ÍNDICE
  Guia de leitura
 
  PARTE I
 
  Ética e deontologia
  Estatuto editorial
  Princípios e normas de
  conduta profissional
  Informar sem manipular,
  difamar ou intoxicar
  Privacidade
  e responsabilidade
  Seriedade e credibilidade
  O jornalista não é
  um mensageiro
 
  Critérios, géneros
  e técnicas
  Os factos e a opinião
  Regras de construção
  O rigor da escrita
  A fotografia
  A publicidade
 
  PARTE II
  Alfabeto do PÚBLICO
  Palavras, expressões e   conceitos
  A B C D E F G H I J K L M N
  O P Q R S T U V W X Y Z
 
  Normas e nomenclaturas
  Acentuação
  Verbos
  Maiúsculas & minúsculas
  Topónimos estrangeiros
  Siglas
  Factores de conversão
  Hierarquias (militares e   policiais)
  Religiões
 
  ANEXOS
  Fichas da lei
  Projecto PÚBLICO
  na Escola
  Regulamento do Conselho de
  Redacção do PÚBLICO
  Estatuto do Provedor
  do Leitor do PÚBLICO
  Código Deontológico
  do Jornalista
 
  


Prefácio

Nuno Pacheco

A poucos meses de completar oito anos de vida, o PÚBLICO torna finalmente público o seu Livro de Estilo, transferindo-o dos poucos exemplares policopiados que já dele restavam para um formato mais manuseável: o livro. Com este gesto, queremos não só tornar acessível a todos um instrumento de trabalho que, ao longo dos anos, para nós tem sido decisivo na definição do tipo de jornalismo a que nos propusemos, como também contribuir, ainda que modestamente, para a discussão do futuro do jornalismo neste fim de milénio.

Como todas as regras nascidas no interior de qualquer sociedade ou instituição, este livro reúne apenas princípios que, partindo de uma ideia partilhada de início por um grupo de pessoas, encontraram depois forma e legitimidade na validação prática dos seus pressupostos. Os anos que se seguiram à fundação do jornal, na sua dinâmica quotidiana, vieram moldar e consagrar estes princípios, corrigindo os que, por inadequação ou rigidez, deixaram de fazer sentido na sua formulação inicial. Mas as bases do projecto PÚBLICO estão todas aqui, de forma clara, expostas ao entendimento dos que o lêem, conhecem, estudam ou criticam. Para que se perceba, entre outras coisas, o que significa para nós a ideia de associar, na prática jornalística quotidiana, qualidade e diversidade, técnica e ética, padrões clássicos de jornalismo com uma disponibilidade permanente para a inovação (ver texto de Vicente Jorge Silva).

Mas não se iludam: a leitura deste livro não chega por si só para transformar maus jornalistas em bons jornalistas, tal como a ignorância dos seus pressupostos não é fatal a quem, hoje ou no futuro, queira fazer do jornalismo profissão e arte. O que aqui se define são regras para um caminho possível no vasto e turbulento mundo da comunicação social contemporânea, não necessariamente o caminho em si. Mas são essas regras, aliadas à convicção que delas emana, que permitem olhar ainda hoje o projecto PÚBLICO como uma experiência ímpar, partilhada ao longo de pouco menos de uma década por excelentes profissionais e um público exigente que nele vê, desde o início, uma aposta editorialmente ganha e jornalisticamente credível. A todos, onde quer que estejam, o nosso reconhecido agradecimento. Este livro é vosso.

Dezembro de 1997

   
   
 
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