Eleição hoje e amanhã, congresso no próximo fim-de-semana
J.P.H.
O número de militantes do PS ronda os 73 mil. No entanto, o número de militantes com direito a voto para o congresso deverá ser substancialmente menor. Só votam os que regularizaram o pagamento das quotas até ao fim do primeiro semestre deste ano. Esse pagamento poderá ocorrer até minutos antes da votação, por vários meios, multibanco nomeadamente. Calcula-se que o universo de militantes com direito a voto seja, no mínimo, superior a 30 mil militantes. Estão espalhados por cerca de 700 assembleias de voto espalhadas pelo país todo e até nalgumas comunidades emigrantes.
Está em causa a eleição de um secretário-geral de entre três candidatos. No sábado à noite, deverá ser anunciado o resultado final, mas resultados parciais (e não oficiais) poderão começar a ser divulgados já hoje ao fim do dia, visto que em vários locais — sobretudo nos núcleos organizados de trabalhadores — será hoje que as assembleias de voto reunirão. Se o resultado impuser a necessidade de uma segunda volta, ela ocorrerá dia 29, quarta-feira. Poderá ser de dimensão nacional (entre os dois candidatos mais votados se nenhum dos concorrentes à liderança obtiver mais de 50 por cento dos votos) ou de dimensão local, em virtude de problemas locais. Está também em causa a eleição de cerca de 1600 delegados que representarão as várias candidaturas no congresso, nos próximos dias 1, 2 e 3, em Guimarães. Não há números oficiais sobre quantas candidaturas locais foram apresentadas em nomes dos candidatos à liderança. Calcula-se que a mais abrangente será a de José Sócrates, seguida da de Manuel Alegre e, por fim, João Soares.
O congresso elegerá, por método de Hondt, a comissão nacional (CN), órgão máximo entre congressos, e a comissão de jurisdição nacional. A CN reunir-seá depois do congresso e elegerá a comissão política nacional (CPN), também por método de Hondt. Finalmente, o secretáriogeral proporá à CPN uma lista para o seu secretariado nacional, o órgão executivo do partido. No congresso estará também em causa a aprovação da moção global, que constituirá o “programa de governo” do PS no próximo biénio. Apresentaram-se cinco: uma por cada um dos candidatos à liderança e duas “independentes” . |