A União Europeia não é o problema da cimeira climática de Copenhaga, disse hoje o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa.
Segundo o governante, que está na capital dinamarquesa juntamente com a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, a UE está disposta a reduzir em 30 por cento as suas emissões de carbono até 2020 e defende o Protocolo de Quioto.
Os países em desenvolvimento estão descontentes com a cimeira, tanto pelas promessas de redução de emissões dos países desenvolvidos, quanto pelo possível desaparecimento de Quioto, em favor de um novo tratado climático global. “O problema não é a UE nesta cimeira”, afirmou Humberto Rosa.
“Não há maior defensor do Protocolo de Quioto do que a UE”, acrescentou o secretário de Estado. O que a Europa deseja é um acordo global que inclua a essência de Quioto, o qual, sozinho, não resolverá o problema climático, segundo Humberto Rosa. “A UE não embarcará apenas em mais um período de cumprimento de Quioto”, disse.
A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, relativizou as críticas dos países em desenvolvimento, que não querem discutir um novo texto que será apresentado pela presidência da cimeira, quando outros vinham sendo negociados desde a semana passada e até à madrugada de hoje.
Dulce Pássaro considera normal que surja um novo documento, preparado pela presidência, sintetizando o que já vinha de trás. “Em processos dessa natureza, não se pode estar a trabalhar em textos com todos os participantes”, disse Dulce Pássaro, considerando este procedimento improdutivo.
A ministra negou, ainda, que a substituição, hoje, de Connie Hedegaard da presidência da cimeira pelo primeiro-ministro dinamarquês Lars Lokke Rasmussen, tenha um sentido negativo. “Ela fez uma boa condução do processo”, afirmou a ministra. A substituição, segundo Dulce Pássaro, já estava previamente acordada para ocorrer nessa altura, em que a cimeira passa para o nível de líderes mundiais.
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