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“O
Túnel”,
de Ernesto Sábato
O romance
do escritor argentino integra-se formalmente no cânone
romanesco existencialista, mas tem a singularidade de
escapar ao gélido e apocalíptico
negativismo sartriano.
Poucos anos depois de Ernesto
Sábato
ter escrito “O Túnel” tornouse uma banalidade
dizer que Buenos Aires deu ao mundo três geniais escritores:
Jorge Luis Borges, Júlio Cortázar e Ernesto
Sábato. (TEXTO)
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O existencialista
suave
O ano de 1943 é decisivo na vida
de Ernesto Sábato. O mundo rasgava
todas as suas entranhas com a devastação da II Guerra Mundial
e Sábato atravessava uma crise existencial que resultava do antagonismo
profundo entre a sua formação de homem da ciência (doutorou-se
em Física) e uma consciência aguda da degradação
moral da condição humana, que o levou a estudar também
filosofia. Chega mesmo a pensar suicidar-se, mas acaba antes a pôr fim à sua
condição de cientista e a dedicar-se em definitivo às artes
das letras e da pintura, o que acontece plenamente dois anos depois.(TEXTO)
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“Sou um franco-atirador.
Tenho com a literatura a mesma relação que um
guerrilheiro pode ter com o exército regular. Não
sou um escritor profissional. Detesto a literatura e os literatos.” |
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Ernesto
Sábato |
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