O Doutor Jivago
Boris Pasternak





Prémio Nobel em 1958

 

Quarta, 14 de Agosto de 2002
Jivago - Um Poeta no Meio de Uma Revolução
Fernando Sousa

O livro de Boris Pasternak, "Doutor Jivago", está hoje à venda em mais uma tiragem de 100 mil exemplares. É a história, fortemente autobiográfica, de um amor trágico sem lugar nem espaço num mundo em fase de mudanças radicais

Inicialmente os caminhos de Boris Pasternak e da Revolução russa não colidiram. Ele tinha a sua vida e os revolucionários a deles. "Doutor Jivago" ainda vinha longe. Era uma coexistência quase perfeita.

 

Este Livro Deu Um Filme
Um épico sobre Rússia dos bolcheviques
Quarta, 14 de Agosto de 2002, Por FILIPA AMBRÓSIO DE SOUSA

David Lean dirige Omar Shariff num filme espectacular com a Revolução de Outubro como cenário

Estávamos em 1965. O ano em que foi dado a conhecer ao mundo a família von Trapp e a sua inesquecível Maria, em "Música no Coração", de Robert Wise. Paralelamente, David Lean apresentou o seu mais recente filme, "Doutor Jivago". No entanto, a obra de Pasternak não teve no cinema o seu equivalente, apesar de Lean já ser conotado como um competente realizador de grandes produções, através de uma meticulosa direcção artística e uma especial atenção aos detalhes. Disso são reflexo "A Ponte do Rio Kwai", de 1957, e a sua obra-prima "Lawrence da Arábia", lançado três anos antes de "Doutor Jivago". O filme, mais espectacular do que épico, não consegue resumir toda a riqueza histórica e psicológica do romance.

 

Tiragem de 100 mil exemplares
"Doutor Jivago", de Boris Pasternak, amanhã
nas bancas
Terça-feira, 13 de Agosto de 2002, por Fernando Sousa

O 13º título da Colecção Mil Folhas, "Doutor Jivago", do escritor Boris Pasternak, é uma das mais belas histórias de amor da literatura contemporânea, em tempos conturbados

Se algum livro irritou realmente o estalinismo, ele foi "Doutor Jivago", uma história de amor no meio de paisagens nostálgicas e de um regime pouco dado a romantismos. A tal ponto que o autor, Boris Pasternak, acabou expulso das bibliotecas do país e tratado como um demónio na Grande Enciclopédia Soviética.