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“O Amante de Lady Chatterley”
Violentamente criticado na época
em que surgiu, é o último e o mais célebre
romance do autor britânico. O
quotidiano de Constance Chatterley, Lady pelo casamento com
Sir Clifford, não era particularmente excitante —
isolada na enorme propriedade de Wraby e com um marido paraplégico,
Constance, outrora uma rapariga enérgica de faces coradas,
sentia crescer nela uma insatisfação fatigada,
tornando-a indiferente ao pequeno mundo que a rodeava, perante
a sonolenta lentidão com que se arrastavam os dias
e as horas.
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Excerto
A nossa época é
essencialmente trágica, por isso nos recusamos a aceitá-la
tragicamente. O cataclismo deu-se, estamos entre as ruínas,
desatamos a construir novos pequenos habitat, a alimentar
novas esperançazinhas. É uma tarefa difícil,
já não há nenhuma estrada suave em direcção
ao futuro: rodeamos os obstáculos, ou passamos por
cima deles. Seja qual for o número de réus que
desabem, temos de viver.
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8a Victoria Street, Eastwood
Casa onde Lawrence nasceu
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D.H. Lawrence
Entre a convenção
e o desejo
Derradeiro romance de D.H.
Lawrence, "O Amante de Lady Chatterley" é
uma verdadeira exaltação das pulsões
primárias do ser humano. Mas também uma feroz
denúncia social do “modus vivendi” da era
industrial, das suas normas rígidas e da sua artificialidade.
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Casa de Lawrence
1887 até 1891
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Perfil
Um viajante
incansável
David Herbert Lawrence nasceu
em 1885, em Eastwood, Reino Unido. Filho de um mineiro alcoólico
e de uma professora primária, teve uma infância
difícil, marcada pela pobreza e pelas discussões
familiares. Contudo, os laços afectivos com a mãe,
que encorajou o interesse de Lawrence pelas artes, perduraram
até à morte desta, em 1910.
Frequentou a Nottingham High
School e depois a Nottingham University, concluindo a sua
licenciatura com 22 anos.
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Residência final de Lawrence
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Este livro deu um filme
Duas vezes no cinema, uma na televisão
“O Amante de Lady Chatterley”
foi transposto para o cinema pela primeira vez em 1955 pelo
realizador francês Marc Allégret, com Danielle
Darrieux, Erno Crisa e Leo Glenn nos principais papéis.
Dezasseis anos depois, a obra do escritor britânico
foi de novo adaptada ao grande ecrã pela mão
de Just Jaeckin, num filme de baixo orçamento e visibilidade
menor.
Mais conhecida é a versão
televisiva de 1992, realizada por Ken Russell — que,
em 1971, já tinha levado ao cinema “Women in
Love” (1920), também do escritor britânico
— e interpretada por Sean Bean, Joely Richardson e James
Wilby.
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