Piotr Ilich Tchaikovsky,
uma alma dividida

Acusado de vender a alma (e a música) aos alemães, Tchaikovsky foi o mais controverso e importante sinfonista russo da sua geração. Pós-romântico e apaixonado pelo teatro e pela dança, compôs “O Quebra-Nozes” e “O Lago dos Cisnes”, amanhã editados com o PÚBLICO.

O compositor russo Igor Stravinsky, considerado um “revolucionário”, defende em “Crónicas da Minha Vida” que o compatriota Piotr Ilich Tchaikovsky era um músico “com ideias e ofício”, “segurança na exposição” e um “valor dramático que não deixa dúvidas”. Apesar dos elogios, muitos houve que não reconheceram o génio e a obra de Tchaikovsky, o sinfonista russo pós-romântico mais importante da sua geração. Ler »


Piotr Ilich Tchaikovsky

“O Quebra Nozes” estreou-se em 1892, no Teatro Mariinsky, ainda hoje sede do Ballet de Kirov. O bailado é baseado num conto de Hoffman, “O Quebra-Nozes de Nuremberg”, que levou o célebre coreógrafo Marius Petipa a pedir a Tchaikovsky para compor a música para o espectáculo. Ler »


 

 

 

 

PRÓXIMO COMPOSITOR

Richard Wagner

Wilhelm Richard Wagner (1813-1883) é uma das figuras mais célebres da história da música e também uma das mais polémicas. Tanto do ponto de vista pessoal, como do ponto de vista musical ou político, suscitou mais discussões, estudos e interpretações do seu pensamento do que qualquer outro compositor. Depois da sua morte, os seus escritos voltaram a dar lugar a posições diametralmente opostas. O que causou esta situação foi o seu ideal que tentava unir um pensamento tipicamente libertário e anarquista a um elitismo tipicamente burguês, para não dizer – já que não era – aristocrático. Nascido em Leipzig, na Alemanha, escreveu uma tragédia shakespeariana aos 14 anos e começou a estudar música, influenciado por Beethoven e Weber, para que a sua obra pudesse ser cantada. Aos 20 anos, tornou-se maestro do coro de Wurzuburgo e nunca mais parou. Quando chegou à idade de se dar a conhecer como compositor, o romantismo já estava no seu apogeu. Entre as suas obras mais famosas contamse “O Navio Fantasma” (1843), “Tanhäuser” (1861), “Tristão e Isolda” (1865) e “O Anel de Libelungo”(1876). Dedicou-se também às meditações filosóficas e estéticas, publicando as obras teóricas “A Obra de Arte do Futuro” (1849) e “Ópera e Drama” (1851).

 
 
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