O
romancista do Carnaval que é o Brasil
Por Ildásio Tavares
Quarta-feira, 8 de Junho de 2001
Quando Jorge
Amado intitulou seu primeiro romance, em 1930, "O País
do Carnaval" ele não imaginava que estava apondo
o seu país um rótulo que seria mais tarde adotado
por teóricos e antropólogos, não só
para definir verdadeira e cientificamente a fisionomia do
Brasil como para conceituar os processos antropológicos
e simbólicos que conformam os fenômenos da carnavalização.
Amado
Jorge
Por Mário Negreiros,
Rio de Janeiro
Quarta-feira, 8 de Junho de 2001
Nasceu em 1912, no Sul da Bahia. Jorge
tinha como último nome Faria. Entre os dois Leal e
Amado. O romancista foi amado por uma legião de admiradores
que talvez nunca tenham tido sequer um livro nas mãos;
alguns, seguramente, analfabetos. Jorge era Amado pelos seus
próprios personagens e a eles nunca deixou de ser Leal.
O
Amante da Vida
Por Urbano Tavares Rodrigues
Quarta-feira, 8 de Junho de 2001
Como é que Portugal leu Amado? Descoberto
pelos neo-realistas portugueses, a persistência do culto
de Jorge Amado entre os leitores portugueses tem a ver com a
força inextinguível da sua imaginação
literária. Com José Lins do Rego, de "Menino
de Engenho", "Cacau" de Jorge Amado, inicia o
romance nordestino, que tanta repercussão teve entre
os neo-realistas portugueses do começo dos anos 40.
Telenovela!
Cravo! Canela!
Por Eduardo Cintra Torres
Quarta-feira, 8 de Junho de 2001
Quem não tinha televisão em
casa, em 1977, juntava-se nos cafés. A Assembleia da
República parava e juntava-se ao povo: com Gabriela,
Cravo e Canela.
Para os portugueses a telenovela começou, felizmente,
com Gabriela, de Jorge Amado e da TV Globo, e não com
uma qualquer "soap opera" "anglo-saxónica".
Todo
o Amado como nunca o lemos
até 2002
Por Kathleen Gomes
Quarta-feira, 8 de Junho de 2001
"Tem literatura demais no mundo",
garantia Jorge Amado há dez anos, numa entrevista ao
jornal "Folha de São Paulo", sob pretexto de
cada vez ler menos e cada vez reler mais. O que relia, então,
o escritor brasileiro? Mark Twain, Dickens, Maupassant, Zola,
Gogol, Rabelais, Cervantes - "quando a gente chega em certa
idade, você tem o desejo de reler livros que te disseram
alguma coisa". |