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25 Novembro 2024 - 12h42
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1 3 2 1... Jazz!
José Duarte
25 Maio
2 Louis Armstrong
Hugo Alves
2 Junho
3 Piano
Bernardo Sasseti
9 Junho
4 Flauta
Paulo Curado
16 Junho
5 Eric Dolphy
Hernâni Faustino
23 Junho
6 Voz Masculina
Kiko
30 Junho
7 Trompete
Laurent Filipe
7 Julho
8 ‘Dizzy’ Gillespie
Hugo Alves
14 Julho
9 Contrabaixo
Nelson Cascais
21 Julho
10 Sax Alto
Jorge Reis
28 Julho
11 ‘Duke’ Ellington
Pedro Guedes
4 Agosto
12 Trombone Claus
Nymark
11 Agosto
13 Guitarra
Mário Delgado
18 Agosto
14 Miles Davis
João Moreira
25 Agosto
15 Blues
Silas Oliveira
1 Setembro
16 Sax Soprano
Paulo Curado
8 Setembro
17 Ornette Coleman
Pedro Moreira
15 Setembro
18 Voz Feminina
Fátima Serro
22 Setembro
19 Big Band
Jorge Costa Pinto
29 Setembro
20 Charlie Parker
José Luís Rego
6 Outubro
21 Composição
António Pinho Vargas
13 Outubro
22 Sax Barítono
Rodrigo Amado
20 Outubro
23 Thelonious Monk
Mário Laginha
27 Outubro
24 Clarinete
Paulo Gaspar
3 Novembro
25 Arranjo
Jorge Costa Pinto
10 Novembro
26 John Coltrane
Mário Santos
17 Novembro
27 Sax Tenor
Carlos Martins
24 Novembro
28 Solo
Bernardo Moreira
1 Dezembro
29 Albert Ayler
Pedro Costa
8 Dezembro
30 Bateria Bruno Pedroso
15 Dezembro
31 Jazz Português Sérgio Gonçalves
22 Dezembro

 

Estamos em 1946. Uma noite fria e chuvosa de Inverno acaba de descer sobre a cidade de Nova Iorque. No palco de um dos inúmeros clubes de jazz da cidade uma orquestra soa num turbilhão de energia, criatividade e alegria, fazendo-nos esquecer o frio e transportando- nos para um mundo de magia e emoção que não poderemos facilmente esquecer.

No centro do palco, uma silhueta imponente toca um instrumento enorme, de metal, de igual impacto, e juntos libertam um som forte e directo, um swing poderoso, repleto de melodias bem definidas que fazem dançar a banda.

A orquestra era a de Duke Ellington e o solista, no saxofone barítono, o grande Harry Carney (1910-1974), um dos maiores saxofonistas barítono que já existiu. Quando pensamos no som da orquestra de Ellington, o que nos vem à cabeça são os três elementos mais marcantes da banda, o sax alto doce e melódico de Johnny Hodges, o trompete ágil e gritante de Cootie Williams, e o barítono forte e profundo de Harry Carney.

Apesar de não ter sido o primeiro saxofonista barítono no jazz (o clarinetista Don Murray já tocava o instrumento nas orquestras de Frank Trumbauer e Bix Beiderbecke), Harry Carney foi o primeiro a colocar o barítono num lugar de destaque, tornando-o uma peça essencial da orquestra de jazz contemporânea.

Sendo um virtuoso no seu instrumento, Carney foi também o primeiro a criar com o barítono linhas ágeis e dinâmicas que o colocavam a par dos seus “irmãos” mais reconhecidos, os saxofones alto e tenor.

Harry Carney começou a tocar com Ellington aos 17 anos, tendo permanecido 45 anos na sua orquestra. Durante este período foram gravadas algumas das maiores obras-primas do jazz, e em todas elas Carney deixou a sua marca inconfundível. Quando Duke morreu, Carney referiu: “Este é o pior dia da minha vida. Sem Duke já não tenho razão para viver.” Quatro meses depois morreu.

Dos registos com Ellington destacamos Never no Lament (RCA) de 1942, Ellington at Newport (Columbia) de 1956, o incontornável Black, Brown and Beige (Columbia) de 1958, e And His Mother Called Him Bill (RCA) de 1967. Carney toca também num registo histórico de Benny Goodman At Carnegie Hall 1938 – Complete (Columbia).

Em nome próprio deixou apenas dois registos, e apenas um deles, Harry Carney with strings, está disponível e aparece inserido num CD de Ben Webster, Music for Loving (Verve).

Nos anos 30 e 40, músicos como Les Hite ou Sid Trucker ocuparam a cadeira do saxofone barítono nas orquestras de Louis Armstrong, mas sem o destaque e brilhantismo que lhe foi dado por Carney.

A chegada da big band de Count Basie a uma cena dominada pelas orquestras de Ellington, Lunceford e Henderson veio trazer um novo fôlego à era do swing e veio dar uma nova oportunidade ao desenvolvimento e evolução do saxofone barítono. Dois dos principais responsáveis pelas partes de barítono nas formações de Basie eram Jack Washington e Charlie Fowlkes, músicos que, apesar de nunca terem assumido um papel solista de destaque, fizeram um trabalho notável ao nível do timbre e da textura no seio da orquestra, tendo consolidado definitivamente o papel do saxofone barítono no seio da orquestra jazz. (...)

FAIXAS DO CD OFERECIDO COM O VOLUME

01 > HARRY CARNEY (I don’t stand) A ghost of a chance (With you)
02 > CECIL PAYNE, Rose room
03 > SERGE CHALOFF Susie’s blues
04 > SERGE CHALOFF, A handfull of stars
05 > STAN GETZ, Let’s fall in love
06 > GERRY MULLIGAN, That old feeling
07 > GERRY MULLIGAN, Disc jockey jump
08 > PEPPER ADAMS, Paul’s pal
09 > PEPPER ADAMS, La Fiesta
10 > SAHIB SHIHAB, My favorite things

   


José Duarte dispensa apresentações. Ainda assim, arriscamos a difícil tarefa de compilar aqui o essencial de uma vida inteira, ainda e sempre incompleta, ainda e sempre dedicada ao jazz e à música.

 


História do Jazz
Nascido do blues, das work songs dos trabalhadores negros norte-americanos, do negro spiritual protestante e do ragtime, o jazz passou por uma extraordinária sucessão de transformações no século XX. É notável como essa música se modificou tão profundamente durante um período de apenas um século.

 

Elementos do Jazz
Muito já se escreveu sobre a dificuldade de se definir o jazz. Uma corrente de pensamento afirma que o jazz não é o que se toca, mas sim como se toca. De qualquer modo, pode-se afirmar com certa confiança que dois elementos são absolutamente necessários numa performance de jazz: o swing e a improvisação.

 

História do Jazz Dance
O Jazz é uma forma de expressão pessoal criada e sustentada pelo improviso. Na sua origem a Dança Jazz tem raízes essencialmente populares. Com uma evolução inicial paralela à da música Jazz, surgiu nos E.U.A no final do século passado. Pode-se afirmar, inclusive,  que nasceu diretamente da cultura negra .