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Países em desenvolvimento suspendem participação nos grupos de trabalho em Copenhaga

Agências, 14 de Dezembro de 2009

África pede uma reunião dos ministros exclusivamente dedicada a Quioto
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Jornalistas acompanham o discurso do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, esta manhã na conferência de Copenhaga. Os líderes mundiais tentam romper o impasse, a escassas horas do encerramento do encontro. Foto: Ints Kalnins/Reuters

Vários países já disseram o que estão dispostos a fazer para combater as alterações climáticas
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Os países africanos, apoiados pelo G77 – que representa 130 países em desenvolvimento – suspenderam a sua participação nos grupos de trabalho nas negociações climáticas a decorrer em Copenhaga.

A informação foi prestada por um ministro ocidental que pediu anonimato. De acordo com este responsável, os países em desenvolvimento consideram que a conferência de Copenhaga está a negligenciar a importância da renovação dos compromissos, para lá de 2012, dos países industrializados, no âmbito do Protocolo de Quioto.

“Eles abandonaram os grupos de trabalho e recusam, por agora, o processo ministerial” definido pela presidente dinamarquesa da conferência, Connie Hedegaard, comentou.

Estas nações pedem uma reunião dos ministros exclusivamente dedicada às formas de prolongar Quioto depois de 2012, data em que expira este tratado assinado em 1997. Esta manhã, a Argélia pediu, em nome do grupo africano (com 53 países) uma sessão ministerial plenária dedicada apenas ao futuro de Quioto. "Se não, vamos perder tudo", insistiu Kemal Djemouia. Este negociador responsável pela Argélia acusou os países desenvolvidos de tentarem "fazer colapsar" as negociações de 192 nações.

"Já estamos em alerta vermelho, estamos numa encruzilhada", comentou Victor Ayodeji Fodeke, chefe da delegação nigeriana. De acordo com este responsável, a China e a Índia apoiam a posição africana. "Pensam como nós que Quioto não deve morrer".

Segundo Yvo de Boer, o mais alto responsável climático nas Nações Unidas, os países africanos "não têm a intenção de bloquear seja o que for" mas pedem mais atenção para o Protocolo de Quioto.

O ministro britânico da Energia e Clima, Ed Miliband, expressou esta manhã a sua simpatia para com os países em desenvolvimento que "não querem que a via do Protocolo de Quioto morra antes de serem criados novos instrumentos vinculativos".

"Mas também penso que os países em desenvolvimento compreendem que para as partes de Quioto assinarem um tratado parcial agora, com tantos países de fora, seria irresponsável para o clima", acrescentou. Um tal acordo significaria "aceitar que continuariamos com apenas alguns países no tratado".

Ao final da manhã estavam a decorrer negociações entre os responsáveis do grupo africano e Hedegaard.

"A incerteza actual sobre o futuro do Protocolo de Quioto criou muitas desconfianças e recentimentos nas negociações", salientou Kim Carstensen, da WWF.

Os países em desenvolvimento querem prolongar Quioto, que obriga os países ricos - excepto os Estados Unidos - a reduzir emissões de gases com efeito de estufa até 2012, e estão dispostos a trabalhar um novo acordo, separado, para os países em desenvolvimento. Mas a maioria dos países ricos quer transformar Quioto num novo acordo com obrigações para todas as nações. Além disso, defendem que as negociações devem privilegiar um único processo negocial porque os Estados Unidos estão fora de Quioto. Receiam vir a assinar um novo Quioto e que Washington deslize para um regime menos ambicioso, ao lago dos países em desenvolvimento.

O Protocolo de Quioto é o único instrumento legal e vinculativo contra as alterações climáticas. Mas não compromete os países em desenvolvimento.

Quioto compromete quase 40 nações industrializadas para reduzirem as suas emissões 5,2 por cento em média, em relação a 1990, até 2012. Os Estados Unidos recusaram ratificar Quioto alegando que deixava de fora os países em desenvolvimento e que iria custar muito à sua economia. Mas o novo Presidente Barack Obama mudou a política climática e quer participar nos esforços para reduzir emissões num novo acordo.




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