Quarta-feira,
01 de Dezembro

 

Mulherzinhas, americanas e independentes

Meg, Jo, Beth e Amy discutem a melhor forma de fazer caracóis com papelotes, mas também a independência da mulher americana. É o primeiro volume do clássico de Louisa May Alcott.

Logo nas primeiras páginas de “Mulherzinhas”, Louisa May Alcott conversa com os seus “leitores jovens”, afirmando que eles gostam de conhecer as pessoas com quem vão lidar. É o momento em que o narrador (aqui omnisciente) aproveita a ocasião para dar uma ideia das quatro irmãs, as “mulherzinhas” que dão o título ao romance da autora.

Fá-lo pela ordem de idades destas jovens americanas do século XIX: “Margarida, a mais velha das quatro irmãs, tinha dezasseis anos. Era uma linda rapariga...”, “Jo, de quinze anos, era muito alta, magra e morena e lembrava um poldro”, Beth “era uma rapariguinha de treze anos, acanhada”, “Amy, embora fosse a mais nova, era a pessoa mais importante da família, pelo menos no seu conceito”.


 

As quatro mulherzinhas de Louisa May Alcott

“Mulherzinhas” conta a história das quatro irmãs March. É vista como a melhor obra da “romancista das crianças”. Amanhã, publicamos o primeiro volume

“Mulherzinhas” é considerado um dos primeiros romances realistas escrito para adolescentes. Este clássico da literatura juvenil é baseado na vida da própria autora, Louisa May Alcott, e conta a história de quatro irmãs que vivem na Nova Inglaterra do século XIX.


 

"Mulherzinhas"

Quando o marido parte para combater na Guerra Civil dos Estados Unidos da América, Marmee tem de educar sozinha as quatro filhas até elas se tornarem “mulherzinhas”. Este é o ponto de partida do romance escrito pela americana Louisa May Alcott em 1868 e que dá pelo nome de “Mulherzinhas”.





Livros que nos transportam para o plano da aventura da fantasia, da descoberta e da ficção, apelando à imaginação de cada leitor para criar as imagens, as personagens e os cenários.

PERFIL

Quem é Louisa May Alcott?

“Nunca gostei muito de histórias sobre raparigas, nem sequer conheci muitas, para além das que vivi e aprendi com as minhas irmãs. Talvez as nossas experiências se revelem interessantes, mas tenho algumas dúvidas…” As palavras são de Louisa May Alcott e expressam os seus sentimentos quando foi convidada pelo seu editor, Thomas Niles, a escrever “Mulherzinhas”. Ironia das ironias, o livro sobre as dúvidas e as paixões de quatro irmãs — que é considerado autobiográfico — tornou-se um “best-seller” e foi traduzido para várias línguas. Louisa May Alcott nasceu nos arredores de Filadélfia em 1832. Teve três irmãs, Anna Bronson Alcott, Elizabeth Sewall Alcott e Abba May Alcott. Desde criança revelou uma grande paixão pela escrita e ocupava os tempos livres a fazer pequenos teatros com as suas irmãs. O pai era filósofo e professor, defendendo métodos de ensino pouco convencionais para a época, como o prazer pela aprendizagem e o envolvimento dos estudantes. O ambiente de liberdade de opinião em que foi criada influenciou o seu modo de ver a vida e explica a participação em movimentos feministas. A carreira de Louisa May Alcott como escritora trouxe segurança económica à família, que sempre vivera na pobreza. Publicou mais de trinta livros. Morreu em Boston, em 1888, dois dias depois da morte do seu pai.