1922
Guerra civil
1937
A Irlanda adopta uma nova Constituição e muda o nome para Eire.
1949
A Irlanda renuncia ao domínio britânico e declara-se um Estado independente. A
Irlanda do Norte permanece sob o domínio britânico.
1968
Movimento pelos Direitos Civis: A minoria católica da Irlanda do Norte inicia uma
campanha pela igualdade de direitos em relação aos protestantes. Seguem-se distúrbios.
1972
"Bloody Sunday": Milhares de pessoas marcham nas ruas de Londonderry, a
segunda maior cidade do Ulster, a 30 de Janeiro. O Exército britânico mata 14
manifestantes católicos e, passados dois meses, introduz a lei directa.
1974
Em Janeiro, é criada a assembleia da Irlanda do Norte, mas a instituição colapsa
passados quatro meses, depois de uma greve de trabalhadores protestantes contra a divisão
de poderes. A lei directa é reposta.
1984
O IRA coloca uma bomba na conferência do Partido Conservador britânico, matando cinco
pessoas. A primeira-ministra Margaret Thatcher sai ilesa do atentado.
1985
Um acordo anglo-irlandês atribui ao Governo de Dublin poder consultivo na
administração da Irlanda do Norte.
1987
A 8 de Novembro, o IRA coloca uma bomba no centro da cidade de Enniskillen, matando dez
pessoas e ferindo outras 63.
1991
Ataque do IRA ao número 10 de Downing Street (residência oficial do primeiro-ministro
britânico). Não houve feridos.
1993
Em Abril, Gerry Adams e John Hume fazem um comunicado que traça a nova estratégia
nacionalista: todos os irlandeses têm direito à auto-determinação. Em Dezembro, o
Governo britânico oferece aos republicanos do Sinn Féin (braço político do IRA)
assento durante as conversações de paz, com a condição de que o IRA se comprometa a
acabar com a violência. Declaração de Downing Street: A 15 de Dezembro, uma
declaração conjunta do primeiro-ministro britânico, John Major e do seu homólogo
irlandês, Albert Reynolds, compromete-se a deixar que a população da Irlanda do Norte
decida o seu futuro, desde que o IRA assegure a manutenção do cessar-fogo completo.
1994
A 31 de Agosto, o IRA anuncia o cessar-fogo. Passado pouco tempo, os grupos
paramilitares unionistas seguem o exemplo.
1996
Em Fevereiro, o IRA rompe o cessar-fogo, fazendo explodir uma bomba em Docklands,
Londres, matando duas pessoas e ferindo mais de 100. Conversações multipartidárias
acerca do futuro da Irlanda do Norte começam em Junho, em Belfast, mas o Sinn Féin é
excluído.
1997
O IRA anuncia, em Julho, novo cessar-fogo, dois meses depois do Partido Trabalhista de
Tony Blair ter vencido o Partido Conservador de John Major. Seis semanas depois, o Sinn
Féin junta-se, pela primeira vez, às conversações de paz.
1998
A 10 de Abril, é assinado o acordo de "Sexta-feira Santa", entre os Governos
britânico e irlandês e oito partidos políticos da Irlanda do Norte. A 22 de Maio, os
eleitores da Irlanda do Norte aprovam, num referendo, o acordo de paz. A 25 de Junho,
realizam-se eleições para a nova assembleia da Irlanda do Norte: os resultados finais
atribuem 80 lugares parlamentares aos apoiantes do acordo de "Sexta-feira Santa"
e 28 aos oponentes. A 12 de Julho, três crianças católicas são queimadas vivas na sua
casa, durante um ataque bombista, em Ballymoney, County Antrim. A 15 de Agosto, explode
uma bomba num carro em Omagh (Irlanda do Norte), matando 29 pessoas, naquele que foi o
pior ataque isolado em mais de 30 anos de violência. Passados três dias, o Real IRA
reivindica o atentado e declara, um dia depois, novo cessar-fogo. A 14 de Setembro, o
Parlamento da Irlanda do Norte inicia a sua actividade.
1999
A 28 de Junho, as autoridades da Irlanda do Norte proibem uma marcha protestante de
entrar no enclave católico de Drumcree. A 2 de Julho, os Governos britânico e irlandês
anunciam um plano para formar uma coligação governamental na Irlanda do Norte e iniciar
o desarmamento dos grupos paramilitares. A 6 de Setembro, o mediador norte-americano para
o conflito na Irlanda do Norte, George Mitchell, inicia a revisão do processo de paz. O
IRA anuncia, a 17 de Novembro, que está preparado para discutir o desarmamento, a partir
do momento em que seja criado um governo com divisão de poderes na Irlanda do Norte. A 27
de Novembro, os unionistas pró-britânicos apoiam a formação da coligação entre
protestantes e católicos. Passados quatro dias, a Irlanda do Norte tem o seu próprio
Governo, acabando com 27 anos de governação directa de Londres. A 2 de Dezembro, o Reino
Unido transfere parte dos poderes para uma coligação governamental entre protestantes e
católicos. Londres mantém controlo sobre a Defesa, a Política Externa, a polícia e as
prisões. O novo Executivo, chefiado por David Trimble, líder do Partido Unionista do
Ulster (UUP), é composto por cinco representantes protestantes - três do UUP e dois do
Partido Democrático do Ulster (DUP) - e cinco católicos - três do Partido
Social-Democrata e Trabalhista (SDLP) e dois do Sinn Féin.
2000
A 6 de Fevereiro, explode uma bomba num hotel em County Fermanagh, na Irlanda do Norte.
O Continuity IRA reivindica o ataque. Passados dois dias, o Governo britânico prepara os
alicerces para restaurar a lei directa sobre a Irlanda do Norte. A 11 de Fevereiro, o
ministro britânico para a Irlanda do Norte, Peter Mandelson, suspende o Executivo da
província. A 16 de Fevereiro, o Sinn Féin e o Partido Unionista encontram-se,
separadamente, com Tony Blair e Bertie Ahern, mas não se registam avanços no processo de
paz.