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Obama mantém metas de redução de emissões de CO2

Ricardo Garcia, 18 de Dezembro de 2009

Barack Obama
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Jornalistas acompanham o discurso do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, esta manhã na conferência de Copenhaga. Os líderes mundiais tentam romper o impasse, a escassas horas do encerramento do encontro. Foto: Ints Kalnins/Reuters

Vários países já disseram o que estão dispostos a fazer para combater as alterações climáticas
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O Presidente Barack Obama mantém as mesmas promessas de redução de emissões de CO2 já feitas pelos Estados Unidos e consideradas insuficientes pela União Europeia e por países em desenvolvimento.

Num discurso esta manhã na cimeira climática de Copenhaga, Obama referiu as metas de 17 por cento de redução até 2020, em relação da 2005, a aumentar para mais de 80 por cento até 2050.

“A América fez a sua escolha”, disse Obama. “Faremos o que dizemos”, disse Obama. “As nossas acções de mitigação [das alterações climáticas] são ambiciosas e não estamos a tomá-las em função de compromissos internacionais”, acrescentou, referindo que os esforços são essenciais para, entre outros aspectos, criar empregos e aumentar a competitividade da economia norte-americana.

Num momento decisivo, em que chefes de Estado e de governo tentam chegar a um acordo sobre o próximo passo contra as alterações climáticas, o presidente norte-americano manifestou dúvidas sobre o resultado da cimeira, em termos de esforço colectivo global.

“Não vim aqui para falar, vim para agir”, referiu. Para os Estados Unidos, um acordo em Copenhaga deve conter três pontos. Em primeiro, compromissos das maiores economias do mundo – incluindo países em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil – para reduzir ou controlar as suas emissões. “Todas as maiores economias têm de avançar com compromissos significativos”, afirmou.

Em segundo, tem de haver um mecanismo de verificação destes compromissos. Sem isto, disse o Obama, um acordo em Copenhaga “constituiria apenas palavras vazias numa folha de papel”.

Os países em desenvolvimento, no entanto, não estão completamente abertos à ideia de uma auditoria externa aos seus compromissos e este tem sido um dos principais pontos de bloqueio das negociações. Antes de Obama, o presidente brasileiro, Lula da Silva, alertou para o perigo de “intrusão” na soberania dos países em desenvolvimento. “A experiência que temos seja do FMI seja do Banco Mundial nos nossos países não é recomendável no século XXI”, afirmou Lula, no seu discurso.

Uma solução de compromisso está a ser tentada num documento em discussão entre os chefes de Estado e de governo.

O terceiro ponto referido por Obama é o do financiamento aos países mais pobres. Uma versão do texto de compromisso fala de 30 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros) entre 2010 e 2012 e de 100 milhões de dólares (70 mil milhões de euros). Lula da Silva anunciou ontem que o Brasil está disposto a contribuir. É o primeiro país em desenvolvimento a fazê-lo.

Barack Obama disse que “o tempo para a conversa acabou” e que é hora de chegar a um acordo. “Estamos prontos para o fazer hoje. Mas é preciso que haja mobilização por parte de todos”, afirmou.




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