Quarta-feira,
02 de Fevereiro

 

‘Nautilus’, o primeiro submarino da fantasia e da História

O corajoso Professor Aronnax é o guia desta viagem pelas profundezas do mar no interior do primeiro submarino alguma vez imaginado. A patente do veículo, que também é chamado “monstro”, é do visionário Júlio Verne.

Vinte mil léguas, numa volta ao mundo em submarino através do Pacífico, do Índico, do mar Vermelho, do Mediterrâneo, do Atlântico, dos mares austrais e boreais. É esta a aventura do destemido e curioso Professor Aronnax, personagem criada em 1868 pelo então já muito conhecido Júlio Verne (1828- 1905). Em “20.000 Léguas Submarinas”, o escritor francês narra a história de um monstro marinho, que se desloca a velocidades incríveis e destrói tudo por onde passa.

Esse “monstro”, descobre-se mais tarde, é “Nautilus”, o primeiro submarino conhecido da História e da fantasia. Em 1954, quando a Marinha norte-americana lançou o primeiro submarino nuclear, baptizou-o de “Nautilus” em homenagem à aventura que o escritor visionário criou nas profundezas do mar.


 

"20.000 Léguas Submarinas"

Em 1954, quando a Marinha norte-americana lançou o primeiro submarino nuclear, baptizou-o de “Nautilus” em homenagem à aventura que Júlio Verne criou nas profundezas do mar. Neste conto fantástico, editado em 1869, o escritor francês idealizou um veículo que viajava debaixo de água, sendo conduzido pelo famoso capitão Nemo.





Livros que nos transportam para o plano da aventura da fantasia, da descoberta e da ficção, apelando à imaginação de cada leitor para criar as imagens, as personagens e os cenários.

PERFIL

Quem é Júlio Verne?

Filho de um famoso advogado, Júlio Verne nasceu em Nantes, França, em 1828. Mudou-se para Paris para estudar Direito. Começou a escrever peças influenciado por Victor Hugo e Alexandre Dumas (filho) — a sua primeira peça foi representada em Paris, aos 22 anos. Quando, em 1854, Charles Baudelaire traduziu Edgar Allan Poe para francês, Júlio Verne tornou-se imediatamente um fã da obra do poeta e contista americano. O seu primeiro livro, “Viagem de Balão” (1851), foi fortemente marcado por Poe. Mais tarde, escreveria a continuação do romance não terminado de Poe, “Narrative of a Gordon Pym”, intitulado de “The Sphinz of the Ice-Fileds” (1897). Como a carreira literária prosseguia lentamente, Verne tornou-se corretor de bolsa. Abandona apenas a profissão quando publicou o livro “Cinco Semanas em Balão” (1863) na série “Viagens Extraordinárias”. Os seus romances rapidamente se tornaram “best-sellers”. Jules Verne é hoje reconhecido como autor de “Da Terra à Lua” (1865), “Viagem ao Centro da Terra” (1864), “As Vinte Mil Léguas Submarinas” (1869) ou “A Volta ao Mundo em 80 Dias” (1873). Não foi um grande viajante nem um grande cientista — muito do seu tempo passou-o a investigar livros sobre a especificidade das matérias sobre as quais escrevia, porque queria que as suas histórias fossem o mais realistas possível. As suas histórias foram a inspiração de muitos filmes como “Viagem à Lua”, de Georges Méliès, ou “As Vinte Mil Léguas Submarinas”, com James Mason e Kirk Douglas. Na primeira parte da sua obra literária, Verne era um profundo defensor da ciência e do progresso técnico na Europa. Mas nas obras mais tardias é um autor pessimista quanto ao futuro da civilização, adivinhando-se já uma certa atmosfera de “finde- siècle”. A maior parte dos seus romances foram escritos em 1880. A partir de então, explorou o teatro, a poesia e o conto. Ao todo foram 65 romances, 20 “short-stories” e ensaios, 30 peças e trabalhos geográficos e também libretos de ópera. Morreu em Amiens em 1905.