O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen, assumiu hoje a presidência da conferência climática das Nações Unidas de Copenhaga (7 a 18 de Dezembro), substituindo a ministra do Ambiente Connie Hedegaard.
Esta alteração, classificada com técnica pela organização dinamarquesa, foi anunciada durante a sessão plenária por Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção da ONU sobre Alterações Climáticas.
“Com tantos chefes de Estado e de Governo a chegar, é apropriado que seja o primeiro-ministro da Dinamarca a presidir”, justificou Hedegaard na sessão onde estavam representadas 193 nações.
“Contudo, o primeiro-ministro nomeou-me como sua representante especial e, assim, vou continuar a negociar... com os meus colegas”, acrescentou, sublinhando que esta alteração é meramente processual.
Hedegaard, apontada para o novo cargo de comissária europeia para o Clima, tem sido criticada várias vezes pela forma como presidia os trabalhos, sendo as vozes mais críticas as dos países em desenvolvimento, que a acusam de favorecer os países ricos nas negociações. Estes denunciam, nomeadamente, uma “falta de transparência” por ter organizado, no fim-de-semana passado, reuniões ministeriais restritas numa altura em que a maioria dos ministros ainda não tinha chegado a Copenhaga.
Esta manhã, o embaixador francês para o clima, Brice Lalonde, lamentava a diferença entre o “desejo da presidente em avançar e o ritmo muito formal da ONU”.
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