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JUSTIÇA
criar uma carreira de defensores públicos
FÓRUM

Problemas
·A forma como funciona o apoio judiciário [nomeação gratuita de um advogado a quem não tem recursos] é a primeira prova da desigualdade do acesso ao sistema judicial. É sintomático que num inquérito recente feito pela Ordem dos Advogados aos presos preventivos, dez por cento dos reclusos digam não saber o nome do seu advogado oficioso, o que espelha o desacompanhamento desta população mais fragilizada.

· Falta de informação que o cidadão tem sobre o que fazem os agentes de justiça com o poder que lhes é delegado.


Propostas
· Criação de uma carreira de defensores públicos, cuja profissão consista em aconselhar e prestar apoio jurídico a quem não tem meios. Isto porque não está garantida o acesso igualitário ao sistema.

·No caso dos magistrados lamenta que o seu desempenho seja, na prática, "avaliado por colegas", considerando importante a sua responsabilização civil efectiva.



Problemas começam no acesso ao sistema
Por Catarina Gomes
Domingo, 09 de Setembro de 2001

O desenho de um diagnóstico da justiça não se limita ao momento em que o processo entra no tribunal. Para muitos, os problemas começam antes, no acesso à justiça, passam pelo tribunal, e continuam depois, quando a decisão foi proferida e já só falta aplicá-la.



Democratizar a justiça

Por PEDRO MAGALHÃES*
Segunda-feira, 10 de Setembro de 2001


A justiça portuguesa não é democrática. O diagnóstico parece demasiado dramático, tendo em conta que a nossa justiça já não é manipulável para fins de repressão política e se ajustou a uma concepção moderna dos direitos cívicos e políticos. Contudo, a Constituição afirma que os tribunais têm a competência para administrar a justiça em nome do povo. Isto significa que o poder de julgar é meramente delegado.


Palavra de cidadão
Segunda-feira, 10 de Setembro de 2001

Conheço um caso de um acidente de trânsito que se arrastou por três anos. Uma questão destas não devia ser tratada como o caso do Vale e Azevedo, de um homicídio ou de um caso de corrupção. Em vez de haver processos que se arrastam em tribunais genéricos, os tribunais deviam estar mais organizados por assunto - uma solução são os tribunais arbitrais - ou por grau de gravidade. É preciso mudar o sistema segmentando-o.

 

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