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Um guia para todas as aventuras de Corto Maltese.
Ao longo de 16 semanas, Corto Maltese
correu mundo e acompanhou o PÚBLICO às segundas-feiras, numa selecção
de aventuras que cruzaram oceanos e continentes para terminar na
mítica Atlântida. Desde "A Balada do Mar Salgado" até "Mû", inédito
em português até à recente edição, o marinheiro criado por Hugo
Pratt andou pela Bahia brasileira, por Bueno Aires, por Veneza e
pela Irlanda, por Xangai ou pela Sibéria.
Corto
visto por Pratt
“Com
Corto Maltese, se escolhi o mar como ambiente do personagem foi
talvez apenas porque era mais fácil de desenhar (risos).
Mas um marinheiro tem uma dimensão mais romântica do
que um “cowboy”, porque ele vai para lá da linha
do horizonte, à procura do que lá se encontra. Na
pradaria, há as estrelas e a erva. Mas o mar tem qualquer
coisa de diferente e foi assim
que surgiu Corto Maltese”.
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Corto Maltese atravessa a Ásia perseguido pelo seu duplo |
O herói
percorre meia Ásia por um tesouro, mas este propósito
esconde outro: salvar o seu amigo Rasputine, que é a fi gura
central da história.
Tudo começa em Rodes, onde
Corto Maltese aceita involuntariamente desempenhar o papel de segundo
Marco Polo, trilhando rotas antigas para encontrar o fabuloso tesouro
de Alexandre, “o Grande”. Não é a primeira vez que
o herói parece vivamente animado por esse propósito
aventureiro, à primeira vista ambicioso e cúpido,
mas na prática desapaixonado e pouco veemente. ... |
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As
mulheres de Corto - Venexiana Stevenson |
Entre a mulher implacável
que Corto Maltese conheceu nas Honduras, em 1917 (encontra-a de
novo, nesse ano, em Veneza), e a criatura frágil e digna
de alguma comiseração que volta a avistar em 1921-1922,
algures na Ásia Menor, não parece haver grandes elos
de ligação. Todavia, num caso e noutro a personagem
envolvida é a mesma, Venexiana Stevenson.
A sua coragem está à
altura da sua falta de escrúpulos, qualidades que foram devidamente
assinaladas numa célebre comunicação do professor
Alphonse Lucas ao Congresso Internacional de Criminologia, em Lausana
(Suíça), no ano de 1927. ... |
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José
Manuel Castanheira
Uma certa costela anarquista |
O que mais me fascina
em Corto Maltese, de quem gosto muito, é a sua faceta de
herói... anti-herói. Apesar da reserva com que todos
os paralelismos devem ser olhados, ele é um dos ícones
da nossa história, comparável a Ulisses, Che Guevara
ou Salgueiro Maia — é um daqueles indivíduos que sentem
ter uma missão, um papel a desempenhar na história.
À boa maneira dos heróis, está sempre do lado
dos “bons” e defende os valores mais nobres. ... |
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Primeiro
volume de “A Casa Dourada de Samarcanda”
Na proxima segunda, 29 de Novembro.
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Depois de uma breve
mas intensa passagem por Veneza, Corto Maltese está ocupado
durante um ano, entre 1921 e 1922, a procurar o tesouro de Alexandre,
o Grande. Simultaneamente, trilha os passos de Rasputine, o seu
louco e violento amigo que está, invariavelmente, metido
em grandes sarilhos. ... |
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