ÍNDICE
  Prefácio
  Apresentação
  Guia de leitura
 
  PARTE I
  Introdução
 
  Ética e deontologia
  Estatuto editorial
  Princípios e normas de   conduta profissional
  Informar sem manipular,
  difamar ou intoxicar
  Privacidade
  e responsabilidade
  Seriedade e credibilidade
  O jornalista não é
  um mensageiro
 
  Critérios, géneros
  e técnicas
  Os factos e a opinião
  Regras de construção
  O rigor da escrita
  A fotografia
  A publicidade
 
  PARTE II
  Alfabeto do PÚBLICO
  Palavras, expressões e   conceitos
  A B C D E F G H I J K L M N
  O P Q R S T U V W X Y Z
 
  Normas e nomenclaturas
  Acentuação
  Verbos
  Maiúsculas & minúsculas
  Topónimos estrangeiros
  Siglas
  Factores de conversão
  Hierarquias (militares e   policiais)
  Religiões
 
  ANEXOS
  Fichas da lei
  Projecto PÚBLICO
  na Escola
  Regulamento do Conselho de
  Redacção do PÚBLICO
  Estatuto do Provedor
  do Leitor do PÚBLICO
  Código Deontológico
  do Jornalista
 
  


Palavras, expressões e conceitos de A a Z

 

   

kg — Abreviatura de quilograma, que não muda no plural e nunca tem mais um r. Não se usa a abreviatura senão em gráficos, tabelas e outra informação esquemática, mas pode-se utilizar a forma abreviada "quilo(s)".

"kharijitas"Cf. Dic. islâmico, Religiões.

Khomeini Cf. Dic. islâmico, Religiões.

km — A abreviatura não muda no plural, isto é, não há a forma "km" com mais um s. Utiliza-se em quadros, tabelas e informação esquemática, mas não em texto corrido, exceptuando-se os textos do Desporto, sobre modalidades em que se referem constantemente distâncias em quilómetros.

"know-how"


L

laço — Da família de laçada e laçarote; diferente de lasso, frouxo e deslassado.

ladrão — Aquele que rouba ou roubou de facto, e não quem é suspeito de o fazer. Cf. difamação.

lampião

lance / lanço — Ambas as formas provêm de lançar, mas usam-se com significados diferentes. Ex.: a) lance num jogo; (re)lance de olhos; um lance de génio; num lance difícil; b) o lanço dele no leilão foi logo superado; inauguraram mais um lanço da auto-estrada; lanço de escadas.

laser — Abreviatura de "light amplification by stimulated emission of radiation"; foi adoptada como nome comum também em português e por isso escreve-se com caixa baixa: raios laser.

latinismos — Devem ser empregues entre aspas e de forma correcta. Ao longo do Alfabeto as expressões latinas mais comuns encontram-se distribuídas segundo a ordem alfabética.

lazer — No sentido de ócio, não tem nada a ver com "raios laser".

"lead" — Parte essencial da construção de um texto jornalístico, o "lead" deve conter sempre um elemento novo que traga frescura noticiosa e é elaborado segundo uma técnica própria. 1. Nas notícias e nos textos de abertura, no 1º e 2º cadernos, o "lead" deverá conter o quê, quem, quando, onde, como e porquê. O como e o porquê (ou para quê) nem sempre se podem resumir em poucas palavras, sendo preferível desenvolvê-los no corpo do texto. O quando e o onde omitem-se nos casos óbvios (em Portugal, actualmente), mas se o local for pouco conhecido, acescenta-se uma referência (Barbacena, a 17 quilómetros de Elvas). O "lead" de uma notícia não deve ultrapassar os 300 caracteres; no caso do destaque, poderá ser mais extenso. Já o arranque dos textos de outros géneros jornalísticos pode ser maior. 2. Os títulos e os antetítulos dos textos informativos devem ser sempre inspirados no "lead", o que implica o rigor deste. Se o "lead" não justifica o título é porque não está devidamente construído e há que corriji-lo. O "lead" determina também a construção do texto: a partir dele, os factos vão-se encadeando numa sequência lógica, em que os elementos informativos decrescem de importância até ao fim (cf. pirâmide invertida). 3. Um "lead" tanto quanto possível deve acentuar a acção e a cor locais: "Forças rebeldes ocuparam ontem de surpresa a capital X, pondo fim a um cerco de vários dias." Deve ser claro e preciso: não começar com uma negativa nem de forma dubitativa, interrogativa ou condicional; tão-pouco por um gerúndio, uma conjunção ou expressões gastas do tipo "como se sabe", "registe-se", "recorde-se", "de acordo", etc. São de evitar também as citações, salvo quando provêm de fontes de autoridade indiscutível. A notícia é mais importante do que quem a fornece. 4. Uma crítica ou um comentário não dispensam igualmente um "lead" informativo e esclarecedor para o leitor que não sabe e quer saber.

