Ludwig van Beethoven

No dia em que Ludwig van Beethoven (1770-1827) dirigiu pela última vez fê-lo com o propósito de repetir a sua Nona Sinfonia, acabando por abandonar o pódio de direcção ao ver – não ouvir – que a música que soava na sua cabeça não correspondia à que os músicos da orquestra executavam.
A surdez total era um problema antigo que, inexoravelmente, foi avançando, mas não conseguiu domar o seu génio ao ponto de ter produzido as suas melhores obras quando se encontrava já totalmente afastado dos sons que continuavam a nascer na sua cabeça. Ler »


Ludwig Van Beethoven
Um génio salvo pela arte

Se se fizesse um inventário das personagens que habitam a história da música, uma das primeiras constatações é a de que existem milhares de bons compositores e intérpretes. Porém, são poucos os que conseguiram transmitir uma visão pessoal e uma compreensão além do que está escrito. Ainda que seja raro, a palavra génio pode aplicar-se a Ludwig van Beethoven. Ler »

 

 

 

PRÓXIMO COMPOSITOR

Richard Wagner

Wilhelm Richard Wagner (1813-1883) é uma das figuras mais célebres da história da música e também uma das mais polémicas. Tanto do ponto de vista pessoal, como do ponto de vista musical ou político, suscitou mais discussões, estudos e interpretações do seu pensamento do que qualquer outro compositor. Depois da sua morte, os seus escritos voltaram a dar lugar a posições diametralmente opostas. O que causou esta situação foi o seu ideal que tentava unir um pensamento tipicamente libertário e anarquista a um elitismo tipicamente burguês, para não dizer – já que não era – aristocrático. Nascido em Leipzig, na Alemanha, escreveu uma tragédia shakespeariana aos 14 anos e começou a estudar música, influenciado por Beethoven e Weber, para que a sua obra pudesse ser cantada. Aos 20 anos, tornou-se maestro do coro de Wurzuburgo e nunca mais parou. Quando chegou à idade de se dar a conhecer como compositor, o romantismo já estava no seu apogeu. Entre as suas obras mais famosas contamse “O Navio Fantasma” (1843), “Tanhäuser” (1861), “Tristão e Isolda” (1865) e “O Anel de Libelungo”(1876). Dedicou-se também às meditações filosóficas e estéticas, publicando as obras teóricas “A Obra de Arte do Futuro” (1849) e “Ópera e Drama” (1851).