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A História
de Meu Filho, de Nadine Gordimer
A maior parte dos críticos
literários colam
facilmente os rótulos: romance político ou
romance-manifesto, clamam. Nadine Gordimer (1923), a escritora,
recusa tais associações, não se inibindo
de manifestar o seu desagrado quando atribuem aos seus
livros a classificação de propaganda política.
(TEXTO)
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Amor e resistência
Quando Nadine Gordimer (1923) leva a família
de Sonny, protagonista de "A História de Meu Filho",
a mudar-se ilegalmente para uma casa na "cidade branca",
Joanesburgo, naquele que é mais um acto de retaliação
pelos decretos racistas, o leitor vê abrirem-se-lhe
as portas da realidade mais absurda. A cidade é, aqui,
a impressão digital de um país, África
do Sul. Que escavou fronteiras, edificou muros invisíveis
e prodigalizou a segregação racial. Até meados
da década de 90, quando as reformas lançadas
pelo Presidente da República, Frederik de Klerk, resultaram
na abolição do "apartheid". (TEXTO)
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“A escrita é isso:
alargar o campo da consciência que se agita sobre a mera
percepção das coisas.” |
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Nadine
Gordimer |
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