”Crime e Castigo”, de Fiódor Dostoiévki
É um caso moderno, “próprio dos nossos tempos”, o de Rodion Ráskolnikov. Comete um crime – um duplo-homicídio. E sabemos também à partida que sofrerá um castigo. Mas as suas grandes tragédias são a complexidade e as contradições interiores que fazem dele, no século XIX, um homem do século XXI.
Borges dizia que, como o momento em que encontramos pela primeira vez o amor ou a primeira visão que temos do mar, “a descoberta de Dostoiévski marca uma data memorável na nossa vida”,– ler um livro seu, qualquer um deles, “é penetrar numa grande cidade, que ignoramos, ou na sombra de uma batalha”. “Crime e Castigo” está entre as maiores dessas batalhas, a sua sombra é, por isso, também imensa.

 
 

Fiódor Dostoiévski
O Purgatório aqui, na terra

A 23 de Abril de 1849, o escritor Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski (Moscovo, 1821 - S. Petersburgo, 1881) é preso sob suspeita de conjura revolucionária por pertencer ao grupo socialista Petrashevski. Com ele são detidos outros 122 suspeitos - todos são condenados à morte.
Até ao dia marcado para a execução da sentença, o escritor terá vivido como os condenados que descreve: num limbo, quase estático sobre uma nesga de terra com precipícios em fundo, agarrado com força a não mais que uma palha de vida.

 


Moscovo onde nasceu Fiódor Dostoiévski


Pais de Fiódor Dostoiévski


Quatro anos na Sibéria


Livro "Crime e Castigo"


Fiódor Dostoiévski morto


St. Petesburgo
onde Dostoevski morreu