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“Admirável
Mundo Novo”,
de Aldous Huxley
No mundo admirável de Aldous Huxley joga-se bridge
musical e golfe de obstáculos, ouve-se música
sintética e vai-se ao cinema perceptível. Aqui,
as pessoas tomam “soma” para se evadirem do quotidiano.
Não que se sintam cansadas ou infelizes – no
“Admirável Mundo Novo” isso não
existe, porque todos foram condicionados em centros de incubação
para nunca o sentirem.
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Aldous Huxley
Deus não é compatível com as máquinas
Num edifício cinzento, o director
do centro de incubação guia os alunos –
provavelmente de casta Alfa – pelas instalações,
exibindo as maravilhas do processo Bokanovsky. Estamos em 623
A.F., iniciais de “After Ford”, que é o mesmo
que dizer depois de Ford, ou depois do modelo T de Henry Ford.
O director explica: “Um ovo, um embrião, um adulto:
o processo normal. Mas um ovo bokanovskizado tem a propriedade
de germinar, de proliferar, de se dividir. Desenvolvem-se assim
noventa e seis seres humanos onde antes apenas se desenvolvia
um só. O progresso.” |
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Surrey, Inglaterra
Mãe de Aldous Huxley
Pai de Aldous Huxley
Balliol College em Oxford
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