• 17 de Mar de 2025
  • 10º - 13º Lisboa
Público Online Público Online copenhaga homepage

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

Degelo da calota glaciar da Gronelândia está a acelerar dramaticamente

AFP, 14 de Dezembro de 2009

Esta região aquece duas vezes mais depressa do que o resto do planeta
Envie a um amigo Imprimir Diminuir tamanho do texto Aumentar tamanho do texto
Bookmark and Share
Jornalistas acompanham o discurso do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, esta manhã na conferência de Copenhaga. Os líderes mundiais tentam romper o impasse, a escassas horas do encerramento do encontro. Foto: Ints Kalnins/Reuters

Vários países já disseram o que estão dispostos a fazer para combater as alterações climáticas
Publicidade textual

 

A calota glaciar da Gronelândia, o maior reservatório de água doce do Hemisfério Norte, tem vindo a derreter a um ritmo alarmante nos últimos anos, alerta hoje um relatório do Conselho Árctico.

Este relatório é uma compilação dos resultados científicos recentes sobre a calota glaciar e foi debatido este domingo pelos cientistas na conferência climática de Copenhaga. O documento foi apresentado hoje à margem da conferência.

Trata-se de um verdadeiro “grito de alarme” relativo a esta região que “aquece duas vezes mais depressa do que o resto do planeta”, lembrou Dorthe Dahl-Jensen, principal autora do documento “A Calota Glaciar da Gronelândia num clima em mudança”.

“É muito surpreendente e preocupante ver tanto gelo a desaparecer” no mar a um ritmo tão acelerado: o volume passou de uma média de 50 mil milhões de gigatoneladas anuais entre 1995 e 2000 para 160 mil milhões anuais de 2003 a 2006.

Um degelo assim representa “o fornecimento de 64 litros de água por dia a todos os habitantes da Terra durante um ano”, indica esta professora do instituto Niels Bohr, da Universidade de Copenhaga.

A calota glaciar, mais de 80 por cento da Gronelândia, está em equilíbrio há décadas, recebendo tanta neve que se transforma em gelo quanto aquela que perde. Mas uma monitorização recente mostra uma alteração significativa. O glaciar de Jakobshavn Isbrea, em Ilulissat recuou 15 quilómetros nos últimos oito anos, lançando cada vez mais icebergs para o fiorde de Ilulissat.

O degelo da calota glaciar contribuirá, segundo a maioria dos modelos actuais, para aumentar entre cinco a dez centímetros o nível dos mares do planeta em 2100, sublinhou Dahl-Jensen.

As alterações climáticas têm consequências directas no modo de subsistência dos Inuits, especialmente na caça e na pesca e sobretudo nas aldeias mais isoladas, salientou Minik Rosing, co-autor do relatório. Mas também oferecem novas possibilidades de exploração mineira, no sector dos transportes marítimos e na produção energética (petróleo e gás) na Gronelândia e nas suas águas.

Para o norte-americano Robert Corell, director do programa sobre alterações climáticas no Centro Heinz em Washington, o aquecimento global é visível a olho nu na Gronelândia. O degelo dos glaciares “está a acelerar dramaticamente. É trágico” porque o aquecimento global tem “um impacto” na sociedade da Gronelândia e no resto do mundo.

Corell pediu aos dirigentes dos 193 países que participam na conferência de Copenhaga que cheguem a um acordo “sólido” para travar o processo de aquecimento.




Limite de 1200 caracteres

Anónimo

Botão enviar comentário
Os comentários deste site são publicados sem edição prévia, pelo que pedimos que respeite os nossos Critérios de Publicação. O seu IP não será divulgado, mas ficará registado na nossa base de dados. Quaisquer comentários inadequados deverão ser reportados utilizando o botão “Denunciar este comentário” próximo da cada um. Por favor, não submeta o seu comentário mais de uma vez.

 

MAIS NOTÍCIAS