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29 Março 2024 - 01h13
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1 3 2 1... Jazz!
José Duarte
25 Maio
2 Louis Armstrong
Hugo Alves
2 Junho
3 Piano
Bernardo Sasseti
9 Junho
4 Flauta
Paulo Curado
16 Junho
5 Eric Dolphy
Hernâni Faustino
23 Junho
6 Voz Masculina
Kiko
30 Junho
7 Trompete
Laurent Filipe
7 Julho
8 ‘Dizzy’ Gillespie
Hugo Alves
14 Julho
9 Contrabaixo
Nelson Cascais
21 Julho
10 Sax Alto
Jorge Reis
28 Julho
11 ‘Duke’ Ellington
Pedro Guedes
4 Agosto
12 Trombone Claus
Nymark
11 Agosto
13 Guitarra
Mário Delgado
18 Agosto
14 Miles Davis
João Moreira
25 Agosto
15 Blues
Silas Oliveira
1 Setembro
16 Sax Soprano
Paulo Curado
8 Setembro
17 Ornette Coleman
Pedro Moreira
15 Setembro
18 Voz Feminina
Fátima Serro
22 Setembro
19 Big Band
Jorge Costa Pinto
29 Setembro
20 Charlie Parker
José Luís Rego
6 Outubro
21 Composição
António Pinho Vargas
13 Outubro
22 Sax Barítono
Rodrigo Amado
20 Outubro
23 Thelonious Monk
Mário Laginha
27 Outubro
24 Clarinete
Paulo Gaspar
3 Novembro
25 Arranjo
Jorge Costa Pinto
10 Novembro
26 John Coltrane
Mário Santos
17 Novembro
27 Sax Tenor
Carlos Martins
24 Novembro
28 Solo
Bernardo Moreira
1 Dezembro
29 Albert Ayler
Pedro Costa
8 Dezembro
30 Bateria Bruno Pedroso
15 Dezembro
31 Jazz Português Sérgio Gonçalves
22 Dezembro

 

Escrever algo de novo sobre Miles Davis não é tarefa fácil. Miles é indiscutivelmente uma das figuras mais importantes da história do trompete, do jazz e da música em geral, e, como tal, já muito se escreveu sobre ele, a sua vida e obra. A mim, como trompetista, apetece-me antes desfazer alguns dos mitos que se criaram à volta de Miles: “Miles Davis não tinha técnica” e “Miles Davis tocava simples e com poucas notas”.

Toda a minha vida fui confrontado com as minhas limitações técnicas de um lado e com pessoas do outro a dizer “mas o Miles não tinha técnica e tocava como tocava”. Duma vez por todas, o Miles tem muita técnica, é verdadeiramente um virtuoso! Mas não é tecnicamente exuberante, e a sua técnica imensa consegue passar desapercebida a um ouvido menos atento. A sua grande maturidade musical também contribui para que a sua técnica não sobressaia, quando toca. Miles tem sempre presente as prioridades e a profundidade musical vem para ele acima de tudo. A sua técnica é um meio e não um fim (desculpem- me o cliché).

Mas onde está então essa técnica desmedida? Em primeiro lugar, no seu som. Na qualidade do seu som e na consistência tímbrica a toda a extensão do seu registo. Qualidade de som é técnica, consistência em todo o registo é virtuosismo técnico. Miles é de facto dos poucos trompetistas a conseguir o seu som escuro no registo grave, médio, agudo e superagudo. Dizzy Gillespie é famoso pelo seu Sol agudo, capaz de encher uma sala a um volume ensurdecedor. Miles toca o mesmo Sol agudo frequentemente e chega mesmo a um Lá agudo na famosa versão de “My Funny Valentine” (Four & More, 1964, Columbia). No entanto, ninguém diria que se trata de uma nota tão aguda. Porquê? Porque o seu timbre é escuro e igual ao do seu registo médio. De certa forma, parece que Miles está a tocar num registo médio. Grande virtuosismo técnico a passar desapercebido ao ouvinte.

Miles é possivelmente o único trompetista da história a conseguir fazer o registo superagudo soar como registo médio, sempre escuro, redondo e agradável.

O segundo mito é talvez mais difícil de desfazer. “Miles Davis tocava simples e com poucas notas.” Miles não tocava simples nem com poucas notas, sobretudo se considerarmos a carga musical que cada nota das que Miles toca contém. Usando uma analogia barata e um pouco de aritmética simples, é fácil entender que uma nota de 500 euros vale dez vezes mais do que dez notas de cinco euros...

Mas se o que Miles faz não é simples, como pode ser que pareça tão simples? Aqui a questão é um pouco mais delicada. Depois de introduzida a técnica de análise de Schenker (um musicólogo austríaco do começo do século XX), ficou claro que a música é entendida e processada pelo ouvinte em diferentes níveis de entendimento, e tudo acontece em simultâneo. Correndo o risco de simplificar demasiado os conceitos envolvidos, o que acontece é que num primeiro nível de entendimento ouvimos aquilo que está a ser tocado a cada momento: cada tempo, cada nota, cada acorde. Simultaneamente, num segundo nível de entendimento, o ouvinte vai juntando as peças do que já ouviu e do que está a ouvir, podendo assim tirar o sentido daquilo que ouve. Tempos agrupam-se em compassos e compassos em secções, surgindo então a noção de estrutura de um tema. Notas agrupam-se em frases formando o sentido melódico e acordes agrupam-se para dar a orientação dos movimentos harmónicos. É relacionando o que se ouve nos diferentes níveis de entendimento que se compreende emocionalmente a música. Tudo isto acontece intuitiva e naturalmente em qualquer ouvinte, por mais leigo que seja. (...)

 

FAIXAS DO CD OFERECIDO COM O VOLUME

01 > Focus
02 > Israel
03 > Au privave
04 > Move
05 > The squirrel
06 > Take off
07 > Dîner au motel
08 > One for daddy-O
09 > You won’t forget me

   


José Duarte dispensa apresentações. Ainda assim, arriscamos a difícil tarefa de compilar aqui o essencial de uma vida inteira, ainda e sempre incompleta, ainda e sempre dedicada ao jazz e à música.

 


História do Jazz
Nascido do blues, das work songs dos trabalhadores negros norte-americanos, do negro spiritual protestante e do ragtime, o jazz passou por uma extraordinária sucessão de transformações no século XX. É notável como essa música se modificou tão profundamente durante um período de apenas um século.

 

Elementos do Jazz
Muito já se escreveu sobre a dificuldade de se definir o jazz. Uma corrente de pensamento afirma que o jazz não é o que se toca, mas sim como se toca. De qualquer modo, pode-se afirmar com certa confiança que dois elementos são absolutamente necessários numa performance de jazz: o swing e a improvisação.

 

História do Jazz Dance
O Jazz é uma forma de expressão pessoal criada e sustentada pelo improviso. Na sua origem a Dança Jazz tem raízes essencialmente populares. Com uma evolução inicial paralela à da música Jazz, surgiu nos E.U.A no final do século passado. Pode-se afirmar, inclusive,  que nasceu diretamente da cultura negra .