A exploração dos recursos da Terra pelo Homem atingiu um nível limite que conduziu o planeta a “um ponto crítico”, apenas solucionado com uma acção mundial coordenada, advertiu hoje em Copenhaga o Príncipe Carlos.
Num discurso proferido na conferência climática de Copenhaga, o príncipe britânico advertiu os líderes mundiais de que é crucial chegar a um acordo “completo” para enfrentar o aquecimento global.
“A triste realidade é que o nosso planeta atingiu um ponto crítico”. Mas “da mesma forma que a humanidade tem o poder de precipitar o mundo para o abismo, também podemos restabelecer o equilíbrio”.
As negociações de Copenhaga estão num “momento histórico”, no âmbito deste esforço. Mas apenas se os países deixarem de se acusar uns aos outros, sem fazer nada.
“Na nossa situação, cada vez mais precária – num planeta pequeno, único e precioso – isto deixou de ser um problema passível de ser resolvido falando de ‘nós’ e dos ‘outros’”, considerou. “Porque no que diz respeito ao ar que respiramos e à água que bebemos, não existem fronteiras nacionais”, salientou.
“Uma solução parcial para as alterações climáticas não é, de todo, uma solução. Deve ser completa e deve ter uma abordagem global”, insistiu.
O príncipe Carlos tem um interesse especial pelas florestas e aproveitou para salientar que o mundo deve reconhecer e “pagar de várias formas o papel essencial” que têm as florestas tropicais ao absorver o carbono e contribuir para a formação das nuvens.
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