ÍNDICE
  Prefácio
  Apresentação
  Guia de leitura
 
  PARTE I
  Introdução
 
  Ética e deontologia
  Estatuto editorial
  Princípios e normas de   conduta profissional
  Informar sem manipular,
  difamar ou intoxicar
  Privacidade
  e responsabilidade
  Seriedade e credibilidade
  O jornalista não é
  um mensageiro
 
  Critérios, géneros
  e técnicas
  Os factos e a opinião
  Regras de construção
  O rigor da escrita
  A fotografia
  A publicidade
 
  PARTE II
  Alfabeto do PÚBLICO
  Palavras, expressões e   conceitos
  A B C D E F G H I J K L M N
  O P Q R S T U V W X Y Z
 
  Normas e nomenclaturas
  Acentuação
  Verbos
  Maiúsculas & minúsculas
  Topónimos estrangeiros
  Siglas
  Factores de conversão
  Hierarquias (militares e   policiais)
  Religiões
 
  ANEXOS
  Fichas da lei
  Projecto PÚBLICO
  na Escola
  Regulamento do Conselho de
  Redacção do PÚBLICO
  Estatuto do Provedor
  do Leitor do PÚBLICO
  Código Deontológico
  do Jornalista
 
  


Apresentação

Jorge Wemans

Jornais, rádios e televisões originam por todo o mundo livros de estilo de vários formatos e ambições. Uns, curtos e generalistas, outros, enormes e casuísticos. Alguns com a pretensão restrita de contribuírem para o correcto uso da língua e de assinalarem as convenções do discurso próprio de cada órgão de comunicação. Muitos fazem questão em referir os princípios éticos a que se obrigam na relação com as fontes, os leitores e o interesse público e publicitar as normas que querem respeitar quando referem ou nomeiam pessoas (individuais ou colectivas) na informação que divulgam.

Diversidade de objectivos, mas também diversidade de autores. Desde os livros de estilo redigidos pelo proprietário do órgão de comunicação, como concretização do estatuto editorial que lhe impôs, até aos elaborados com participação de toda a Redacção.

O Livro de Estilo do PÚBLICO que agora se edita vincula o jornal e os seus jornalistas a princípios éticos e normas técnicas mais restritos do que os definidos pelo Código Deontológico do Jornalista e nos manuais de jornalismo. Além de incluir o conjunto de convenções que fazem da escrita do PÚBLICO uma linguagem peculiar.

Divulgada pela primeira vez sob a forma de livro, esta obra é basicamente a mesma que se concluiu em finais de 1989 como resultado de uma reflexão participada pela maior parte dos jornalistas que transformaram o projecto concebido nesse ano no jornal que chegou às mãos dos leitores a 5 de Março de 1990. Animado e orientado por Vicente Jorge Silva, esse trabalho teve então em José Mário Costa um auxiliar precioso que é justo recordar.

Conservar esse espírito inicial, depurando-o de algumas formulações que o tempo havia mostrado desajustadas, e rever o todo de modo a torná-lo mais consistente e útil foi o trabalho a que se dedicou uma vasta equipa que tive o gosto de coordenar.

Cabe agradecer em especial aos "copydesks" da Redacção de Lisboa, Rita Veiga, Manuela Barreto, José Imaginário, Paulo Madeira, Pedro Palma, André Lopes, João Palma, Manuela Gomes e Rita Pimenta. Agradeço não tanto o seu trabalho de revisão de provas, mas sobretudo as inúmeras redacções alternativas que propuseram e o Alfabeto do PÚBLICO que refizeram na sua quase totalidade.

Graças à persistência do director interino Nuno Pacheco, os dois primeiros capítulos foram distribuídos aos jornalistas do PÚBLICO de quem recebi inúmeras propostas de alterações. Além da participação destes, é justo salientar algumas contribuições específicas. César Camacho e José Bento Amaro produziram o léxico sobre as hierarquias das Forças Armadas e das Forças de Segurança. Fernando Correia de Oliveira permitiu a introdução das indicações sobre a grafia do "pinyim". Margarida Santos Lopes contribuiu com o dicionário islâmico, enquanto Isabel Coutinho coligiu as notas sobre o budismo e António Marujo organizou as referentes às religiões cristãs.

A colaboração de que este livro gozou não se restringiu, porém, aos muros do PÚBLICO. Paresh Lauchande Waghela, conselheiro da comunidade hindu em Portugal, foi precioso no esclarecimento da terminologia própria da sua comunidade. Papel semelhante, em relação ao judaísmo, desempenhou Esther Mucznik, da direcção da comunidade israelita em Portugal. Noutro campo, Francisco Teixeira da Mota, amigo da primeira hora e advogado do jornal em todos os seus litígios no que toca ao que aqui se escreve e reproduz, redigiu as Fichas da Lei.

A Ivone Ralha devemos a capa e a concepção gráfica do livro.

Um Livro de Estilo não é obra acabada. Apenas pode aspirar a ver terminada cada uma das suas edições. Embora há muito utilizado internamente, esta é a primeira vez que é editado para o público em geral. A grande qualidade deste livro é existir. Para que o confronto entre a prática diária e o que nele se consigna obrigue a novas edições.

Dezembro de 1997

   
   
 
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