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QUALIDADE DE VIDA
Pôr as pessoas em primeiro lugar
FÓRUM

Problemas
·A área prevista de expansão urbana no conjunto dos planos directores municipais triplica as necessidades da população portuguesa.

·Foram libertados solos para construção suficientes para albergar 30 milhões de almas. Já existem mais casas do que famílias. Sobretudo no litoral, com especial relevo para a Área Metropolitana de Lisboa.

·Acrescenta-se betão, corta-se nos solos agrícolas, na reserva ecológica, nos espaços verdes.

·As cidades vão perdendo habitantes e as suas periferias vão engordando: a maioria da sua população vive em "dormitórios".

·No que respeita à mobilidade dos utentes das cidades, a situação em Portugal aproxima-se da ruptura. Com o que isso significa em termos de gastos - de tempo, de energia - e de acréscimo de poluição. Felizmente, o saneamento básico conquistou novos lugares.


Propostas
·O planeamento urbano tem que pensar nas pessoas em primeiro lugar.

·As instituições devem dar respostas rápidas às reclamações dos cidadãos e criar condições à sua participação na vida das urbes.

·Os autarcas devem estar em consonância com os munícipes. Estes deverão eleger o ambiente como uma das suas prioridades e avançar com propostas concretas. ·Deixar de ser apenas do "contra", para começar a apontar o que realmente querem.

·É preciso incrementar a consciência cívica.

·Libertar mais espaços para usufruto das populações.



Condenados aos subúrbios
Por Clara Viana
Terça-feira, 02 de Outubro de 2001

Quando descobriu que ia ter quatro faixas de rodagem à porta da sua moradia, Pedro começou por sentir-se defraudado. Sempre vira a casa como um refúgio seguro à agressão a que se sentia submetido quando se deslocava a Lisboa para trabalhar. Coisa que faz todos os dias. Agora ia ter o ruído, os escapes e a insegurança à porta. Protestou. Continua ainda a protestar.

 

Qualidade de vida e qualidade das cidades
Quarta-feira, 3 de Outubro de 2001

A qualidade de vida nas cidades, sendo uma referência constante do discurso político, está também presente, ainda que com entendimentos distintos, nos desejos e aspirações dos utentes dessas cidades. Constitui, no entanto, algo de difícil avaliação, precisamente porque joga com uma dimensão propriamente qualitativa, tanto das cidades, enquanto tais, como das condições e modos de vida das pessoas que habitam, trabalham e circulam nessas mesmas cidades.


Palavra de cidadão
Quarta-feira, 3 de Outubro de 2001

Não se podem travar lutas isoladas. A experiência mostra que as associações, os grupos de moradores, não conseguem grande coisa quando actuam isoladamente. Necessitam de se interligar. Não nos podemos remeter ao nosso cantinho.


 

 

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