Sócrates quer maioria absoluta já para vencer em 2006
M.J.O.
Primeiro,
José Sócrates esquivou-se à questão,
não respondendo concretamente sobre qual a importância
de ser eleito secretário-geral do PS com maioria absoluta,
evitando, assim, uma segunda volta das eleições. Depois,
lá foi dizendo que seria muito importante que o próximo
líder do PS tivesse uma maioria absoluta, explicando que
tal resultado daria um sinal de uma escolha clara no PS.
Foi, no entanto, Jaime Gama, um dos seus apoiantes,
quem explicitou o desejo desta candidatura: É importante
que José Sócrates tenha uma maioria absoluta à
primeira volta, afirmou, argumentando que este resultado pode garantir
a vitória do partido, com maioria absoluta, nas eleições
de 2006. É uma primeira etapa para ter maioria absoluta nas
legislativas. Gama falava antes de um almoço que a candidatura
de Sócrates planeou com um grupo de fundadores do PS, ontem,
na York House, em Lisboa. Entre os convidados encontravam-se António
Reis, António Campos, Arons de Carvalho, Nuno Godinho de
Matos e Roque Lino.
Sócrates preferiu não apontar uma
estimativa para as eleições, optando por relevar que
o partido sai mais forte com o debate interno decorrido ao longo
de quase dois meses. Mas não escondeu que teve de fazer um
grande esforço para não responder às picardias
que diz terem acontecido no início da campanha. Sem fazer
referências ao seus adversários, Manuel Alegre e João
Soares, o candidato não esclareceu se a sua candidatura poderá
ou não beneficiar do voto útil dos militantes socialistas,
dizendo apenas que o PS nunca foi da esquerda retórica e
nunca foi um partido que se limitasse a declamar valores. |