Alegre denuncia ameaças e avisa contra violência
C.P.
O candidato Manuel Alegre lamentou que alguns socialistas
estejam a sofrer ameaças e a correr riscos por apoiarem a
sua candidatura e deixou um aviso: Quem tocar num só dos
militantes que me apoiou toca em mim e toca em todos nós
e isso criará uma situação muito difícil
dentro do Partido Socialista.
No discurso que marcou ontem o encerramento da
sua campanha, e perante mais de 300 pessoas reunidas no Hotel Altis,
Manuel Alegre considerou que acabou o tempo das sedes fechadas (…)
dos silêncios impostos e das bocas caladas dentro do PS. Alegre
afirmou que se for eleito secretário-geral do PS tomará
medidas imediatas para democratizar o partido,
O candidato considerou que sejam quais forem os
resultados do congresso, a dinâmica criada pela sua candidatura
dentro e fora do Partido Socialista não vai parar, e identificou
a criação de listas em todo o país como a primeira
grande vitória política da sua candidatura. O facto
de haver listas em todo o país significa que o medo começou
a acabar e que este movimento foi também (…) um movimento
de libertação, acrescentou, mais tarde. A reforma
interna do partido, no sentido de uma maior democratização
e abertura é, segundo defendeu, essencial.
Englobando no conceito de direita os poderes económico
e mediático, Manuel Alegre considerou que a direita quis
e quer que Sócrates seja o próximo secretário-geral
do PS.
Alegre iniciou o seu discurso propondo que o
PS apresente no Parlamento um programa de emergência para
a qualidade da escola pública, que, segundo defendeu, está
a sofrer um grande ataque. |