O Nome da Rosa
Umberto Eco


 


"O Nome da Rosa", de Umberto Eco
Crime e mistério em tempos medievais
M.T.S.

Uma série de homicídios numa abadia do norte da Itália, nos finais da Idade Média, levam Guilherme de Baskerville e o seu discípulo Adso de Melk a investigar um enigma que tem como pano de fundo os livros da biblioteca mais completa da cristandade. "O Nome da Rosa", que é o primeiro volume a ser lançado no âmbito da colecção Mil Folhas, colocou Umberto Eco, também conhecido pela sua proeminência na área da semiótica, entre os escritores de ficção mais lidos do século XX. O livro, publicado em 1980, foi um verdadeiro fenómeno de vendas, além de servir de base para a adaptação cinematográfica de Jean-Jacques Annaud, seis anos mais tarde.
Documento histórico dos tempos medievais, retratando o quotidiano dos monges de uma abadia e as querelas religiosas que se faziam sentir fora desse microcosmos, "O Nome da Rosa" contém ainda todos os elementos de um romance policial, onde o suspense, as ambiguidades e o mistério se misturam na perfeição com uma linguagem tão viva como erudita.
A biblioteca encerra a chave de todos os segredos e crimes que ocorrem ao longo das páginas da obra, ocultando em particular um livro proibido, o segundo volume da Poética de Aristóteles, supostamente sobre o riso. Considerado já como um clássico da literatura contemporânea, "O Nome da Rosa" é um livro capaz de prender e fascinar um vasto conjunto de leitores, não só pelo enredo e pela forma como a história é contada, mas também pela actualidade que encerra, ao destacar a existência de textos perigosos e as respectivas tentativas de eliminação e de proibição.