Projecto PÚBLICO na Escola
Na linha de outros jornais de referência editados
em diversos países, o PÚBLICO propôs-se, desde o seu lançamento,
contribuir para fomentar uma relação mais próxima entre a escola
e a imprensa e os "media" em geral.
Dentro da definição editorial do PÚBLICO,
ganham especial relevo as questões educativas e a formação das novas
gerações como premissas de uma opinião pública informada, activa
e interveniente que o PÚBLICO reconhece ser condição fundamental
da democracia e da dinâmica de uma sociedade aberta que não fixa
fronteiras regionais, nacionais e culturais aos movimentos de comunicação
e de opinião.
No sentido de promover a utilização
do jornal (e dos "media" em geral) como instrumento pedagógico,
cujas potencialidades a referida experiência de outros países já
demonstrou, a Direcção do PÚBLICO decidiu avançar com um projecto
designado PÚBLICO na Escola.
Este Projecto, lançado aquando da
criação do próprio jornal, assumiu uma atitude ousada e pioneira
que a breve trecho se revelou em toda a sua dimensão.
Trata-se de uma experiência que constitui
caso único nos "media" portugueses, pois aos meios disponibilizados
pelo jornal para o Projecto tem-se acrescentado a garantia da sua
completa autonomia de acção, sem qualquer subordinação a eventuais
e, porventura, legítimos interesses comerciais ou outros próprios
da empresa.
Os objectivos e as práticas do PÚBLICO
na Escola têm sido perspectivados de forma adequada, a julgar, pelo
menos, pelo eco e aceitação que a sua acção vem merecendo junto
dos principais destinatários, as escolas do básico ao secundário.
Para tal terá contribuído, para além da rápida afirmação do PÚBLICO
como jornal de referência na sociedade portuguesa, a ausência de
qualquer tentativa de imposição de eventuais modelos pedagógicos
ou, sequer, de linhas de actuação específicas no domínio da educação
para os "media".
Parece, pois, que, se a educação para
os "media" se tem vindo a afirmar como tema de preocupação
e reflexão nos meios educativos e nos próprios "media",
não será pretensioso pensar que o projecto PÚBLICO na Escola, como
de resto o próprio jornal, tem dado para tal um contributo de primeira
importância. É nessa linha de acção que aposta, com todos quantos
queiram contribuir para afirmação de jovens mais informados, mais
críticos e civicamente mais activos.
São seus objectivos:
a) Contribuir
para uma relação mais próxima entre a actualidade e a escola.
b) Estimular
nos jovens estudantes a consciência dos seus direitos e possibilidades
de acção face à comunicação social, ajudando-os, nomeadamente,
a descodificar a linguagem da imprensa e dos "media"
em geral.
c) Promover
entre os jovens uma visão mais dinâmica e mais interessante da
vida social, criando condições para melhor se situarem nas grandes
questões que atravessam a sociedade contemporânea.
d) Contribuir
para o desenvolvimento do espírito crítico das novas gerações,
nomeadamente face aos meios de comunicação social.
e) Interessar
de forma duradoura a população escolar (alunos e professores)
pela leitura de jornais e, em particular, do PÚBLICO.
f) Apoiar
uma aprendizagem mais viva da língua portuguesa.
g) Fornecer
material de apoio a várias disciplinas dos ensinos básico e secundário.
O projecto contempla as seguintes
vertentes de intervenção:
a) Produção
de materiais de apoio ao uso plural e inovador da imprensa e dos
"media" na escola ("dossiers", fichas de trabalho,
videogramas, etc.).
b) Investimento
na qualidade pedagógica das visitas de estudo ao jornal.
c) Apoio
a solicitações de escolas e de grupos de professores que se insiram
no âmbito do projecto, nomeadamente, em iniciativas de formação
contínua, ligadas à educação para os "media".
d) Criação
de um núcleo documental e bibliográfico de apoio aos docentes
interessados.
e) Promoção
de iniciativas próprias como seja o lançamento do concurso dos
jornais escolares e de projectos de educação e "media",
além de colaborações diversas na "Semana dos Media na Escola".
f) Assinaturas
do PÚBLICO com desconto de 40 por cento (ou mais, consoante os
casos) sobre o valor habitual da assinatura.
g) Constituição
progressiva de uma rede de docentes e de instituições, nacionais
e estrangeiras, com vista ao intercâmbio de experiências e à troca
de informações.
Para realizar este projecto, o PÚBLICO
constituiu uma pequena equipa de docentes, a qual assegura a coordenação
global das iniciativas e garante a ligação com as escolas. O projecto
foi apresentado aos mais altos responsáveis do Ministério da Educação,
que tem apoiado iniciativas realizadas.
Alguns números
Duzentas escolas e um total de cerca
de seis mil alunos e professores é a média anual dos utilizadores
das visitas de estudo ao PÚBLICO, a quem são oferecidos outros tantos
exemplares do jornal. Sete é o número de cadernos-guia do professor
já editados e 11 o total de "dossiers" temáticos já produzidos,
de que foram vendidos mais de 20 mil exemplares. Quatrocentos foi
o número de jornais inscritos no Concurso Nacional de Jornais Escolares
relativo ao ano de 1995-96. Vinte mil contos é o valor aproximado
dos prémios até hoje atribuídos nos concursos promovidos pelo PÚBLICO
na Escola. Mais difícil de determinar é o número de professores
e alunos que iniciaram ou desenvolveram o seu interesse na área
da educação e "media" com base nas actividades promovidas
por este projecto.
Contactos do PÚBLICO na Escola
O jornal PÚBLICO está acessível na
Internet e o mesmo acontece com o PÚBLICO na Escola. Quem quiser
conhecer a nossa actividade e os materiais publicados ou ter acesso
a diversos "links" que permitem a ligação a algumas das
entidades que, a nível mundial, se dedicam às questões da educação
para os "media", será, obviamente, bem-vindo. O endereço
é o seguinte: http://www.publico.pt/pubnaesc.
Entretanto, é também possível recorrer
ao correio electrónico (pubnaesc@publico.pt)
para o envio de mensagens e informações. Quanto às formas de contacto
mais clássicas, registe-se que o telefone no Porto é o (02) 6151000
e em Lisboa é o (01) 7501075.
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