lêem — Como "dêem", "crêem" e "vêem".

legenda 1. As legendas contêm sempre um elemento identificador de pessoas ou situações. Nas fotos maiores, essa identificação é completada com uma frase curta, de preferência retirada do texto. Nos grandes planos de rostos, a uma coluna, a legenda limita-se à identificação. Nos pequenos selos inseridos nos destaques de primeira página ou nas breves, não há legenda. 2. Abertura de secção: fotografia de grande formato ou bloco de fotografias (com legenda); notícias de 2º plano: fotografia eventual, com legenda; notícias de 3º plano: fotografia eventual — caras em grande plano, só com o nome da pessoa; fotonotícia: pequeno texto com um máximo de 500 caracteres em vez de legenda (cf. fotonotícia); "cartoons": em princípio, sem legenda (cf. notícias). 3. As legendas, desde que se encontrem associadas ao bloco do título, devem ter uma relação complementar com o título e antetítulo: se o leitor apenas tivesse tempo para ler esse conjunto, deveria encontrar os elementos informativos essenciais do texto, numa interacção conjugada (cf. construção).

"Leitmotiv"— Palavra alemã. "Leitmotive" (pl.).

leitor — Destinatário do produto jornalístico, o leitor não é obrigado a saber o que o jornalista tem como adquirido; o público são muitos públicos, com interesses e níveis de conhecimento distintos. Daí a necessidade de incluir os antecedentes mínimos em cada peça, como se o leitor comprasse o jornal pela primeira vez nesse dia (cf. "background").

lentejoula — O m.q. lantejoula.

