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TOXICODEPENDÊNCIA
Prevenir uso da droga sem diabolizar
FÓRUM
Problemas
·Os estudos para apurar o número de consumidores
problemáticos e o grau de prevalências dos consumo
de drogas na população portuguesa continuam em curso
e o recente frenesim legislativo na área da droga radica
num desconhecimento sobre o fenómeno em Portugal.
·Um trabalho recente veio informar que um
terço dos estudantes do ensino superior já
experimentaram alguma substância ilícita e que este
contacto se encontra difundido por todo o território.
Propostas
· Dar mais importância à prevenção,
sublinhando que não pode assentar em estratégias geradoras
do medo que diabolizam a droga, que podem suscitar a curiosidade
mais do que dissuadir o seu consumo. O recém-aprovado Regime
Geral da Política de Prevenção Primária
das Toxicodependências vem ao encontro desta necessidade.
·Inclusão da temática da droga
nos currícula escolares. Mas, como muitos outros aspectos
deste diploma, reina a indefinição: não se
explica como e quando será feita esta inserção.
Os próprios pais devem exigir da escola formação
nesta área desde o 1º ciclo, com a devida adequação
dos conteúdos a cada grau de ensino.
Falta
informação sobre o universo da toxicodependência
Por Carlos Pessoa
Domingo, 30 de Setembro de
2001
"Ninguém está hoje
em condições de dizer quantos toxicodependentes existem
em Portugal". José Sócrates, então ministro
adjunto do primeiro ministro, admitia-o numa cerimónia, há
mais de três anos, em que se formalizavam protocolos para
a elaboração de dois estudos. Objectivo: conseguir
uma estimativa do número de consumidores problemáticos
de droga e uma avaliação da prevalência do consumo
de drogas na população em geral.
Intervenções
na toxicodependência
Por Jorge Negreiros*
Segunda-feira, 1 de Outubro de 2001
As dificuldades em suster o aumento do consumo
de drogas em diferentes pontos do globo, tem conduzido, um pouco
por toda a parte, a um questionamento global das medidas destinadas
a controlar este grave problema com que as sociedades actuais se
confrontam. Discutem-se estratégias, técnicas específicas,
modelos e políticas de intervenção. O início
deste século parece, com efeito, caracterizar-se pela procura
de soluções para lidar com o problema do abuso de
drogas e da toxicodependência que se mostrem mais eficazes
do que as que foram ensaiadas no passado.
Palavra
de cidadãos
Segunda-feira, 1 de Outubro de 2001
Há uma atitude a ter em relação
aos toxicodependentes: não marginalizar. Não podem
ser marginalizados por serem vistos como o mal, mas também
não têm que ser totalmente desresponsabilizados por
serem doentes. Ao mesmo tempo, não podemos esquecer que os
toxicodependentes não são só as pessoas que
se injectam. Há tanta gente que é dependente de calmantes,
por exemplo.
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