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Connie Hedegaard: o mundo espera por um compromisso americano em nome do clima

Ana Machado, 4 de Dezembro de 2009

Acção da Greenpeace em Tóquio, Japão
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Jornalistas acompanham o discurso do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, esta manhã na conferência de Copenhaga. Os líderes mundiais tentam romper o impasse, a escassas horas do encerramento do encontro. Foto: Ints Kalnins/Reuters

Vários países já disseram o que estão dispostos a fazer para combater as alterações climáticas
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Um compromisso dos Estados Unidos, ou melhor ainda, um contributo financeiro dos EUA para ajudar na luta contra as emissões de dióxido de carbono, será um aspecto imprescindível a alcançar na cimeira de Copenhaga, que terá início no dia 7.

Quem o diz é a ex-ministra do clima dinamarquesa Connie Hedegaard e delegada à cimeira pela Dinamarca, que se perfila também para se tornar a primeira comissária europeia do clima. Hedegaard invoca a necessidade de financiar a luta contra as alterações climáticas como um dos maiores obstáculos à assinatura de um acordo em Copenhaga, na cimeira que começa segunda-feira que vem, dia 7 e que se estende até ao dia 18.

“O mundo está à espera de saber o que serão os comprometimentos americanos em relação á redução de emissões. E o mundo também quer saber qual será a contribuição financeira que vem da América. O Presidente Obama pode ser muito útil se tiver alguma surpresa na manga assim que chegar a Copenhaga. Isso sim seria útil.”

Para Hedegaard, as formas de financiamento das lutas contra as emissões de CO2 serão o maior obstáculo para alcançar um acordo, ao contrário do que se possa pensar: “As pessoas podem pensar que é o acordo em torno da redução das quotas de emissões. Mas eu penso que agora a parte financeira é o maior obstáculo”, disse, frisando que é preciso pensar a curto e a longo prazo em termos de financiamento.

Para Hedegaard o que o mundo pode esperar de Copenhaga é um acordo político com uma meta para 2010 em relação à assinatura de um acordo com efeitos legais.

No Senado norte-americano os apelos de Hedegaard não colhem resultados: ontem o senador Joe Lieberman anunciou que um acordo para definir a estratégia norte-americana nesta área das alterações climáticas está ainda loge de ser alcançado.

Ontem o ministro da Energia britânico Ed Milliband acusou “certos interesses”, como “cépticos do clima, pessoas que duvidam da ciência das alterações climáticas”, de quererem o fracasso de Copenhaga: “Acho que temos de estará tentos aos sabotadores do clima, àqueles que querem por a ciência em causa e querem por areia na engrenagem. Não digo que haja uma conspiração, mas há interesses que não querem que saia um acordo de Copenhaga”.

As declarações de Milliband surgiram no dia em que James Hansen, o "pai" dos alertas contra o aquecimento global, disse que seria preferível que a cimeira de Copenhaga redunde num fracasso, dado que, no seu ponto de vista, o ponto de partida é profundamente defeituoso.

Mas o recado não seria só para Hansen. No passado dia 23 o conservador Nigel Lawson, ex-ministro das Finanças britânico, escreveu um artigo no diário “Times”, duvidando da ciência das alterações climáticas e lançando muito pessimismo sobre a cimeira.

A partir do dia 7 cerca de 200 países e 100 líderes mundiais reúnem-se na capital da Dinamarca para discutir, até dia 18 o futuro do planeta e a ameaça das alterações climáticas.






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