O Brasil está disposto a contribuir financeiramente para apoiar os países mais pobres a enfrentarem os desafios do aquecimento global, disse ontem o Presidente Lula da Silva, na cimeira climática de Copenhaga.
Lula da Silva considerou-se “frustrado” com a dificuldade de progresso nas negociações para um novo tratado global para as alterações climáticas. “Se for necessário fazer um sacrifício a mais, o Brasil está disposto a colocar dinheiro também para ajudar os outros países mais pobres”, referiu o Presidente do Brasil, que passa a ser o primeiro país em desenvolvimento a admitir contribuir para um fundo global contra as alterações climáticas.
Lula da Silva foi incisivo quanto à necessidade de haver financiamento para os países em desenvolvimento, sobretudo com verbas do mundo industrializado. “O dinheiro que vai ser colocado na mesa é o pagamento pelas emissões de gases com efeito de estufa por quem, durante dois séculos, teve o privilégio de se industrializar primeiro”, afirmou Lula.
O Presidente brasileiro manifestou, ainda, preocupação com a forma como poderá ser feita a verificação dos compromissos de controlo de emissões dos países em desenvolvimento. Lula disse que os países que dão o dinheiro “têm o direiro de exigir transparência”, mas que é preciso “tomar muito cuidado com esta intrusão nos países em desenvolvimento e nos países mais pobres”.
“A experiência que temos, seja do FMI seja do Banco Mundial, nos nossos países não é recomendável no século XXI”, explicou.
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