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A trombeta foi o instrumento primordial, juntando-se-lhe o tambor, os flautins, os pífaros, mais tarde os trombones, saxofones e címbalos e chegamos à Banda Militar do século XIX espalhada por toda a Europa, posteriormente por todo o mundo até aos dias de hoje.
A Big Band quando aparece nos Estados Unidos da América, em meados dos anos trinta do século passado, é o resultado do melting pot emigratório europeu e africano que tinha acontecido em anos anteriores.
A guerra civil norteamericana teve a sua quota-parte neste processo, pois os despojos deixados nos campos de batalha – instrumentos de sopro e tambores – fizeram o gáudio de muito jovem negro que aprendeu por si a dominar os sons desses instrumentos juntando-se nas ruas de New Orleans a tocar os sons e ritmos sincopados que viriam a ser a génese do jazz.
Desde finais do século XIX que se dá conta do aparecimento de grupos organizados – 5/6 músicos – tocando em diversas actividades sociais, inclusive bailes. BUDDY BOLDEN, KING OLIVER, KID ORY, tinham grupos constituídos por: cornetim, trombone, clarinete, banjo ou piano e bateria.
A primeira vez que a palavra BAND aparece em letra de forma é reportada, em 1912, à ORIGINAL DIXIELAND JAZZ-BAND, um grupo de cinco músicos dirigidos pelo italo-americano ‘Nick’ LaRocca, executante de cornetim.
Em Chicago, onde nos anos 20 (séc. XX) o movimento musical é grande, devido sobretudo à proliferação de speakeasy’s – clubes clandestinos onde se dançava e bebia álcool em chávenas de chá! –, os músicos encontravam facilmente trabalho formando orquestras, algumas das quais fazem parte da história do jazz, a CREOLE JAZZ BAND de King Oliver, com o jovem Louis Armstrong; BEN POLLACK, já com uma formação de 3 saxofones, 2 trompetes, 1 trombone, tuba, banjo, piano e bateria.
Jean Goldkette, orquestra que teve a particularidade de integrar os irmão Dorsey, Jimmy e Tommy e ainda o desconhecido Joe Venuti, violinista.
Com Pollack, baterista, tocaram músicos que, após a grande depressão – 1929/33 –, formaram orquestras próprias: Glenn Miller, Jack Teagarden, Benny Goodman e Charlie Spivak.
Em New York (NY), FLETCHER HENDERSON apresenta a sua orquestra no salão de baile Roseland.
Fazem parte dessa orquestra, entre outros, Russel Procope, Coleman Hawkins e Louis Armstrong.
CHICK WEBB era o ‘Rei do Savoy’, outro famoso salão de baile em NY. Webb teve na sua orquestra personagens que posteriormente tiveram grande fama: Johnny Hodges e Ella Fitzgerald.
CAB CALLOWAY tem grande êxito no Cotton Club, em Harlem, NY – entre os elementos da orquestra um terá lugar na história do jazz, não só como excepcional instrumentista mas também como inovador, DIZZY GILESPIE .
Também no Cotton Club tem grande sucesso um jovem compositor e pianista, DUKE ELLINGTON, que enorme contribuição vem a dar ao desenvolvimento do Jazz, através das suas composições escritas para os vários solistas virtuosos que integravam a sua orquestra: Paul Gonsalves, Cootie Williams, Clark Terry; Johnny Hodges, Harry Carney, Sonny Greer, Louis Belson, Cat Henderson, Lawrence Brown e Jimmy Hamilton. (...)
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