limpa-pára-brisas

linguagem Cf. vocabulário . 1. O PÚBLICO estimula a afirmação e o desenvolvimento do estilo próprio de cada um dos seus jornalistas e colaboradores, no quadro dos preceitos gerais e das preocupações consagrados no Livro de Estilo. Originalidade e variedade e naturalidade são atributos da escrita que se pretende ver nas páginas do PÚBLICO, enriquecendo e diversificando a concretização do seu estilo e contribuindo para a inovação da escrita jornalística. Cf. frase. 2. A concisão na escrita, quaisquer que sejam a complexidade do assunto ou o género da mensagem jornalística, é uma regra essencial: tudo o que puder ser escrito em cinco ou seis palavras não deverá sê-lo em dez ou doze. Um dos segredos da redacção jornalística é "escrever rápido" — prosa fluida e de fácil compreensão —, não se alongando em períodos intermináveis, com intercalares imensas, nem fazendo parágrafos a perder de vista. A escolha das palavras também conta: a "compra" não tem de ser "aquisição"; "calhambeque" é melhor do que "automóvel velho". 3. Preferir a frase afirmativa e o estilo directo, recusar a imprecisão e a ambiguidade devem ser preocupações sempre presentes na redacção de um texto jornalístico. A sequência lógica de uma frase em português (sujeito-predicado-complemento) facilitará sempre a fluência e compreensão da mensagem jornalística. É aconselhável em particular para os temas e assuntos de maior complexidade informativa. O contrário da escrita jornalística é complicar o que dever ser simples, claro e directo. Um mau exemplo: "Tal como o azeite que com a água se mistura, também as confirmações de uns não se compadecem com as hesitações de outros. Um risco assumido, mas que merecia ser minimizado, especialmente à vista de um auditório por de mais exigente, imediatista e cuja filosofia de constatação visual supera a concepção escrita, mesmo que esta se cinja aos factos, uma ou outra vez intercalados com comentários opinativos e como tal subjectivos ou de dupla leitura." 4. Deve-se utilizar verbos de preferência no modo indicativo, na voz activa e nas formas simples e afirmativas; as formas condicionais, compostas, passivas e perifrásticas ou negativas prejudicam e desvalorizam o estilo directo do PÚBLICO. Repetições, preciosismos, redundâncias, cacofonias, períodos longos e o abuso de intercalares obscurecem a comunicação, reduzem-lhe a eficácia e contrariam a fluência da leitura. Um texto não deverá ter parágrafos longos e, nos mais extensos, os subtítulos servem para tornar a leitura mais fácil e aliciante. A repetição de palavras denota pobreza lexical, mas o recurso a uma variante vocabular pode cair no preciosismo e no rebuscamento desnecessários. É também deselegante utilizar repetidamente a mesma construção ou estrutura de frase ou usar a mesma palavra a abrir dois períodos seguidos ou muito próximos no mesmo texto. 5. Toda a terminologia mais especializada deve ser devidamente descodificada, seja de que área for, assim como valores em moeda estrangeira, medidas em sistemas diferentes do métrico, horas em países estrangeiros, etc. devem ser seguidos da conversão entre parênteses. 6. Os textos de opinião estão também sujeitos ao respeito pela linguagem não insultuosa e não panfletária a que se obriga o PÚBLICO e estão excluídas, mesmo dos textos de opinião, as "private jokes", o jargão especializado e os preciosismos académicos.

linguista

lisonjear

Livro de Estilo — O Livro de Estilo do PÚBLICO não é uma cartilha ou um catecismo, mas apenas um conjunto de regras técnicas e deontológicas que se inspiram em critérios de bom senso, bom gosto e rigor profissional. Além disso, um livro de estilo nunca se pretende definitivo: é um texto em evolução permanente onde se registam princípios, regras e procedimentos que a vida da Redacção do jornal for instituindo como adquiridas.

livros — O título de um livro vem em alta, nas palavras variáveis, entre aspas; o nome de uma colecção segue a mesma regra, mas sem aspas; a designação de um capítulo apenas leva letra grande na primeira palavra. Ex.: "Sentença em Pedra", "Um domingo diferente" (capt.), Vampiro (colec.).

localização — O local exacto do acontecimento deve ser sempre mencionado de forma clara: em Lisboa, em Saigão, no Rio de Janeiro. O leitor do PÚBLICO não é necessariamente um lisboeta que sabe que a sede nacional do PS é no Largo do Rato, ou do Porto, para identificar facilmente a frase feita "nos estúdios do Monte da Virgem". Por isso, orienta-se simplesmente o leitor sempre que se fizer uma referência de âmbito local ou regional: na Fundação Gulbenkian, em Lisboa; o Largo da Boavista, no Porto; no Teatro Luísa Todi, em Setúbal. Para os lugares menos conhecidos aponta-se uma referência mais comum: em Porto Aboim, a 100 quilómetros de Luanda; Pureza, município do estado do Rio de Janeiro, Brasil; Barbacena, a 17 quilómetros de Elvas; incluindo para as capitais mais distantes: Bogotá, capital da Colômbia. Também se podem dar pormenores suplementares: Menongue, ex-Serpa Pinto, a capital da província angolana de Cuando Cubango; as Terras do Fim do Mundo, como lhe chamavam os portugueses, no tempo colonial; ou, se for caso disso, situar o local num mapa da região.

lojista

longa-metragem

lugar-comum

Luís

   
   
 
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