A chanceler alemã Angela Merkel confessou hoje estar “nervosa” perante o risco de um fracasso na conferência climática a decorrer em Copenhaga até 18 de Dezembro.
“Sabemos que resta pouco tempo” para encontrar um acordo vinculativo, disse a responsável depois de uma reunião com o Presidente indonésio Susilo Bambang Yudhoyono, em Berlim.
“Não vou esconder que estou um pouco nervosa sem saber se vamos conseguir”, respondeu a um jornalista que lhe perguntou quais são as esperanças de chegar a um acordo sobre a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2).
Merkel, que estará em Copenhaga nos dias 17 e 18 de Dezembro, apelou aos países industrializados e em desenvolvimento para darem uma “contribuição construtiva” para a obtenção de um acordo. Apelou, mais uma vez, para a criação de uma agência internacional do Ambiente como órgão de controlo dos resultados de Copenhaga.
O Presidente indonésio, representante do terceiro país que mais emite gases com efeito de estufa no mundo – especialmente devido à desflorestação -, lembrou que as negociações sobre o clima realizadas em Bali, em 2007, estiveram em ponto morto durante vários dias antes de conseguirem chegar a acordo.
“Precisamos de um acordo em Copenhaga que possa ser aplicado no próximo ano”, disse, apelando ao mundo para aproveitar esta “janela de oportunidade” aberta em Copenhaga.
Mais tarde, Merkel reuniu-se com os chefes de Estado e de Governo de oito Estados insulares do Pacífico (Kiribati, Micronésia, Palau, Ilhas Marshall, Samoa, Tuvalu, Vanuatu e Tonga), entre os mais afectados pelas alterações climáticas.
Estes países “pediram um resultado ambicioso na cimeira de Copenhaga e objectivos climáticos ambiciosos para o futuro”, informou o Governo alemão em comunicado.
Por sua parte, a chanceler garantiu que o seu país vai promover em Copenhaga a limitação do aumento da temperatura do planeta em 2ºC.
Além destas reuniões, Merkel participou numa vídeo-conferência com os Presidentes americano e francês, Barack Obama e Nicolas Sarkozy, e com o primeiro-ministro britânico Gordon Brown para fazer o ponto da situação das negociações em Copenhaga.
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