, faltas de
rigor e objectividade, informações falsas, declarações indevidamente
atribuídas, são corrigidas por iniciativa própria do jornal.
es- / ex- As palavras que começam pelo
som "es"/"ex" prestam-se a inúmeros erros de
ortografia, por isso é aconselhável o recurso a um prontuário ou
dicionário sempre que não se tenha a certeza absoluta de como se
escrevem.
escalar Subir, trepar; distribuir trabalho
segundo uma escala ou ordem.
escrita Redigir de forma simples, concisa
e clara, qualquer que seja a complexidade do assunto ou o género
da mensagem jornalística é uma regra que não prescreve em nenhuma
circunstância.
escola-modelo, escolas-modelo
esdrúxulas As palavras esdrúxulas são
sempre acentuadas na antepenúltima sílaba; de resto, em português
não há acentos para além desta sílaba: conseguíssemos.
esotérico / exotérico / isotérico Três
significados muito diferentes, aliás, opostos, no que toca aos dois
primeiros vocábulos. Esoterismo era uma doutrina secreta que alguns
filósofos da Antiguidade apenas comunicavam aos iniciados
o adjectivo refere isso mesmo, "que é só para iniciados".
Exotérica era a doutrina que se destinava a ser exposta em público,
portanto, "vulgar", "comum". Já isotérica é
a linha que numa carta geográfica passa pelos pontos onde a densidade
do ar é igual.
Espaço Público No Espaço Público, editam-se
textos de opinião, que o jornal solicita ou aceita, de colaboradores
regulares e/ou ocasionais, bem como de jornalistas do PÚBLICO, as
Cartas ao Director, a rubrica Diz-se, com excertos de outros meios
de comunicação social, as crónicas do provedor do leitor.
especialização A especialização dos
jornalistas do PÚBLICO por área de informação não os desobriga da
interdisciplinaridade informativa do jornal.
espécimen ou espécime Amostra,
exemplo, modelo.
espectador Que assiste ao espectáculo.
espiar / expiar Dois verbos
a não confundir: à família do primeiro pertencem espião, espia e
espionagem; à do segundo, (bode) expiatório.
esplêndido O substantivo é esplendor.
espólio Refere-se a bens pós-morte,
tendo um sentido mais restrito do que acervo.
espontâneo e espontaneidade.
esquisito Tem um sentido menos comum
que "estranho" ou "invulgar"; refere mais propriamente
o que é delicado ou raro ou extravagante.
Estado Sempre em caixa alta, quando
se refere a país; mas escreve-se o estado de São Paulo, o estado
de Nova Jérsia.
Estado(s)-membro(s)
estado-maior
Estaline
estático Relativo à estática, como uma
estátua. Dif. de extático (extasiado, em êxtase).
Estatuto
Editorial Os princípios incontornáveis dos jornalistas
do PÚBLICO: indispensável ler.
estilo O PÚBLICO tem um estilo próprio
que identifica o jornal perante os seus leitores e a opinião pública
em geral. Esse estilo integra os grandes princípios fundadores do
jornalismo moderno e uma nova sensibilidade para captar e noticiar
os acontecimentos. O rigor de uma informação completa e fundamentada
sobre factos e não sobre rumores , a imparcialidade
da atitude jornalística, a correcção, clareza e concisão da escrita
são, para o PÚBLICO, regras essenciais, associadas à procura de
formas inovadoras de noticiar, interpretar e editar a actualidade.
A sintonia do PÚBLICO com o espírito de uma época de viragem é um
dos traços que definem a sua personalidade jornalística. A informação
complementar e diferente, o "background" e protagonização
da notícia, a análise e a interpretação indispensáveis à sua compreensão
integram e distinguem o estilo do PÚBLICO, que acolhe também a inovação
da escrita jornalística, pela inventiva e criatividade dos seus
redactores.
estrangeirismos Estão distribuídos pelo
Alfabeto segundo a ordem alfabética e devem ser grafados entre aspas.
Há algumas excepções por os termos não terem correspondente em português
e serem recorrentes nas páginas do PÚBLICO: jazz, rock, rocknroll,
pop, top, surf. Cf. aspas.
Estoi O nome desta terra algarvia pronuncia-se
com ditongo fechado (oi, como em boi) e, embora esteja registado
como Estói (acentuado), é legítimo o protesto da população que reclama
que não se use o acento.
estratego
estrato Camada: estratos sociais, estratos
da crusta terrestre. Dif. de extracto, parte que foi extraída:
extracto bancário (do movimento da conta). Cf. extracto.
estrear-se Um filme estreia-se.
Estremadura Província de Portugal. Em
Espanha é que há a Extremadura.
estremar Pôr estremas (num terreno).
