Tiragem de 100 mil exemplares
“1984”, de
George Orwell, amanhã nas bancas
Por Clara Barata
Uma sociedade onde até pensar pode ser crime é
o cenário em que se desenrola “1984”, de
George Orwell.
Com “1984”, George
Orwell imprimiu no imaginário popular um dos pesadelos
mais fortes do conturbado século XX. A sociedade rigorosamente
vigiada, em que nem os pensamentos são livres, tornou-se
um símbolo do horror dos regimes totalitários.
Mas, se em meados do século XX se pensava na União
Soviética de Estaline como o modelo inspirador deste
horror, passadas cinco décadas a obra de Orwell, publicada
amanhã na Colecção Mil Folhas, continua
a dar que pensar. É um romance político, mas
não se fuja deste livro como se fosse um instrumento
de instrução doutrinário. Não
é sequer o contrário dos poeirentos livros de
materialismo dialéctico que ainda ameaçam o
incauto frequentador dos saldos de livros. Muito longe disso.
O Tempo do "Grande
Irmão" já acabou?
Por Clara Barata
Em "1984", George Orwell descreveu o mais totalitário
dos regimes, em que o próprio pensamento pode ser crime
O "grande irmão"
ainda nos mete medo? Afinal de contas, já se passaram
quase duas décadas sobre "1984", o ano que
o escritor britânico George Orwell transformou num horizonte
de receio perpetuado na imaginação popular.
A União Soviética pode ter caído no final
da década de 80, mas o regime totalitário retratado
por Orwell continua a dar que pensar.
Uma
sátira lida como uma profecia
Por Clara Barata
Já se gastaram caudalosos livros
de tinta sobre "1984", sobre o seu significado e
a forma como este romance de George Orwell lançou críticas
mordazes aos intelectuais da esquerda europeia no período
que marcou o início da Guerra Fria, que dividiu o mundo
em dois blocos até final dos anos 80.
"1984" na
pop
Por Pedro Magalhães
David Bowie, Robert Fripp e os Eurythmics
são alguns dos famosos que transportaram "1984"
da literatura para a música pop. Nenhum deles, porém,
explorou tão a fundo a casa como Hugh Hopper, ex-baixista
dos Soft Machine.
A casa mais vigiada do país é, acreditem, a
nossa. Quanto ao "Big Brother dos Famosos", teve
na pop alguns dos seus inquilinos. George Orwell, como Aldous
Huxley, Michael Moorcock ou Philip K. Dick, influenciou, directa
ou indirectamente, a cultura pop na sua vertente mais visionária.
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