Os Estados Unidos têm sido criticados pelas suas promessas de redução de emissões de CO2. Mas trouxeram hoje, à cimeira climática de Copenhaga, números para argumentar que, na verdade, estão a fazer mais do que outros países desenvolvidos.
Todd Stern, o enviado do Presidente Obama à conferência, afirma que os 20 por cento de redução prometidos pela União Europeia entre 1990 e 2020 representam 13 por cento se o ano base for 2005. Os EUA, por seu lado, estão a assumir 17 por cento de redução entre 2005 e 2020.
Em outros índices, os EUA estarão na frente, segundo Stern. As suas emissões per capita cairão 29 por cento entre 1990 e 2020, contra 25 por cento da UE. Os efeitos das metas norte-americanas na intensidade carbónica e na concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera também são maiores, afirma Todd Stern. “Os Estados Unidos estão a fazer muito”, disse o chefe da delegação norte-americana, numa conferência de imprensa.
Pouco antes, a UE tinha reiterado a posição de que um acordo em Copenhaga depende de compromissos mais fortes dos Estados Unidos mas também da China. “Esperamos que ambos aumentem o seu nível de ambição”, disse o ministro sueco do Ambiente, Andreas Carlgren.
Mas Washington põe de parte modificar o que já pôs sobre a mesa. “Não antevejo qualquer alteração no nosso compromisso”, afirmou Todd Stern.
A fixação de metas vinculativas de redução de emissões a médio prazo para os países desenvolvidos e de acções de mitigação também para os países em desenvolvimento é um dos pontos mais sensíveis da cimeira de Copenhaga, que termina na próxima sexta-feira. Espera-se ainda para a sessão de hoje da conferência um novo esboço de decisão neste sentido.
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