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11 Novembro 2024 - 11h02
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NÓS

1 3 2 1... Jazz!
José Duarte
25 Maio
2 Louis Armstrong
Hugo Alves
2 Junho
3 Piano
Bernardo Sasseti
9 Junho
4 Flauta
Paulo Curado
16 Junho
5 Eric Dolphy
Hernâni Faustino
23 Junho
6 Voz Masculina
Kiko
30 Junho
7 Trompete
Laurent Filipe
7 Julho
8 ‘Dizzy’ Gillespie
Hugo Alves
14 Julho
9 Contrabaixo
Nelson Cascais
21 Julho
10 Sax Alto
Jorge Reis
28 Julho
11 ‘Duke’ Ellington
Pedro Guedes
4 Agosto
12 Trombone Claus
Nymark
11 Agosto
13 Guitarra
Mário Delgado
18 Agosto
14 Miles Davis
João Moreira
25 Agosto
15 Blues
Silas Oliveira
1 Setembro
16 Sax Soprano
Paulo Curado
8 Setembro
17 Ornette Coleman
Pedro Moreira
15 Setembro
18 Voz Feminina
Fátima Serro
22 Setembro
19 Big Band
Jorge Costa Pinto
29 Setembro
20 Charlie Parker
José Luís Rego
6 Outubro
21 Composição
António Pinho Vargas
13 Outubro
22 Sax Barítono
Rodrigo Amado
20 Outubro
23 Thelonious Monk
Mário Laginha
27 Outubro
24 Clarinete
Paulo Gaspar
3 Novembro
25 Arranjo
Jorge Costa Pinto
10 Novembro
26 John Coltrane
Mário Santos
17 Novembro
27 Sax Tenor
Carlos Martins
24 Novembro
28 Solo
Bernardo Moreira
1 Dezembro
29 Albert Ayler
Pedro Costa
8 Dezembro
30 Bateria Bruno Pedroso
15 Dezembro
31 Jazz Português Sérgio Gonçalves
22 Dezembro

 

 

Dizzy de “estonteante” e não de “tonto”. Diz-nos Miles Davis na sua biografia que, se Charlie Parker representava o espírito do be-bop, Dizzy representaria simultaneamen-te as mãos e a cabeça, pelo simples facto de que, para além da dupla que fez durante muito tempo com Charlie Parker, até Miles Davis lhe tomar progressivamente o lugar, foi um dos principais (senão o principal!) mentores do be-bop, e que muito contribuiu para que fosse registado como forma e linguagem de aproximação à improvisação no jazz, marcando o início do jazz moderno.

Jazz é música de excitação, e Dizzy Gillespie é um dos maiores exemplos disso mesmo. Sobre a sua vida existem vários livros. Vários, porque muito há para contar, e muito ficou decerto por contar. Dizzy não faz só parte da história do jazz, ele é ela própria. No entanto foi sempre uma pessoa modesta no que toca às suas contribuições para o be-bop e para o jazz.

Dizzy era músico autodidacta, mas sabia bem da matéria em causa. Demonstrava, na prática, conhecimentos de harmonia que muitos outros não faziam ou conseguiam. Foi um dos primeiros a revelar a importância da aprendizagem do piano para os instrumentistas de sopro, pela razão que a percepção auditiva dos acordes mudaria a forma como tocam, porque mudaria a forma como olham para um dado tema, e como o ouvem. Ele próprio o diz num registo televisivo do programa Jazz Casual nos anos 50. Miles também o refere. As sessões depois dos concertos até altas horas, ou simples jam sessions serviam para Dizzy “espalhar a palavra”, colocar em discussão, experimentar, e em particular explorar novos motivos rítmicos e os novos temas que nasciam. Passou também esses conhecimentos e conclusões ao papel, escrevendo textos de teoria da música, uma inovação que permitiu o início de um legado para todos os músicos de jazz, e para que o be-bop fosse a base de todo o futuro de uma linguagem. Há quem diga que tudo de facto começa no be-bop. O tal jazz dito “moderno”.

Dizzy convidou muitos músicos a participar nesta nova euforia, que levou particularmente os músicos negros à 52nd Street de Nova Iorque, onde se viriam a gerar misturas e confusões, negras e brancas, indesejáveis à luz da segregação existente. (...) O colorido latino patente nos concertos de Dizzy veio também a demonstrar o lado de entertainer de Dizzy, que fazia o jazz parecer afinal uma música fácil. A sua figura ajudava: as enormes bochechas ao soprar o trompete, o trompete com a campânula dobrada para cima. Desta campânula dobrada muito se diz, que terá sido “por um azar” num concerto ou jam, ou propositadamente também se diz. Seja como for, Dizzy disse um dia que também ajuda o som a chegar mais rapidamente aos ouvidos do público. Ele lá sabia! (...)

 

FAIXAS DO CD OFERECIDO COM O VOLUME

01 > An Oscar for Treadwell
02 > I let a song go out of my heart
03 > Manteca
04 > Pretty eyed baby
05 > Bebop
06 > Whisper not
07 > The eternal triangle
08 > Groovin’ high
09 > Tour de force


   


José Duarte dispensa apresentações. Ainda assim, arriscamos a difícil tarefa de compilar aqui o essencial de uma vida inteira, ainda e sempre incompleta, ainda e sempre dedicada ao jazz e à música.

 


História do Jazz
Nascido do blues, das work songs dos trabalhadores negros norte-americanos, do negro spiritual protestante e do ragtime, o jazz passou por uma extraordinária sucessão de transformações no século XX. É notável como essa música se modificou tão profundamente durante um período de apenas um século.

 

Elementos do Jazz
Muito já se escreveu sobre a dificuldade de se definir o jazz. Uma corrente de pensamento afirma que o jazz não é o que se toca, mas sim como se toca. De qualquer modo, pode-se afirmar com certa confiança que dois elementos são absolutamente necessários numa performance de jazz: o swing e a improvisação.

 

História do Jazz Dance
O Jazz é uma forma de expressão pessoal criada e sustentada pelo improviso. Na sua origem a Dança Jazz tem raízes essencialmente populares. Com uma evolução inicial paralela à da música Jazz, surgiu nos E.U.A no final do século passado. Pode-se afirmar, inclusive,  que nasceu diretamente da cultura negra .