"etarra" Sempre entre aspas,
porque esta designação dos militantes da ETA (País Basco, Espanha)
tem uma carga pejorativa.
ética O casamento entre técnica e ética
é um contrato essencial da vocação jornalística. A criatividade
e o rigor técnico não são concebíveis sem um código ético que identifica
os jornalistas do PÚBLICO, independentemente das suas opções privadas.
As fontes e o sigilo profissional, a responsabilização do jornal
e do jornalista são fundamentalmente questões de princípio e de
ética.
estultice
estupro
eu As vedetas do PÚBLICO são as notícias
e quem as protagoniza, nunca quem as conta, por isso, a utilização
da primeira pessoa do singular está excluída no relato das situações,
salvo em circunstâncias especiais, que terão sempre de ser definidas
com o editor ou com a Direcção, e nas colunas personalizadas dos
colaboradores permanentes ou ocasionais.
euro Nome da nova moeda comum da União
Europeia que passará a circular, em notas e moedas, a partir de
Janeiro de 2002; seis meses depois as moedas nacionais deixarão
de circular. O euro já existirá em moeda escritural (cheques e transferências
bancárias) em 1999.
euro-africano
euro-americano
euro-asiático
evacuar Verbo cuja utilização requer
alguma cautela e que (tal como evacuação) é de evitar em títulos.
Só os locais são evacuados, as pessoas são retiradas e, às vezes,
basta explicar que foram transportadas para, realojadas noutro lugar
"eventually" Atenção à tradução
deste advérbio, que não tem a ver com eventualidade; em inglês significa
"por fim", podendo traduzir-se em conjunto com o verbo
que o acompanha por "acabar por/vir a + verbo": Many refugees
eventually died of hunger = Muitos refugiados acabaram por (vieram
a) morrer de fome.
evocar / invocar São quase sinónimos,
mas em certas expressões fixou-se um deles: evocar o passado (recordar,
reproduzir na mente); cerimónia evocativa; evocar os espíritos (chamar
para que apareçam); invocar a Virgem (chamar em auxílio); invocar
o perdão (suplicar); invocar um testemunho (recorrer a ele).
ex- Não tem sentido escrever "o
ex-ministro da Informação no Governo de Sá Carneiro". Escreva-se
sem "ex-" ou simplesmente "o ex-ministro da Informação
Daniel Proença de Carvalho".
"ex aequo" Expressão latina,
entre aspas e sem hífen (não há hífens em latim), que significa
"com igual mérito".
ex-administrador-geral
"ex cathedra" (autoritariamente)
ex-director-geral
ex-líbris
ex-vice-reitor
exactidão A exactidão dos factos relatados
e a fidelidade das opiniões recolhidas é uma meta que o PÚBLICO
procura todos os dias alcançar, visando a objectividade jornalística.
excepção
exclamação O ponto de exclamação é desaconselhado
nos textos jornalísticos, salvo na reprodução literal de uma declaração
enfática: "Sinto-me ofendido!"
exclusivo Informação total ou parcialmente
publicada por um único órgão e cujos direitos este reserva para
si. Quando se trata de uma notícia em primeira mão, chama-se-lhe
"cacha", na gíria jornalística.
exequível
exotérico Dif. de esotérico e de isotérico.
Cf. esotérico.
expectante Na expectativa.
expectativa A expressão expectativas
futuras é um pleonasmo.
expedito Desembaraçado.
expressividade É uma qualidade a ter
em conta nas entrevistas de pesquisa noticiosa: as frases e expressões
reproduzidas devem ser sempre as mais importantes, expressivas e
espontâneas da personagem da notícia.
extasiado Em êxtase. Não confundir com
estático (como uma estátua).
extensão Ao redigir os seus textos,
os jornalistas devem ter presente que extensão pode ter a sua peça,
segundo o que foi definido pelo editor ou pelo director de fecho,
de modo a evitar cortes de última hora que de alguma forma possam
mutilar a informação no seu todo. Cf. notícias. Num diário,
textos grandes desmotivam, quase sempre, o leitor. Por isso, se
for para ultrapassar os 7000 caracteres, é preferível separar partes
complementares do assunto e tratá-las numa ou mais "caixas".
extenso, por
extracto Parcela extraída, como o extracto
do movimento da conta bancária. Dif. de estrato, camada (estratos
sociais). Cf. estrato.
Extremadura Fica em Espanha. A província
portuguesa é Estremadura.
extra- Com hífen antes de vogal, h,
r ou s: extra-oficial, extra-humano, extra-regulamentar,
extra-secular
extrema-direita
extrema-esquerda
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