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Sócrates confiante nos mecanismos para conter o aquecimento global em 2ºC até 2050

Lusa, 19 de Dezembro de 2009

Em relação às metas de redução de gases com efeito estufa, o primeiro-ministro particularizou o objectivo da União Europeia, que terá uma redução de 30 por cento até 2020 relativamente a 1990
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Jornalistas acompanham o discurso do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, esta manhã na conferência de Copenhaga. Os líderes mundiais tentam romper o impasse, a escassas horas do encerramento do encontro. Foto: Ints Kalnins/Reuters

Vários países já disseram o que estão dispostos a fazer para combater as alterações climáticas
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José Sócrates disse esta madrugada acreditar que os mecanismos acordados para a redução das emissões poderão limitar o aquecimento global do planeta em dois graus centígrados até 2050 e considerou “prematuras” as contas que apontam para temperaturas superiores.

O primeiro-ministro português assumiu esta posição no final da cimeira mundial do clima, durante uma conferência de imprensa em que foi confrontado com um estudo das Nações Unidas, segundo o qual, com as reduções previstas em Copenhaga, não se conseguirá atingir o limite de dois graus de aumento da temperatura média global em 2050.

Ainda de acordo com esse estudo das Nações Unidas, o aumento da temperatura média, também partindo das reduções de emissões de gases com efeito de estufa acordadas em Copenhaga, será na ordem dos três graus e não de dois como prevê o compromisso político.

José Sócrates respondeu contrapondo que a proposta de acordo prevê que as mitigações nas emissões atmosféricas “serão de tal forma que a subida da temperatura só atingirá dois graus centígrados” em 2050.

“Claro que ficámos desapontados com o facto de não ter ficado expressamente consagrada a redução das emissões de gases com efeito de estufa em 50 por cento até 2050. Mas não estão ainda identificadas todas as contribuições dos países para a mitigação”, advertiu o primeiro-ministro.

Por esta perspectiva, segundo Sócrates, “as acções dos países desenvolvidos poderão levar a que essas contas [das Nações Unidas) se venham a revelar prematuras”.

“Estou convencido que, quando todos os quadros estiverem preenchidos, o conjunto dos países não deixará de fazer a análise científica das reduções e assim se antija o limite máximo de dois graus centígrados para o aquecimento do globo”, sustentou.

Após o anúncio do compromisso político de Copenhaga - que surgiu na sequência de uma reunião entre o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao -, um conjunto de países em vias de desenvolvimento colocou já de madrugada em causa alguns dos princípios do entendimento.

De acordo com o primeiro-ministro português, essas divergências, “entretanto ultrapassadas”, diziam respeito à necessidade de uma meta mais ambiciosa sobre a subida das temperaturas no mundo.

“Este texto fica aquém das expectativas de vários países, designadamente da União Europeia, mas a alternativa era haver ou não haver acordo. Eu acho que é melhor para o mundo haver um acordo tímido, como é o caso, do que não haver acordo nenhum, porque isso significaria um retrocesso ambiental muito significativo”, argumentou.

Interrogado sobre os mecanismos de financiamento previstos no compromisso de Copenhaga, o líder do executivo português referiu que os países desenvolvidos contribuirão com 30 mil milhões de dólares até 2012.

“A partir de 2012, até 2020, o financiamento terá de atingir um montante de 100 mil milhões de dólares. Haverá a possibilidade de os países depositarem dinheiro no fundo em vez de financiarem directamente acções com os países em desenvolvimento”, observou ainda José Sócrates.

Em relação às metas de redução de gases com efeito estufa, o primeiro-ministro particularizou o objectivo da União Europeia, que terá uma redução de 30 por cento até 2020 relativamente a 1990.

“Isto significa a maior redução de todos os blocos políticos. Todos os países tem indicado neste acordo as reduções, com datas diferentes é certo, mas todas elas apontam para reduções. Claro que estes números não me deixam satisfeito, porque gostaria que outros países tivessem acompanhado as metas ambiciosas da União Europeia”, defendeu Sócrates.

Neste contexto, Sócrates especificou que gostaria que “a China e a Índia tivessem ido mais longe” na disposição de aceitar mecanismos mais aprofundados de combate ao aquecimento global.

“Mas houve também o exemplo positivo do Brasil, que tem uma proposta acima da expectativa por parte dos países desenvolvidos. O Brasil pretende reduzir as emissões (relativamente ao cenário da ausência de tomada de medidas) em mais de 35 por cento, o que constitui um avanço”, apontou o primeiro-ministro.




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