Biografia de Umberto Eco
Umberto Eco nasceu a 5 de Janeiro
de 1932 em Alessandria, no Piemonte (Itália),
uma cidade fundada em 1168, de grande importância
militar e história conturbada, conhecida hoje
em particular pela sua indústria de chapelaria
- foi onde nasceu o "Borsalino".
Eco estudou na Universidade de Turim, onde começou
por se inscrever em Direito mas onde acabaria por se
dedicar à literatura e à filosofia medieval.
Foi aí que se doutourou em 1954, com uma tese
sobre S. Tomás de Aquino. Trabalhou como editor
de Cultura na televisão, deu aulas na Universidade
de Turim de 1956 a 1964 e seguidamente em Florença
e Milão, para se tornar em 1971 professor na
Universidade de Bolonha.
Os seus primeiros trabalhos situam-se na área
da estética ("Opera aperta", 1962)
mas depressa alarga a sua área de interesse à
teoria da literatura, aos estudos de comunicação,
à sociologia da cultura e, principalmente, à
semiótica ("A Theory of Semiotics",
1976; "Semiotics and the Philosophy of Language",
1984).
Escritor e investigador prolífico, a sua obra
estende-se da crítica literária à
ficção. Os seus livros conheceram diversas
traduções e as suas múltiplas colaborações
na imprensa italiana (em particular na revista "L'Espresso"
e no diário "Repubblica") grangearam-lhe
uma popularidade considerável, devido nomeadamente
ao seu interesse pelos temas da cultura popular, dos
filmes de Walt Disney à banda desenhada e ao
mito de James Bond, que analisou com agudeza e ironia
nos seus textos.
A fama mundial viria porém com a publicação
do seu primeiro romance, "O Nome da Rosa",
em 1980. O livro, uma apaixonante história de
detectives passada num mosteiro italiano do século
XIV, recheado de referências histórias,
filosóficas e literárias sub-reptícias
ou semi-explícitas que fizeram a delícia
de milhares de leitores (e que alimentaram a publicação
de vários "guias de leitura" do romance),
tem como protagonista um monge inspirado em Sherlock
Holmes, William de Baskerville.
A popularização de Eco foi acelerada pela
passagem do "Nome da Rosa" ao cinema por Jean-Jacques
Annaud, em 1988, num filme onde Baskerville era protagonizado
por Sean Connery.
Além de "O Nome da Rosa", Eco escreveu
três outros romances: "O Pêndulo de
Foucault" (1988), "A ilha do dia antes"
(1994) e "Baudolino" (2000), todos editado
em Portugal.
Os seus textos jornalísticos estão reunidos
em "Diário Mínimo" (1963), "O
segundo Diário Mínimo" (1990) e "La
bustina di Minerva" (2000).
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